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Klaus ainda não havia decidido se a jovem bruxa a sua frente o divertia ou não, a arrogância dela com certeza a mataria em algum momento, talvez ele devesse acelerar o processo.

- Então bruxinha, o que quer me mostrar? - ele perguntou.

- Traga-a aqui - ela falou sem desviar os olhos do híbrido.

Então quatro mulheres entraram no mausoléu, os olhos de Klaus foram logo direto a uma garota desconhecida, ela caminhava à frente das outras com os braços cruzados a postura ereta, a jovem não parecia nem um pouco feliz em está ali, ela olhou para as bruxas ao redor com nojo e depois encarou o original sem se preocupar em mudar o olhar.

- Eu ainda não entendi o que uma humana desconhecida tem haver comigo? - ele perguntou com humor.

- As coisas podem ser um pouco mais complicadas, ela está grávida de um filho seu.

O original a olhou com descrença e um pouco de humor.

- Isso é impossível.

- O bebê se teletransportou para a barriga dela, minha irmã deu a vida para encontrar essa criança, graças ao sacrifício dela a vida desta mulher e da criança está em nossas mãos, podemos mantê-las seguras ou matá-las a escolha é sua.

- Θα σε σκοτώσω ακόμα επειδή τολμάς να μιλάς με αυτόν τον τρόπο, περήφανη μάγισσα - a atenção foi voltada para a garota e embora não entendessem nada, sentiram na voz dela o ódio, e o céu já escuro da noite relampeou em resposta.

* Ainda vou matá-la por ousar falar dessa forma, bruxa insolente.

- Se você não nos ajudar ela e o bebê estão mortos - na mente da fada se passavam várias formas de matar Sophie, mas primeiro ela precisa quebrar essa maldita ligação com a bruxa.

A não ser é claro que ela fosse consumida antes, se ligar a uma fada é extremamente perigoso, os elementos que formam as fadas podem ser fatais para a maioria das espécies, através da ligação a bruxa está recebendo elementos tóxicos que podem ou não matá-la a depender da resistência de seu próprio corpo.

- Chega! - disse o nobre original - Se você quer Marcel morto, então ele será morto. Eu farei isso sozinho.

- Não, nós temos um plano, um que precisamos seguir e existem regras.

Bruxa estúpida, pensou Elora.

- Você ousa me comandar? - o híbrido fala com raiva - Isso é ridículo, e não ouvirei mais mentiras!

- Niklaus! - disse Elijah algo no tom de voz do irmão fez Klaus que marchava em direção a saída, se virar novamente e olhar.

- Escute - exigiu o nobre.

Relutante, o híbrido virou-se para a garota que agora não parecia humana aos seus olhos, as mãos dela estavam na barriga em um gesto protetor e foi lá que ele se concentrou, um batimento cardíaco. Os batimentos cardíacos do bebê. Por um momento ele ficou incapaz de reagir, então seus olhos subiram para o olhar da garota, que ainda não parecia amigável.

- Olhe para ele - disse a bruxa à loira - Olhe para ele de verdade.

Então os olhos dela se transformaram e ficaram completamente brancos, fazendo alguns se assustar, mas Klaus a olhou fixamente com imagens passando em sua cabeça como se contasse sua própria história ao lado daquela mulher.

Tudo parecia se resumir a ela e ele não conseguiu desviar o olhar, ela respirou fundo perdida nos próprios pensamentos, então seus olhos voltaram a ser de um verde acinzentado, e Klaus piscou, tentando voltar a órbita.

Olhando novamente para ela, ele sentiu algo forte, um sentimento que o dominou. Ele seria para ela o que ela quisesse, um protetor, e principalmente um amante.

Ele já a amava? Que droga ela aquela? Se ele não saísse dali, tinha certeza que teria um ataque cardíaco, mas só de pensar em ficar longe daquela garota uma dor tomava conta de si.

Mas ele não podia, nem queria ser controlado, então balançou a cabeça como se isso fosse mudar alguma coisa.

- Mate-a - afirmou e seu coração doía a cada respiração - E o bebê não me importo.

- πήγαινε στα κοράκια - falou a garota com mais raiva transparecendo e ele embora não tivesse entendido, sabia que era uma maldição, algo ruim.

Saindo de lá com velocidade, ignorando tudo que sentia ele correu, mas Elijah veio atrás dele.

- Niklaus!

- É um truque - ele disse passando as mãos pelos cabelos em um ato desesperado.

- Não irmão, é um presente, uma chance.

- Para que? - ele respondeu se virando.

- Para começar de novo, ser feliz.

- Não serei manipulado.

- Não me importo com isso, a garota e seu filho vivem, você recebeu um presente, meu irmão, um presente inacreditável e muito bom, não jogue isso fora.

Pela primeira vez Klaus não sabia o que fazer.

(...)

Vi o híbrido se afastar e uma raiva crescer dentro de mim olhei para as bruxas ao meu redor e todas estavam em posição como se pudessem fazer algo. A bruxa a quem estava ligada tinha uma adaga apontada para si própria em uma clara ameaça.

- Não pode sair daqui - ela fala para mim.

Olho ao redor e me abaixo, elas não se movem apenas me observam, quando toco minha mão no chão todas as bruxas caem.

Me aproximo da Sophie e a toco, mas não consigo tirar a ligação minha magia não funciona desta forma.

Buscando a paciência que a muito se esvaiu de mim, eu a apago e coloco no chão com cuidado, não sei até onde vai essa ligação entre nós é melhor tomar cuidado.

Saiu daquele cemitério indo novamente em direção a floresta, o corpo de uma fada de transforma quando se está grávida, normalmente ele tem um tempo para isso, mas como eu fiquei grávida em um passe de mágica, meu corpo está se adaptando muito rápido para acompanhar a criança em meu ventre.

Isso faz com que minha mente fique confusa e minha magia distante, então cambaleando caminho pela floresta me apoiando em árvores e tentando controlar minha respiração.

Acabo de perceber que não me alimentei desde que cheguei, agora grávida preciso comer muito mais do que antes.

Já cansada eu me encosto em uma árvore já sentando, passo a mão pela minha barriga e sinto a magia ali dentro, sinto que seria capaz de tudo para proteger aquele em meu ventre, a ligação de mãe e filho é algo indescritível, e sinto isso com essa pequena coisinha que agora cresce dentro mim.

Começo a cantarolar uma música que meu pai cantava para mim todos os dias, a única lembrança clara que tenho dele, e isso vai acalmando minha respiração.

Então ouço rosnados…

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