Talvez a morte tenha mais segredos para nos revelar que a vida.
Gustave Flaubert
A história conta a vida de Viollet Roux, uma garota sozinha com problemas como outros adolescentes da sua idade, o que não esperava que um acidente, uma morte, poderia...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pelo que eu consegui contar, faz uma semana que estou presa aqui, sem um sinal de Tony e seus cachorros que seguem ele o tempo todo.
Eu devo ser a única pessoa confinada aqui. Nenhum guarda fala comigo.
Apenas minha mãe e seus companheiros murmuram para mim, suas palavras estão mais fortes do que antes agora.
Não há nenhuma vantagem pra mim aqui, sempre fortalecem eles. Sempre preferi lugares abertos, não cheios de pessoas. Apenas livre.
Não importa o quão forte somos, o trauma sempre deixa uma cicatriz. Mas, eu nunca fui forte o bastante.
Eles estão gritando, tem dias que eles são mais gentis, hoje por exemplo parece que metal está arranhando metal na minha cabeça. Sempre confiro se está sangrando. Nunca está. Já que eles estão presas na prisão da minha cabeça. Estou presa no abismo que minha própria mente fez, estou perdida.
Então sempre escolho dormir.
Não consigo sonhar. Essa é a consequência desse lugar, está retirando tudo de mim.
Às vezes me pego olhando para parede branca. Quando toco a única sensação que consigo sentir é como elas são geladas.
Queria poder voltar no tempo e não ter sentado naquela maldita mesa, não iria me descontrolar, talvez. Ele machucou ela, a garota que eu gosto, eles mereceram. Eu não.
Minha mãe não está longe dos meus pensamentos. Sua voz transita na minha merda de cabeça, não por saudade, mas como uma droga de maldição. O amor da garotinha que tinha por ela se foi a muito tempo.
Mesmo com o rancor que eu guardo, pensar no corpo do meu pai é como dar uma facada pelas costas em mim.
O da minha mãe não, vejo o seu cadáver e sinto apenas satisfação. Satisfação em pensar que a traidora da minha vida inteira que tentou me matar se foi para sempre.
Se me amou ou não, tenho que me proteger dela, da sua voz. É impossível.
A minha atenção é desviada para porta sendo aberta por um guarda, ele era não muito alto, se tinha músculos ou não, a roupa escondia. Levanto ficando alerta do que vai acontecer, não confie em ninguém, as pessoas são traiçoeiras.
- Vamos - Ele aproxima.
Recuo.
- Para onde? - Estou assustada.
- Você não tem direito de fazer perguntas - Ele chega mais perto ainda - Eu não tenho o tempo todo garota.
- Pra onde você vai me levar? - Estresse, é o meu humor.
