Capítulo 31

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Obrigada pela paciência!
Já segui vocês no twitter, nenês ❤

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Juliette Freire Point Of View

No sábado dormimos até mais tarde, já que tínhamos perdido a hora do café, ficamos na cama apenas conversando e trocando carícias. Sarah me contava sobre o seu sonho que teve com Lucas e nossa viagem, eu amava o timbre da sua voz de amanhã, era mais rouca do que o normal.

No almoço foi uma zona, todos ainda estavam animados relembrando da festa do dia anterior. Passei o resto da tarde com minha família, já que eles iam embora naquele mesmo dia. Chorei na hora de despedir, tentei fazê-los ficar, implorei por isso, mas mesmo assim eles se foram, dizendo que tinham coisas para tratar no Canadá.

A chegada de meus pais no final da tarde foi silenciosa, só percebi que eles já estavam no castelo quando vi o rei e a rainha ocupando seus lugares no salão de refeições, no jantar. Eu e Julia ocupamos nossos devidos lugares, e esperamos a janta ser servida.

- Mãe, pai. - Fiz uma leve reverência. - Como foi de viagem?

- Bem. - Minha mãe respondeu rápido. - E como foi aqui?

- Foi ótimo, mamãe. Tenho certeza que Caio tem lindas fotos.

- Espero que sim, Lee falou muito bem sobre a festa. - Ela sorriu. - Sarah fez um bom trabalho?

Lembrei da noite atrás que fizemos amor e eu mal sentia minhas pernas, lembro que escutei Sarah murmurar que tinha feito um bom trabalho. Corei e desviei o olhar, como se minha mãe pudesse escutar meus pensamentos, balancei a cabeça respondendo sua pergunta.

- Sim, mamãe. Ela fez um bom trabalho. - Minha mãe sorriu.

- Fico feliz.

- Nana Rose mandou lembranças. - Sorri olhando para meu pai, porém ele não notou.

- E como ela está?

- Uh... bem. Todos estão bem. - Franzi o cenho.

Olhei para meu pai e estranhei seu comportamento, ele estava reto, tenso e com o olhar distante, sua sopa e seus talheres mal havia sido tocados, ele parecia um robô ligado no modo avião.

- O que ele tem? - Sussurrei para minha mãe.

Ela seguiu meu olhar e tocou no braço do meu pai atraindo atenção do mesmo, ela cochichou algo e ele me olhou nos olhos por alguns minutos, esses segundos foram o suficiente para absorver todo o seu cansaço, sua preocupação, e foi como se ele soubesse eu lia toda sua expressão, Clifford desviou o olhar para seu prato, se levantou e saiu em silêncio.

Ninguém parecia ter notado aquilo, mas eu sim. Meu pai e eu tínhamos uma ligação forte, eu o conhecia só com olhar e sabia que algo não estava nada bem, alguma coisa preocupava o mesmo, como uma pedra no sapato.

- Está tudo bem. - Minha mãe mentiu.

- Certo. - Menti também.

Duas semanas depois...

Os dias tinham passado rápido, meu pai estava cada vez mais distante de mim e aparentemente de todos, ele não havia mais me dado aula e muito menos conversado comigo, e sempre que eu indagava ele sobre sua preocupação, sua resposta era repetida.

- Não se preocupe, querida, são apenas coisas. - Seu sorriso era fraco e forçado.

Ele pedia licença e se trancava em sua sala, muitas das vezes pedia para não ser incomodado e deixava seus guardas cientes disso, ou seja, qualquer pessoa que fosse a sua sala era barrado, até mesmo eu.

𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣 𝙏𝙧𝙖𝙞𝙩𝙨 • 𝙎𝙖𝙧𝙞𝙚𝙩𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora