Juliette Freire Point Of View
Duas semanas depois.
Corri para o hall de entrada do castelo e avistei Alexandre colocando sua pequena mala no chão. Ele esperou os mordomos levarem seu sobretudo para então me olhar.
— Pequena Juliette. – Ele sorriu abrindo os braços.
Abracei o homem carinhosamente, me afastei para olhá-lo melhor, ele estava mais velho, os cabelos brancos e as fortes marcas de expressões diziam isso, porém não deixava aquele sorriso juvenil e a elegância.
— Olha para você, está tão linda. – Ele analisou meu rosto.— Obrigada!
— Não tem de quê.
— Como foi de viagem?
— Foi ótima, obrigado. Como você está? Cadê sua namorada? – Ele olhou para os lados. – Eu vi na internet, ela é muito bonita.
— Estou muito bem. Sarah está em horário de aula e sim, ela é muito bonita mesmo. – Sorri convencida. – Vamos, temos muito o que conversar.
— Verídico. – Fiz uma careta. – Não me julgue, estou acostumado a falar coisas formais.
— Eu te compreendo. – Indiquei para que andássemos.
— Os muros estão mais altos do que eu me lembrava.
— Por segurança. – Dei de ombros. – Onde está Sônia?
— Bem longe, graças a Deus. – Franzi o cenho. – Nos divorciamos.
— Oh… que pena.
— Pena?! Juliettezinha, aquela mulher era o cão.
— Não seja rude, Alex. – Ele estalou a língua.
— Cadê o velho do seu pai?
— Está te aguardando para um chá.
— Londrinos não conhece refrigerante, só chá?!
— Agora eu descobri de onde veio essa pança avantajada. – Sorri de lado.
— Você está muito ousada, princesa Juliette – Ele balançou o dedo indicador na minha direção. – Mas essa pança é por causa do chope.
— Ainda não parou com isso? – Balancei a cabeça.
— O que eu posso fazer? – Ele deu de ombros. – Conheço os melhores bares de New York.
Dei risada e abri a porta para a sala do rei, reservada apenas para o famoso chá com os amigos.
— Papai, tio Alexandre chegou. – Falei.
Meu pai abriu um largo sorriso e puxou o homem para um abraço amoroso e carregado de saudades, as risadas grossas e os apelidos entre os dois preencheram o ambiente.
— Clifford, você está velho. – Alex bateu no ombro do meu pai.
— E você está gordo, meu amigo.
— Deixe-me em paz. – O homem falou fingindo irritação.
— Tio Alex me procure depois, para conversarmos sobre os passaportes. – Falei brincando com a maçaneta.
— Claro, querida.
— Aproveitem, com licença. – Meu pai piscou um olho com um sorriso nos lábios.
Fechei a porta e sorri sentindo meus ombros leves. Balancei a barra do meu vestido enquanto andava animadamente sem rumo pelos corredores do castelo. O castelo estava muito silencioso para uma quinta feira.
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𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣 𝙏𝙧𝙖𝙞𝙩𝙨 • 𝙎𝙖𝙧𝙞𝙚𝙩𝙩𝙚
FanfictionThomas Andrade é um dos magnatas mais bem sucedido e pago de Los Angeles, pai de Sarah Andrade, sua herdeira, que leva a vida ostentando bebidas alcoólicas, drogas e mulheres, com tudo isso a garota acaba sendo alvo de críticas e assim atraindo má s...