Capítulo 11

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Diego

E agora por onde começo? — olhei para o bebê, que sorriu mostrando-me os dois únicos dentinhos da frente

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E agora por onde começo? — olhei para o bebê, que sorriu mostrando-me os dois únicos dentinhos da frente. 

— Eu não sei niño — minha mãe deu de ombros confusa. — Faz muito tempo que não troco um bebê. Lembro-me bem de você tão lindo nessa fase, eu limpava seu bumbum com tanto carinho. — Se aproximou sorrindo. —  E madre dios! Como era parecido com Gabriel. — abraçou-me forte, afogando meu rosto em seus fartos seios.

— Mãe, está me sufocando! — rezinguei. — Precisamos arrumar um jeito de conseguir troca-lo. Foco!

— Me desculpa, estou tão emocionada com essa sua nova fase sendo pai, que fico encantada.  — apertou minha bochecha de forma vexatória, ajeitando sua postura sorrindo. — Não deve ser difícil, troca-lo, hijo! Vamos começar pegando uma fralda limpa. — caminhou por poucos metros até a cômoda. — Deite o bebê na cama. 

Sigo exatamente as instruções de minha mãe, mantendo-me atento a Gabriel.

Pronto, aqui está a fralda — estendeu-me sob meu olhar atento.

— Isso me parece mais difícil, que dia de votação no plenário. — Falei, coçando a nuca completamente desajeitado. Tentei puxar a fralda pela parte superior, em vão.

— Assim não, niño! Tente pelas laterais. — Minha mãe sugeriu, se aproximando da cama, dando-me as  coordenadas. Faço exatamente como ela diz, e uso o meu extinto para tentar acertar o óbvio. Minutos depois termino o processo e quando sinto-me enfim satisfeito, levantei o pequeno na altura do meu rosto, esfregando o nariz em sua barriga. A fralda mal colocada desceu por suas pernas e não demorei a receber filetes de mijo em minha cara. 

Minha mãe ri, enquanto tento desviar o rosto do xixi de Gabriel.

Seu danadinho! — Levantei-me em um impulso sorrindo. — Toma dona Hortênsia, segura seu neto um instante. — passei Gabriel para o colo de minha mãe que gargalhava ainda mais alto de mim.

— Ri, mesmo da minha desgraça dona Hortência. — Zombei de mim mesmo, caminhando em direção ao banheiro.

— Não é pra tanto, hijo! Logo vai  aprender a lidar com seu filho. — minha mãe tenta cessar o riso em vão.

— Acredito que sim mãe, entretanto hoje deixo essa missão pra senhora. —falo em voz alta, ao mesmo tempo que lavo meu rosto na pia do banheiro. Levantei o olhar e observei meu reflexo no espelho e constato o quanto minhas feições haviam mudado radicalmente nas últimas 24 horas, Agora sentia-me leve, disposto a recomeçar ao lado de Flávia e meus filhos, a raiva e o despeito que eu sentia por ela havia desaparecido como passe de mágica e agora sentia somente amor em meu coração. 

— É lógico que a vovó dar um jeito nisso! Mas na próxima vez, não vai conseguir se livrar niño. — dona Hortência respondeu-me divertida. — Prontinho, consegui! — diz depois de poucos minutos logo quando retornei ao quarto. — Eu não agüento com essa fofura de lindeza de vovó. — faz cócegas no bebê que gargalha balancando as pequenas pernas no ar, em seguida entregou-me Gabriel.  — Ele é todo seu, preciso ir até cozinha ver como anda os preparativos para o jantar.

Depois do Engano ( Espin-Off Um Presente de Natal)Onde histórias criam vida. Descubra agora