O Deputado federal Diego mancini vive uma batalha feroz entre o amor e o ódio. Será possível ainda existir amor depois do engano?
Sugiro que leiam o conto Meu Presente Natal para ter um melhor entendimento de Depois do Engano
Capa feita por @MiaLen...
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Diego
Fechei a porta do escritório e cruzei ambos os braços diante do meu peitoral, esperando o que Rômulo tinha de tão importante para me dizer.
— E, então? — Franzi o cenho a espera de uma resposta.
— Não me trate como um intruso, Diego. Por que sabe que não sou. Está jogando suas frustrações em cima da pessoa errada. — diz abrindo a sua maleta diante dos meus olhos. — Estou aqui a mando de Carlos, o governador. Vim te trazer isso, uma lista de partidos que precisamos fechar coligação para a candidatura a prefeitura de Belo Horizonte — diz estendendo uma pasta em minha direção.
— Era só isso? — Questiono pegando a pasta em minhas mãos.
— Queria tomar um whisky, estou precisando relaxar. — disse desafroxando a gravata, querendo parecer despretensioso. — Falar um pouco sobre minha vida, te ouvir também, lógico! Discutir estrategias e dicas de campanha. Afinal, falta pouco para as eleições municipais e agora serei não somente o seu suplenti na câmara, como também seu vice na candidatura a prefeitura. E mal posso esperar para conseguirmos nossos objetivos quanto a isso. Precisa ter foco Diego. Você está em primeiro lugar em todas as pesquisas e tem todas as condições de ganhar essa eleição, porém precisa concentrar suas forças nisso. — Rômulo caminha até as bebidas e se serve, sem ao menos esperar convite.
— Porra, nenhuma! — xinguei puto da vida. — Está aqui para me espionar. Se meter na minha vida. Vai se foder, Rômulo! Conheço bem essa sua busca desenfreada pelo poder. Vomita logo, como soube tão rápido que Flávia estava aqui na fazenda? Se eu souber que tem gente me espionando..
— Se acha que estou mentindo ligue agora mesmo para Carlos Mendanha, seu sogro, e pergunta pessoalmente se não vim a mando dele para esse fim de mundo? — Rômulo interrompeu minha ameaça, estendendo seu celular em minha direção. — Não tenho por que te espionar. Meu único interesse é que esteja centrado, com a cabeça no lugar. E que não seja prejudicado em sua vida política, só isso. Temos uma parceria de anos Diego, que sempre honrei com muito respeito. — diz virando a dose de wishy em um único gole. — Entretanto, consigo perceber o quanto você está atormentando por uma história que deveria está interrada a quase 2 anos atrás. Quer dizer que a mulher que está ai na sua sala e ela? A golpista de Araraúna? E aquelas crianças miseráveis em sua companhia que são?
— Lava a boca pra falar dos meus filhos, porra! — Peguei em seu colarinho com raiva.
— Seus filhos? — Rômulo riu debochado. — Quem diria que se deixaria enganar dessa maneira. — fala tentando se livrar do meu aperto. — Você sempre foi o meu exemplo, cara. Seus contatos, a admiração que sempre dispertou nas pessoas, Os partidos em uma briga ferrenha para te ter, a frieza que sempre teve para lidar com assuntos políticos e a inteligência admirada por muitos. Tudo sempre ao seu favor. Porém, desde que conheceu essa mulher perdeu a visão e se tornou esse poço de ingenuidade que estou vendo na minha frente.
