O Deputado federal Diego mancini vive uma batalha feroz entre o amor e o ódio. Será possível ainda existir amor depois do engano?
Sugiro que leiam o conto Meu Presente Natal para ter um melhor entendimento de Depois do Engano
Capa feita por @MiaLen...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Rômulo
Folheio a última pesquisa de intenção de votos para eleição municipal da prefeitura da capital, dando - me conta que meus planos estavam próximos de se tornar realidade. Se o idiota do Diego, não resolvesse estragar tudo se envolvendo novamente com a pobretona de Araraúna. Eu não via a hora de terminar de uma vez com essa porra de obsessão que ele havia desenvolvido por essa mulher, antes que o imbecil colocasse tudo a perder.
Infelizmente todos os meus planos giravam em torno de Diego Mancini e sua brilhante vida política. O cara, era perfeito aos olhos de todos, e nos últimos anos precisei engolir sua ascenção meteórica sem que eu tivesse uma única oportunidade de mostrar, que eu poderia ser mil vezes melhor do que ele. Tentava de tudo para chamar atenção dos chamados "Cacique partidário " e seus afiliados para o meu lado. Mostrar meu potencial. Me empenhava sempre com as melhores idéias, soluções, contatos e até subornos na tentativa de ser alguém com peso de decisão dentro do partido. Entretanto, nunca consegui ser notado o suficiente para ter uma chance de me eleger a um cargo de visibilidade no cenário nacional. Sempre eram as mesmas tentativas frustradas, mesquinhas e de pouca inexpressividade. Diferente de Diego que sempre teve tudo de mãos beijadas e todos lambendo o chão que ele pisava. E por mais que eu tentasse fazer um nome e crescer por mim mesmo imitando os passos de Diego, nunca era o suficiente para ter os olhares focados em mim. Até que percebi ser impossível conseguir notoriedade diante de todos. Eu não passava de um suplente, um vice, um tapa buraco. Sempre como uma sombra do político brilhante que Diego havia se tornado. Comecei a nutrir um ódio profundo, almejar o que era dele, me tornar ele. E não estava longe de conseguir, pois eu sabia que em algum momento eu o venceia, tiraria Diego de cena e do meu caminho para sempre.
O poder, a ganância e o ódio me moviam a chegar cada vez mais longe em busca dos meus objetivos em destruir Diego Mancini.
De repente ouvi um tintila de salto alto no piso de mármore, quebrado o silêncio que ecoava na minha sala, despertando - me dos meus pensamentos.
— E então, conseguiu resolver tudo? — É realmente a tal de Araraúna que está com Diego na fazenda, não é ? — Priscila, indagou com voz estridente. Uma verdeira tortura para os meus ouvidos.
— Sim é ela. — Confirmo sem mover um único músculo, concentrado nos papéis em minhas mãos.
— E você diz isso assim, calmo? — puxou as anotações de entre meus dedos histérica. — Olha aqui Rômulo, precisa dar um jeito nisso, antes que essa mulher abra a boca. — Levantei - me da cadeira, lançando um olhar mortal em sua direção.
— Acha que eu não sei disso, caralho! Estou fazendo todo o possível para resolver essa merda.
— Isso é culpa sua! Por que deixou que as coisas chegassem a esse ponto? Se Diego chegar a descobrir tudo, eu abro o jogo e te entrego Rômulo. Conto tudo, inclusive que você tentou mata - lo em Araraúna.
