Evolução

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- Ainda é aqui - sorrio. No futuro é natural muitas coisas estarem diferentes, destruídas ou nem existirem mais, mas não esse lugar, ele existe no passado e permanece no futuro, mesmo com tudo sendo destruído em 2042.

Foi onde o Pietro me pediu em namoro, e vem sendo o meu refúgio desde sempre. Uma ponte que leva da areia até um certo ponto do mar, com uma casinha no fim para proteger da chuva e sol, é algo simples, mas que tem muita significado para mim.

Precisei desse tempo longe, sei que o Pietro vai se dá conta e vim atrás de mim, por isso tenho que resolver tudo o mais rápido possível. Essa mudança nos meus poderes está difícil de se acostumar, não tenho controlado muito bem, e a Gideon não se comunica comigo a semanas.

- Gideon, por favor, preciso que me responda - mexo no meu aparelho de pulso, logo aparecendo uma tela holográfica no ar - Algo aconteceu com os meus poderes. Preciso que me diga o que eu posso ou não fazer, não quero perder mais ninguém.

- Senhorita Ramon - solto o ar que estava preso em meus pulmões.

- Graças a Deus - murmuro - Gideon, o que fez comigo? Por que não consigo para de ver todos os futuros alternativos de uma só vez.

- Seus poderes evoluirão Eliza, posso ter adiantado o processo, mas era algo que já estava no seu destino.

- Está dizendo que eu posso fazer muito mais? Posso descobrir todos os futuros possíveis dessa guerra?

- Sua mente pode sobrecarregar. Seus poderes são fortes, mas não é imortal - suspiro - Sabe o final dessa guerra, está certa no caminho que está tomando, mas tem consequências.

- Só me diz o que eu devo fazer.

- Esse são os possíveis finais e futuros... - várias imagens aparecem, como se fossem filmes das nossas vidas, pedaços da nossa história. Destruição em massa, um futuro sem nós, presos no passado e muito mais - Você escolhe, Eliza.

- Aquele garotinho, comigo e com o Pietro - meus olhos ficam marejados - É nosso filho?

- Aquele é o Ravi - sorrio deixando uma lágrima escapar - Tome cuidado com as consequências. Pode ganhar, mas também pode perder... 

[...]

Nunca achei que fosse capaz de controlar o que deve ou não acontecer no nosso futuro, mas eu não posso, só posso escolher o caminho que devemos tomar. Confesso que ter visto os meus pais vivos em alguns deles, principalmente no futuro com o Ravi, aliviou o meu coração, mas ainda estou preocupada. E se esse futuro não for o nosso? Não seja para esse rumo que estamos tomando e sim para outro. Não ter recebi uma resposta do papai, agonia mais ainda o meu coração.

Se era esse o meu destino, por que não previ tudo antes? Antes da guerra, antes de tantas pessoas morrerem? Poderia ter evitado muito mais, vidas inocentes poderiam ter sido salvas.  

- Droga! - percebo minhas mão começarem a tremer - Não é hora, por favor - murmuro. Estava na sala de ferramentas do papais. Melhorava o meu bracelete quando não conseguia parar a minha mente, mas dessa vez não estava funcionando.

Coloco as mãos na cabeça começando a chorar. Meu coração estava acelerado, minhas lágrimas incontroláveis, na minha mente só havia dor. Fecho às palmas das mãos apertando com toda força. Dor sem ser a psicológica, poderia controlar essa sensação horrível.

Não percebi quando alguém veio até mim. O loiro vira a cadeira pra ele, segurando as minhas mãos tentando abri-las - Amor, amor por favor - toca o meu rosto - Abre os olhos.

- Ei, olha para mim - faço o que ele pediu - Lembra da nossa ida a patinação? Eu derrubei várias pessoas pois não conseguia me equilibrar - rio, ainda sentindo o meu peito doer - Passamos muitas vergonhas nesse dia. Eu sei que você lembra, um dos clientes tinha um nome engraçado que você não parava de repetir - fungo - Qual era mesmo?

- Chicaygo - rimos.

- Isso - sorri de lado e deixa um beijo em meus lábios - Faz a respiração que treinamos - assinto - Com calma - inspiro e expiro devagar. Meu coração vai desacelerando aos poucos e a mente pesa pelo cansaço que causou a crise - 'Tá tudo bem.

- Pietro... - limpo o rosto - Preciso te falar uma coisa - respiro fundo.

- O que aconteceu? - minha fala é interrompida quando a mesa de alumínio começa a tremer.

- O que é isso? 

Na ponta da mesa, uma pequena brecha se abre. Me levanto indo até a brecha. Um pendrive preto aparece.

- São nossos pais - sorrio pegando o objeto e vou até o computador. 

Vídeo on...

Meu pai aparece, me fazendo respirar aliviada.

- Oi filha, recebi sua mensagem, Estou feliz que estejam bem - suspira - Eu a mamãe e o seus tios estamos bem, escondidos em um dos esconderijos do Oliver. Aliás, ele tem esconderijos demais - o casal rir - O Barry explicou o plano, logo que saíram. Eu falei a ele, e a todos, sobre a sua ideia. Filha, nós sabemos que já perdemos muito e sei que você só toma decisões quando realmente tem certeza. Perseguir o Flash Reverso no seu território, pode ser uma loucura, mas pode dar certo - sorrio - Só tomem cuidado. Vocês são capazes, acreditamos em vocês. No fim, teremos nossa família junta normalmente e as nossas cidades ficaram bem. Tenho que ir, te amo filha - ele sorrir.

- Te amo pai...

- Ah, da um jeito pra família Snow Allen não mexerem na linha do tempo, mas do que, provavelmente, iram mexer - o vídeo acaba.

Vídeo off...

- Ele nem imagina - Pietro rir, pensando em seus tios.

Multiverso - Weather Surprise (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora