Capítulo 13

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Sem choro!

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Juliette Freire Point Of View

Fechei os olhos esperando receber os lábios de Sarah, mas eles não chegaram, eu não era experiente no perito de beijar, mas, por que estava demorando tanto? Abri um olho e vi Sarah sorrindo.
 
— Você está fazendo biquinho, isso significa que você quer me beijar?

Pisquei os olhos rapidamente, ela riu, Sarah me deu um beijo na ponta do nariz e se afastou para pegar meus livros que estavam jogados no chão.

Fiquei parada no mesmo lugar e na mesma posição, abri a boca para falar algo, mas eu não sabia o que realmente falar. Eu só queria entender o porquê ela não me beijou? Ela ia mesmo me beijar?
 
— Você…? Você ia? – Olhei para ela confusa.

Ela se levantou e entregou os livros para mim, lutei comigo mesma para ter alguma reação.

— Eu não vou te beijar sem você querer. – Ela sorriu. – Eu te respeito, eu respeito seu querer, Lua, acho que isso me faz ser madura o suficiente.

Mas, eu quero.

— Só vou te beijar se você deixar. – Ela jogou o cabelo para trás. – E eu não postei seu vídeo, não se preocupe. Bom, agora eu vou te deixar em paz.

Ela virou de costas e saíu do auditório, sem dizer mais nada.

A raiva momentânea que eu sentia por Carolline não existia mais.

Fiquei um bom tempo parada olhando para o nada, tentando de alguma forma entender o que tinha acontecido ou entender quem era Sarah Andrade.

Depois de sair dos meus pensamentos, forcei meu corpo a se mexer e sair dali. Minha mente fervilhava, onde cada pensamento rodava em torno de Sarah, eu tinha irritado, insultado e talvez ofendido a garota e a mesma tinha acabado de dizer que me respeitava, eu estava me sentindo um lixo de pessoa, eu precisava de alguma forma me desculpar com ela ou tentar agradar.

E eu tinha uma ideia.

Parei no meio do corredor e vi um guarda fazer uma reverência para mim.

— Venha aqui, por favor! – Chamei o homem e ele rapidamente atendeu meu pedido. – Leve esses livros para o meu quarto, por favor?

— Sim, Alteza.

— Obrigada!

Girei sobre os calcanhares e corri para a cozinha, já no corredor escutei os murmúrios dos cozinheiros e do barulho dos pratos sendo lavados, entrei na cozinha e como sempre recebi olhares surpresos e assustados, acenei com a mão e pedi para que eles não notasse minha presença.

Impossível.

Corri para o fundo da cozinha, onde Lee trabalhava e sempre ficava fazendo a área de administração da cozinha.

— Lee? – Encontrei a mulher anotando alguma coisa em seu caderno. – Tenho uma ideia e preciso da sua ajuda.

— Julie eu já disse…

— Que eu não posso entrar na cozinha, eu sei. – Interrompi ela. – Mas eu preciso de você.

— Espero que seja importante, vamos para a sala de descanso.

Segui a mulher até a sala ao lado, onde tinha sofás, televisores e algumas revistas sobre as mesas de canto. Cumprimentei alguns funcionários e corri para me sentar no sofá macio, Lee me olhou curiosa e se sentou ao meu lado.

𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣 𝙏𝙧𝙖𝙞𝙩𝙨 • 𝙎𝙖𝙧𝙞𝙚𝙩𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora