Capítulo 39

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Juliette Freire Point Of View

Sarah e eu descemos de elevador com as mãos dadas, eu me sentia protegida apenas por Sarah segurar minha mão, chegando no térreo Bob nos deu um sorriso de aprovação, a mulher do meu lado acenou com a cabeça e abriu um sorriso charmoso para mim.
 
O dia não estava tão frio quanto o anterior, ainda nevava um pouco, mas nada que dificultasse nossa vida. Assim que saímos do prédio, Sarah largou minha mão para correr e xingar o motorista do caminhão que limpava as ruas.

— Filho da puta! Olha o meu carro, seu desgraçado. – Ela gritou apontando para um monte de neve.

Seu carro estava coberto até o teto, estava quase invisível no meio de tantos flocos branco. Sarah começou a chutar a neve das rodas do seu carro, além de passar a manga do sobretudo sobre o para-brisa dianteiro da enorme BMW.

— Maldita neve. – Ela xingou ainda tentando tirar a neve da lataria do carro.

— Eu vou pegar uma pá.

— Não, para quê? Não é necessário. – Sarah segurou minha mão. – Vem cá. – Ela deu a volta no carro e abriu a porta do passageiro. – Pronto, entre.

— Mas era para limpar a frente…

— Lua, meu carro é um monstro, ele passa por cima. – Ela falou orgulhosa.

— É, eu sei. – Falei entrando carro.

O carro era alto e elegante, o estofado era de couro bege, coloquei o cinto e observei Sarah dar volta no carro e assumir seu lugar atrás do volante, ela colocou o cinto, ligou o carro e o aquecedor também.

Era possível Sarah ficar incrivelmente sexy dirigindo? Sim, era possível.

A loira jogou seus cabelos para trás e manobrou o carro, saindo com facilidade daquele monte de neve.

[…]

Sarah dirigia rápido, porém ela tinha uma atenção que eu provavelmente nunca teria. Observar Sarah dirigindo era excitante, tive que olhar para fora da janela para eliminar os desejos impuros da minha mente, tentei imaginar em qualquer coisa que não fosse Sarah dirigindo sensualmente do meu lado, então entrei em pânico por lembrar que eu estaria frente a frente com sua família, e se eles me reconhecerem? Katy com certeza iria me reconhecer.

“Que brilhante ideia, Juliette.”

— Você está bem? – Sarah perguntou quando paramos no sinal.

— Hm… Estou. – Abri um sorriso.

— Lua. – Ela me repreendeu por mentir.

— Eu estou bem, só… Com medo da sua família me reconhecer. – Confessei.

— Ah, relaxa, tenho certeza que eles nem vão notar nossa presença. – Sarah sorriu entrelaçando nossas mãos. – E eu acho muito difícil eles te reconhecerem. – Ela piscou um olho.

— Espero…

— Não se preocupe. – Ela beijou minha mão e voltou sua atenção para a rua.

[...]

Sarah passou com seu carro pelos enormes portões da mansão do seus pais. A mansão era linda na cor bege claro, tinha arquitetura clássica e se lembrava bastante com as mansões londrinas, graças às enormes colunas e as esculturas no gesso na frente da casa.

Sarah parou o carro atrás de um automóvel luxuoso e desligou o motor, tirei o cinto enquanto ainda olhava a enorme casa.

— Uh, Lua… – Olhei para a mulher e franzi o cenho.

𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣 𝙏𝙧𝙖𝙞𝙩𝙨 • 𝙎𝙖𝙧𝙞𝙚𝙩𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora