Minha respiração já tinha voltado ao normal, mas eu ainda estava estranhamente cansada, uma hora eu teria que falar para Klaus sobre o que eu sou, ainda mais agora minha vida corria perigo a cada segundo, ele deveria saber, o que fazer em cada situação.
- Eu sou uma fada - falei de uma vez - Aqui neste mundo nossa existência são apenas histórias, eu sou a primeira fada aqui. No meu mundo vocês também são apenas histórias presentes em livros.
Ele me encarou, piscou e depois abriu um sorriso de lado idiota.
- Isso explica o encanto, e os olhos de demônio - dei um tapa estalado em seu ombro e ele riu quando eu me afastei para me apoiar na cabeceira da cama.
- Eu nasci com uma magia diferente, eu controlo todos os elementos da natureza, e a escuridão. Não é comum uma fada dominar todos os elementos, mas uma fada que domina a escuridão é condenada, além de mim, só existiu outra com este dom, Morgana, ela conquistou todos os povos do meu mundo, antes de ser derrotada. Ninguém sabe como ela morreu, também não sabem como me matar, e para todos os efeitos eu sou completamente imortal.
- Como veio parar aqui?
- Eu tinha um amante - ele fez careta e se deitou ao meu lado - Ele era meu guarda, era o único gentil, ele me entregava livros, e comida decente. Um dia ele finalmente entendeu os erros sobre o qual fomos construídos, e o motivo de eu estar presa, ele me libertou. Eu destruí metade do castelo, matei todos que entraram em minha frente, mas a rainha sabia que eu iria até ela, então enviou um legião de crianças, eu jamais as mataria. Ela o matou, e me baniu para cá, porque sabia que eu daria um jeito de matá-la.
Ele se inclinou sobre mim, secou as lágrimas que molharam meu rosto, então ele deitou em minhas pernas e começou a acariciar minha barriga com delicadeza.
- Você já sabe que minha história olhou dentro da cabeça do meu irmão, e olhou um pouco da minha também - ele disse com um sorriso tenso.
- Eu estava em desvantagem, foi necessário.
- Eu sei. E seu pai?
- Minha mãe morreu no meu nascimento, meu pai era chefe do alto escalão da guarda da rainha, ele era o melhor homem que conheci, e mesmo que tenha séculos lembro dele em cada detalhe. Um dia um dos elfos de outro reino, tentou invadir minha mente e me usar para atacar castelo, foi quando eu libertei minha escuridão e eu o matei, além de meu pai ninguém acreditou em mim. Poderiam ter visto em minha mente, mas queriam que eu fosse culpada, eu tinha seis anos, eles mataram meu pai, e eu fui feita prisioneira - sabia que Klaus buscava o que dizer, mas não era necessário a presença dele era suficiente - O erro dela foi me ensinar a usar meus poderes, fazer de mim uma arma.
Eu sorri para ele quando fiz um bola de água, e inocentemente deixei que ela caísse em seu rosto.
- Desculpe-me ainda tenho que acostumar meu poder ao bebê, por isso estou um pouco sem controle - disse sorrindo.
Ele me olhou incrédulo, quando levantou do meu colo, e xingou, mas logo se virou para mim e sorriu.
- Você tem que descansar - ele murmurou me deitando e aumentando um aparelho que Rebeka diz chamar-se ar condicionado, muito útil devo ressaltar - Boa noite.
- Fica aqui - pedi.
Ele deu um sorriso safado, que logo sumiu ao ver minha cara, e deitou ao meu lado me puxando para perto e abraçando minha cintura.
- Obrigada, por ir até mim.
- Eu sempre irei.
Me virei e vi a sinceridade em seus olhos e em seu sorriso, deixei um leve selar em seus lábios que o surpreendeu um pouco, logo voltei a minha posição e ele me abraçou mais perto, colocando a cabeça no meu pescoço.
(...)
Pela manhã Klaus não estava mais lá, segundo Rebeka ele foi encontrar com Marcel o filho adotivo dele, por quem Rebeka era apaixonada, e ainda tem um envolvimento carnal.
Acho que é isso, não tenho tanta certeza, é muito confuso.
Embora para compensar sua falta, ele deixou algo melhor que ele, comida.
Daquela lachonete maravilhosa, uma mesa cheia, com um cheiro perfeito, que fez minha barriga fazer um barulho esquisito.
Eu comi pão, croassaint, tortas doces e salgada, tomei café ( meu liquido preferido deste mundo), comi um bolo de chocolate, e tomei suco.
Fadas tem um bom apetite.
- Onde está o nobre? - questionei assim que Rebeka se sentou comigo.
- Niklaus o colocou em um caixão, e entregou ao Marcel - ela falou e eu arregalei os olhos.
- Como?
- Ah, esqueci! Quando o decepcionamos, fazemos algo, ele nos apunhala com uma adaga mágica que nos apaga, depois nos coloca em caixões, deixa lá pelo tempo que ele acha necessário, ou até precisar de nós - ela falou com falsa animação revirando os olhos.
- E... vocês... Por que?
- Ele sempre teve medo do abandono, de ficar sozinho, é paranoico e ficou traumatizado pelo nosso pai. Acho que...
- Ele quer controlar todo mundo, e não os deixa viver suas vidas, e os ameaça constantemente. Eu já o teria matado.
- Não..
- Eu sei que espera que eu o mude, mas eu não pretendo mudá-lo, talvez entendê-lo, e ajudá-lo, mas jamais mudar quem ele é. E quanto ao Elijah vamos trazê-lo de volta.
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The Fairy
Vampire16/07/2021 ~ Uma fada expulsa de seu reino por seu poder de natureza sombria, se vê em meio a mais problemas quando em New Orleans seu caminho se junta ao do híbrido original.