Talvez a morte tenha mais segredos para nos revelar que a vida.
Gustave Flaubert
A história conta a vida de Viollet Roux, uma garota sozinha com problemas como outros adolescentes da sua idade, o que não esperava que um acidente, uma morte, poderia...
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Acordo totalmente desnorteada, acabei de ter um sonho erótico com a garota que me odeia? Eu só posso estar enlouquecendo de vez. Me levanto e vou em direção ao banheiro, tinha que me limpar, não podia descer de qualquer maneira.
Quando termino de fazer minhas higienes, coloco uma roupa confortável, e me preparo para descer pro café, depois de ontem eu não quero trocar uma palavra com meu pai, nem com esse Peter, sinto que todo mundo está me escondendo algo.
E eu odeio segredos.
Pego minha mochila e desço as escadas em silêncio pra não chamar a atenção de ninguém, como de costume Pepper está na mesa e ao seu lado está Peter, ela conversava algo com ele o deixando totalmente envergonhado. Já o meu pai não estava na mesa, e não havia nenhum sinal dele pela casa, deve estar trabalhando.
- Bom dia - Digo quando percebo que a atenção dos dois veio direito pra mim.
- Bom dia - Respondem em unínosso.
- O Tony saiu? - Pergunto.
- Ele foi... Resolver algumas coisas fora da cidade - Pepper diz.
Uma mentira é claro, Tony não sairia da cidade sem me avisar, eu acho.
- Certo, ele falou alguma coisa com você? - Digo.
- Tipo o que? - Pepper responde.
- Palavras - Dou de ombros - Um recado, nada sabe.
- Não, mas - Ela é interrompida por seu telefone que toca - Com licença crianças, tenho que atender.
Ela sai da mesa deixando nós dois sozinhos, o clima não é um dos melhores, não quero criar uma rivalidade sem sentido entre nós, ele parece ser um cara legal. Mas ele está aqui por um motivo, mais um segredo que eu vou descobrir.
- Bom... Você quer carona pra ir a escola? - Tento puxar assunto.
- N-não precisa sabe, não q-quero te incomodar - Ele cora.
- Não vai ser incomodo - Respondo - Se você for ficar aqui por um tempo, eu tenho que aprender a conviver com você, não acha?.
- Sim, claro que sim - Ele limpa a garganta - Eu aceito a sua carona.
- Ótimo.
Foi a última palavra que foi falada no momento, cada um voltou pro seu devido prato, em silêncio. Quando terminamos a comida o chamo pra ir a escola.
Antes de sair verifico o meu celular, e olho que tem uma mensagem de Lizz, finalmente.
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