Beginnings

Capítulo 10

Sebastian me ajuda a sair do carro, estamos de máscaras pretas, poderia dizer que ele estava ainda mais atraente, reprimo um sorriso com meus pensamentos impróprios.
- O que é engraçado. - Ele me pergunta enquanto caminha ao meu lado.
- Nada.
- Vamos nos separar, ficarei te olhando a distância, se algo der errado...
- Não vai dar nada errado. - Saio a sua frente em direção a escadaria da grande mansão do primeiro Ministro. A visto quatro seguranças na entrada e uma jovem mulher com uma lista de convidados.
- Qual seu nome?
- Jennyfer Steele. - Ela verifica a lista e me deixa passar, solto a respiração e entro. Chris teve acesso a lista de convidados e colocou nomes falsos que escolhemos, por saudade decidi usar o nome de Jenny, penso no que ela iria me falar se me visse armada.
Verifico o salão, várias pessoas com suas melhores roupas e mascaradas, tento encontrar Sebastian no meio delas e sei que é impossível, vou até o bar em busca de me sentar, meus pés já doíam por conta do salto. O barman me oferece uma taça de champagne e aceito.
- Com licença, posso me sentar? - Me viro, Jack com um sorriso nos lábios fica parado ao meu lado, mesmo com a máscara, consegui reconhecê-lo, os cabelos castanhos bem claros como nas fotos que me mostraram, olhos azuis quase verdes, usava um paleto azul marinho e uma camisa azul clara.
- Pode. - Fico nervosa e tento me controlar.
- Percebi que não gosta de multidões, um Whisky por favor. - Ele pede ao barman.
- Prefiro ficar observando.
- Jornalista?
- Sim. - Falo imediatamente sem pensar. - E esses sapatos estão me matando também.
- Sempre achei as mulheres magníficas com saltos assim. - Seu olhar vai dos meus pés até a minha perna a mostra por conta da fenda, me seguro para não retrucar ou fazer cara de nojo.
- Jack! - Um casal o chama, esse era o momento perfeito, eles conversam e riem, ele estava distraído, pego o recipiente em minha bolsa e jogo no copo dele, o líquido se dissolve rapidamente.
- Tive que dizer que você era minha acompanhante, caso contrário eles não me deixariam. - Ele sorri e dou um sorriso tentando não parecer forçado.
- Poderíamos ir a um lugar mais reservado. - Falo dando um gole no champagne.
- Direta, gostei! - Ele se levanta.
- Não vai terminar sua bebida? - Empurro o copo, ele dá um único gole e pega em minha mão.
Passamos pela multidão e ele me conduz até uma escadaria, assim como o planejado, paramos no segundo andar, o corredor e escuro e repleto de portas, procuro por Sebastian, sem sinal dele.
- Você é bem bonita. - Jack fala um pouco enrolado. - E bem gostosa.
Tento soltar sua mão mas ele a segura mais forte, me empurrando contra a parede.
- O que está fazendo? - Ele coloca um braço na parede ao lado do meu rosto e sua outra mão aperta a minha cintura, tento o empurrar mas ele permanece imóvel. - Me solta!
- Você não vai escapar de mim... - Mesmo um pouco grogue, ele permanecia me empurrando.
- Solta ela! - Alívio me invade quando escuto aquela voz, Sebastian aparece da sombra escuro do corredor.
- Imaginei que viria, mas não pensei que fosse tão burro. - Jack da risada. - E que trouxesse a vadiazinha da sua cúmplice junto.
Sebastian o pega pelo colarinho e o arrasta até uma porta, jogando ele lá dentro, entro e tranco a porta, ele coloca Jack sentado em uma cadeira e prende suas mãos com algemas.
- Não temos muito tempo. - Sebastian me fala. - Agora, seu monte de merda, conta direito o que você fez com o meu pai!
- Você é igual a ele. - Jack tomba a cabeça pro lado. - Queria salvar o mundo e concertar um sistema falho, acabou morrendo por isso.
- Foi você que o mandou para aquela emboscada?
- O departamento estava cansado dele... - Ele sorri. - Ele e o amigo atrapalhavam os nossos esquemas.
Sebastian da um soco nele, o nariz de Jack sangra e ele da risada.
- Eles não vão parar até você devolver os arquivos que pegou. - Jack olha pra mim. - A pior coisa foi ter envolvido ela no meio, um jovem enfermeira com um futuro brilhante, sendo procurada pelo FBI, ele destruiu a sua vida.
- Cala a boca! - Sebastian da mais um soco nele e eu o seguro.
- Não vai adiantar nada você ficar espancando ele!
- Admiti o que você fez, filho da puta!
- Isso é maior do que você pensa, Stan, está acima de nós! - Sebastian estava prestes a dar mais um soco nele e então para.
- Precisamos ir. - Ele pega em meu braço e abre a porta.
- Vocês não podem se esconder pra sempre, vamos achar vocês! - Jack da gargalhadas e consigo ouvir mesmo estando longe.
Chegando novamente no salão, aperto o braço de Sebastian conforme atravessamos a multidão, ele aperta o passo até chegarmos do lado de fora, assim que entro no carro tiro aqueles malditos sapatos.
- O que aconteceu?
- Evans avistou uma movimentação estranha, alguns agentes estavam na festa também. - Sebastian dirige com velocidade.
- Já estamos longe, pode diminuir...
- Quer dirigir? - Ele fala com rispidez.
- Está nervoso por que não conseguiu o que queria?
- Estou nervosa porque não teremos uma oportunidade como essa novamente, Elena! - Reviro os olhos e fico encarando a estrada pela janela.
Quando ele aciona o portão do estacionamento e para o carro na vaga, saio rapidamente chamando o elevador, o silêncio permanece até chegarmos no andar, Chris nos espera com a porta aberta, entro direto e subo até o quarto em que eu ficava, me jogo na cama e fico olhando o teto.
- Elena? - Sebastian me chama no corredor.
- Eu não quero falar com você agora! - Falo ainda deitada.
- Eu vou ficar parado aqui te esperando. - Alguns minutos se passam e decido abrir a porta, ele está encostado na parede a frente. - Me desculpa, você não tem culpa das minhas frustrações.
- Assim como você, eu também não estava brincando na missão!
- Ele estava certo.
- Sobre o que?
- Sobre eu ter estragado a sua vida. - Ele se aproxima. - Você é linda, inteligente e deveria seguir sua carreira tranquilamente, você é determinada e faz tudo ficar ainda mais difícil.
- O que é difícil?
- Ficar longe de você. - Sebastian avança e me beija, uma mão segura minha nuca e a outra vai até a minha cintura, ele me levanta e passo as pernas envolta dele, nossas línguas dançam e ele fecha a porta.