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Renata pov.

Chegamos no salão e eu cumprimento as garotas que trabalham lá. Explico pra elas que vou fazer a pintura fixa e elas aceitam.

- Quem vai fazer seu cabelo é ele, tudo bem? - Ela aponta para um outro garoto que trabalha lá. Percebo que Draco até arruma a postura encarando o rapaz. Meu gaydar apita, tenho certeza que o rapaz é gay e Malfoy está sentindo ciúmes a toa.

O rapaz se aproxima e me cumprimenta com um beijo em cada lado de meu rosto. Ele começa a pegar meu cabelo e eu explico para ele o que eu quero fazer em meu cabelo.

- É seu namorado? - Ele pergunta olhando para Malfoy que nem espera eu responder e interfere:

- Sou sim, porque? - O moço arregala os olhos claramente com medo da interferência de Malfoy. 

Coloco a mão na testa com vergonha desse ato de Draco. 

- Desculpa por isso viu? Ele é um pouco inseguro... - Brinco para quebrar o clima pesado que o loiro deixou pairar no ar.

- Inseguro seu cu, Grindelwald. - DRACO MALFOY, EDUCAÇÃO! - Grito, todos nos observam, fico extremamente nervosa. - Desculpa. - Peço gentilmente a todos.

- Senta ali. - Aponto para uma cadeira vazia que tinha ao meu lado, ele obedece. - As vezes eu acho que não tenho um namorado e sim um filho. - Digo alto e Draco me mostra o dedo do meio. 

- Me dá licença um minutinho? - Peço para o rapaz que concorda com a cabeça. - Que falta de educação é essa? - Falo num tom que somente Draco me escuta. Mas, ele cruza os braços, revira os olhos e se senta.

- Ele está dando em cima de você, para de se fazer de sonsa, Renata. - Ele olha para o lado, onde as atendentes provavelmente estão endeusando ele e dando sorrisinhos.

- Quer ficar sem transar? Não né? Então se comporta! - Digo no ouvido de Malfoy. - Você não iria aguentar ficar longe do meu pau. - Eu teria outros pra sentar. - Dou um beijo no canto de sua boca e me viro. Draco me segura pelo braço.

- Me provoca com esses papinhos que eu te levo para lá, e te fodo ali mesmo. - Ele diz em meu ouvido apontando para um canto do salão que é mais escondido e não tem ninguém. - Se comporta, e se controla! - Ele revira os olhos e eu dou um leve tapa em seu braço. 

- Bom, prazer, Me chamo Bruno Augusto. Farei seu cabelo e cuidarei dele sempre. - Bruno sorri e observa meu cabelo.

- Bruno, prazer... Sou Renata Grindelwald. Peço desculpas novamente pelas atitudes dele. - Digo um pouco mais baixo e Malfoy cruza os braços.

Começo a fazer meu cabelo e percebo a inquietação de Draco. O mesmo ficava me olhando com um rostinho apaixonado, com um sorrisinho bobo... Nunca sei até aonde posso confiar nele e nessas suas mudanças de humor. Até que ele começa a escrever em um caderninho todo preto e sinto que já vi aquele caderninho antes... Ignoro e pela demora ele busca umas frutas para mim e uma cerveja pra ele.

- Obrigada, amor. - O chamo assim involuntariamente por conta da situação que ele me colocou. O mesmo dá um sorrisinho, me dá um beijinho e fica parado em meu lado. E me vem duas únicas perguntas na cabeça.. "Será que ele sabe o significado dessa palavra? Será que ele já sentiu isso?"

Draco encara o rapaz que está fazendo meu cabelo, ele se sente incomodado e me dá uma desculpa qualquer: 

- Eu vou beber uma água ok? - Apenas sorrio para ele, concordando com a cabeça. - Estou agoniado já, quero carinho. - Ele diz fazendo um beicinho e eu fico indignada com a demonstração de afeto em público.

- O que fizeram com você, Malfoy? - Pergunto tentando pegar a cerveja de sua mão e ele faz não com o dedo. Ergo as sobrancelhas e ele ergue também.

- Virou meu pai agora? Eu já tenho idade para beber viu? - Ele me dá a garrafa de cerveja revirando os olhos. - Aonde você aprendeu essa mania feia de revirar os olhos? Tenho certeza que não foi sua mãe que te ensinou isso. - Digo encruzilhando os dedos e me recostando na cadeira.

Um amor de outra realidade | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora