Capítulo 7

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Os dias foram se passando depois de nossa conversa, eu não o via com tanta frequência, ele passava boa parte do tempo trancado em uma sala, enquanto isso, Chris me treinava todas as manhãs, meu corpo doía e alguns hematomas começavam a aparecer.
- Levanta! - Chris falava sério.
Corro em sua direção e acerto alguns golpes, porém com rapidez, ele me derruba mais uma vez.
- Você está afobada demais, se concentre e aplique os golpes que te ensinei. - Ele chama a minha atenção, respiro fundo e me posiciono.
Corro em sua direção, mas dessa vez o derrubo, sinto que estou sendo observada e vejo Sebastian nos observando da varanda.
- Está ficando velho e fraco, Evans? - Ele da risada.
- Sou um ótimo treinador. - Ajudo Chris a se levantar.
- Ela é uma ótima aluna. - Sinto meu rosto queimar de vergonha. - Preciso falar com você.
Chris sai nos deixando a sós.
- Ele está pegando pesado?
- Eu pedi pelo curso intensivo. - Sorrimos.
- Você quer falar com a Jenny?
- Quero, muito! - Fico agitada.
Sebastian me guia até a sala escura que ele ficava trancado, quando entro vejo a quantidade de equipamentos, computadores e ouço vozes.
- São as escutas. - Ele aperta um botão e elas somem. - O pai do Chris havia montado essa sala há muitos anos, ele finalizou o projeto.
- Vocês tem um satélite? - Falo olhando para o computador.
- Sim. - Ele me entrega os fones de ouvido.
- Alô? - Ouço uma voz familiar assim que os coloco.
- Jenny?
- Elena? Aonde você está? - Ela grita do outro lado.
- Eu estou bem. - Dou risada e meus olhos enchem de lágrimas por conta da saudade. - Como estão meus pacientes?
- Eu estou tomando conta, depois que você sumiu! - Ela fala em tom acusatório. - Inventei uma desculpas para não colocarem a polícia atrás de você, eu quase fiz isso.
- Não! Não envolva a polícia! - Sebastian me olha. - Eu estou bem, estou com Sebastian.
- Eu sabia que você estaria com o gostosão. - Dou risada e ele me olha confuso. - Vai ficar muito tempo fora? O que aconteceu?
- Não posso te falar nada agora, entrei em contato pra te tranquilizar e dizer que estou viva e bem. - Fecho os olhos. - Toma conta de tudo, por favor.
- Não temos muito tempo. - Sebastian toca meu ombro me alertando.
- Quando você volta? - Ela fala apreensiva.
- Logo.
- Sua mãe me ligou, ela estava desesperada...
- Diga que estou bem, que estou em uma viagem.
- Elena... Fica bem amiga!
- Você também, eu te amo!
- Eu te amo. - Sebastian finaliza a chamada.
- Você está bem? - Ele senta ao meu lado.
- Estou sim. - Passo a mão no rosto limpando as lágrimas.
- Você quer falar com a sua mãe?
- Não, por enquanto, sou péssima mentindo pra ela. - Dou um sorriso fraco.
- Seu pai...
- Meu pai faleceu a 6 anos.
- Eu sinto muito.
- Relaxa.
- Me desculpa a pergunta, mas como ele morreu?
- Infarto fulminante, eu o achei caído no sofá, ainda tentei o socorrer, mas já era tarde demais.
- Eu fui um idiota por perguntar.
- Não, você não sabia. - Olho em seus olhos. - Isso me impulsionou a entrar na faculdade de enfermagem e seguir esse caminho.
- Você realmente é uma mulher extraordinária. - Ficamos nos encarnado e não percebo que ele segurava em minha mão, quando acompanha meu olhar, ele a solta rapidamente se levantando. - Bom, acho que você precisa retornar ao seu treino e eu...
- Obrigada, Sebastian. - Saio e o deixo na sala escura.

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Meus amores, a dinda escreveu uma outra fic no tempo livre, fico sozinha por 10 minutos e já invento kkkkkkk se vocês quiserem dar uma olhada, vou ficar muitooooo feliz, obrigadaaaaa!

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