Capítulo 38

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Narrador Point Of View

- Sarah...

Céus! Um arrepio passou pelo corpo da garota, Sarah sentia que seu coração estava prestes a pular do peito, suas pernas estavam bambas e suas mãos tremiam um pouco, mas ela não podia falhar nesse momento. Mesmo considerando a maior loucura que estava fazendo naquele ano, a loira não pediu permissão para entrar no apartamento, apenas passou pelo corpo da mais nova.

Juliette ainda estava paralisada olhando as costas de Sarah. Como Sarah tinha a encontrado? Por que o porteiro não avisou a chegada dela? Quais eram os motivos por estar ali?

Lentamente ela fechou a porta e caminhou até a loira parada no meio da sala, a mesma olhava o apartamento detalhadamente enquanto se livrava do seu sobretudo e do cachecol. Sarah sentia mais calor do que o normal, talvez seja o aquecedor ligado no máximo, ou talvez seja a presença da mulher olhando sua nuca.

— É um belo apartamento. – Sarah disse por fim, sua voz soou indiferente.

— Co-como sabia onde eu estava?

— Mandei rastrear seu celular. – Sarah deu de ombros e andou até a cozinha.

Sarah estava tão elegante usando roupas simples, Juliette olhou para o seu corpo e desejou estar usando roupas melhores. Calça de moletom e em cropped de moletom vermelho, e ainda por cima estava sem sutiã.

“Que ótima roupa, Juliette.” Pensou consigo mesma.

— Acho que seu molho vai queimar. – Sarah saiu da cozinha trazendo uma garrafa de vinho tinto. – Espero que não se importe. – Ela balançou a garrafa.

— Oh, não. Merda, o molho! – A morena correu para desligar o fogo.

Sarah se sentou no sofá e abriu a garrafa de vinho que tinha pegado sem permissão, encheu a taça e deu um grande gole, ela queria se embebedar para se sentir mais à vontade perto de Julie. Estar com a mulher era intimidador, a mulher exalava um certo domínio e tinha uma aura sensual que intrigava Sarah.

Juliette entrou na sala e admirou Sarah sentada com as pernas cruzadas. A loira usava um suéter azul escuro básico e uma calça jeans escura e botas de salto. Sarah a olhou por cima do ombro e apontou para a poltrona na sua frente.

— Sente-se, acho que precisamos conversar.

Juliette queria se sentar ao lado da loira, mas resolveu acatar a ordem da mais velha de se sentar na poltrona.

O silêncio estava lá e o desconforto também, Sarah olhou séria e bebericou o vinho, Juliette se encolheu na poltrona e começou a brincar com os cordões da sua calça.

— O que aconteceu ontem… – Juliette tentou falar, mas Sarah logo a interrompeu.

— Eu não vim discutir sobre isso. – Ela falou seca. – Acho que você tem algo a me contar, não? Vai invocar o espírito da princesa Juliette, ou eu posso ir embora? – Juliette riu sem humor.

— Eu não preciso invocar espírito nenhum. – Ela respondeu irritada.

Será que era tão difícil reconhecer assim? Será que Juliette havia mudado tanto ao ponto de Sarah não reconhecê-la? Sarah não podia dizer nada, não olhava no seus olhos por mais de três segundos.

“Okay, ela ainda acha que eu estou morta.” Juliette pensou apertando os olhos

— E então? – A voz de Sarah era impaciente, a morena sentiu isso. – O que você tem a me contar?

— É tanta coisa que eu nem sei por onde começar.

— Do começo e por favor, resuma ao máximo.

𝘿𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣 𝙏𝙧𝙖𝙞𝙩𝙨 • 𝙎𝙖𝙧𝙞𝙚𝙩𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora