A world Alone - Lorde

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Depois de perder a aula segui em direção a sala 8 onde a Professora estava sentada vendo todos entrarem.

Eu dividia a mesa com uma garota chamada Weronnikah. Ela era bem mais quieta que Suikka e Ann mas não antipática. Depois de nos apresentarmos, permanecemos uma do lado da outra quietas por 2 aulas.

Na aula seguinte Suiika estava mais animada do que na primeira aula mas eu não estava no mesmo astral e passar a aula toda ouvindo ela falar como o Nathaniel é ótimo não era algo que eu almejava neste momento.

Para felicidade dela Ann veio se sentar entre nós e eu preferi trocar de lugar com ela. Me sentei então numa das carteiras do fundo da sala, ao lado da Shizuka. Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias e ela me pareceu bem amigável. Ela desenhava sempre figuras abstratas que me pareciam violinos contorcidos por algumas Claves de Sol.

E foi assim que a aula acabou ( depois de uma lista enorme de pesquisas para fazer para a aula de amanhã ). Ela se despediu rápido de mim dizendo que precisava conversar com algum amigo chamado Lys. Fui logo atrás rezando para achar o ginásio antes de a aula obrigatória de Ed. Fisica ( O Conselho da Faculdade insiste que atividade ajuda para um desempenho melhor nas matérias,  independente do curso).   Ela olhou para mim.

– Vou passar perto do Ginásio, quer que eu te moste o caminho?

– Seria muito bom. Voce faz parte de algum clube da escola? – perguntei

– Sim, faço parte do Clube de Musica. Mas eu acho que jardinagem relaxa de tempos em tempos por isso eu ajudo de vez em quando.

– Tem um Clube de Musica? Acho que vou escolher este!- me senti mais animada.

– Sinto muito, mas eu acho que ele esta completo. Venha, estamos chegando. É bem depois do pátio. – ela apontou e eu assenti com a cabeça.

– Entendi! Obrigada.

Ela segui em frente indo para uma direção que eu ainda não tinha explorado.

O sinal tocou novamente e corri para o Ginásio.

Ele era grande, maior do que o da minha antiga escola. Com arquibancadas gigantescas e bem estruturado.

Haviam varias pessoas na quadra, procurei pelo Nathaniel e não o encontrei em nenhum dos corpos.

Eu estava muito frustrada. Eu ao acusei sem ao menos pensar por um minuto em tudo que ele fez para me ajudar. “Eu preciso encontra-lo”

Castiel estava tirando a sua costumeira blusa para colocar a do time de Basquete.
Ele logo me olhou e eu desviei o olhar, não tinha tempo a perder.

Avistei o Treinador e dei a típica desculpa de aluno novo:

– Peguei meu Horário hoje por isso não trouxe roupa pra aula.

Ele revirou os olhos e soube que não era a primeira vez que ele escutava isso.

– Tudo bem. Esta liberada então.

Sorri e segui meu plano. Enquanto saia do Ginásio não pude deixar de dar uma olhada disfarçadamente em direção ao ruivo, ele por sua vez, manejava uma das bolas de Basquete com maestria. Sorri com a cena.

O primeiro lugar que fui a sala dos Representantes, mas ele não estava lá. Passei olhando por entre o pequeno quadrado de vidro de todas as salas mas não o encontrei em nenhuma. Passei repetidas vezes pelos corredores e voltei novamente ao Pátio. A aula estava acabando e 5 minutos antes de seu termino o treinador os liberou para tomar banho. Foi neste momento que cheguei ao pátio a tempo de ver Castiel saindo do Ginásio pingando de suor. Ele passava a mão por entre o cabelo e este dançava com o movimento. Bem, nunca pensei que alguém poderia ficar bonito todo suado... mas neste momento eu não podia dar outro adjetivo a ele.

Nathaniel não estava em lugar nenhum. E então me lembrei que ele é o monitor do ônibus. Sai à passos largos em direção a saída. O Sinal bateu assim eu cheguei no portão.

Tudo se repetiu conforme o dia anterior, uma enxurrada de alunos se amontoavam para sair o mais rápido possível do prédio. Diferentemente de ontem, entrei no ônibus e fiquei indecisa quanto ao lugar que eu deveria me sentar, eu queria sentar ao lado de Nathaniel, assim eu conseguiria conversar com ele durante o caminho e pedir desculpas.

Me sentei na primeira fileira de bancos, provavelmente ele se sentaria num dos lugares da frente. Logo vários outros alunos foram entrando e todos seguiam em direção ao fundo do ônibus. O ônibus estava quase cheio quando Castiel entrou, me viu e seguiu em direção ao fundo.

– Vamos, você esta atrasado – Era a voz de Nathaniel.

Meu estomago retorceu. Eu mal conseguia olhar para ele.

Ken entrou no ônibus ainda colocando a bolsa nas costas, e ao mesmo tempo tropeçando em um dos degraus. Ele me viu e sorriu alegremente.

“ Não faça o que esta pensando” – implorei mentalmente.

E foi assim que ele se sentou ao meu lado.

Coloquei a mão no rosto, exausta evitando todo o exterior.

– O que foi? Não esta bem? –Ken perguntou

– Estou cansada.

– Ah, descanse um pouco então.

Agradeci aos céus dele não puxar assunto.

Olhei para o lado e lá estava Nathaniel, olhando fixamente para a frente e então observando o fundo do corredor.

Tive vontade de pedir para o garoto que estava sentado ao lado dele me dar licença, mas não tive coragem.

O ônibus parou e então escutei toda a movimentação e pouco tempo depois estavam quase todos fora do ônibus.

– Vamos Mel? – Ken me chamou.

– Deixei um lápis cair, ele deve estar no fundo do ônibus. Só vou pega-lo e desço. – menti.

Ele assentiu e saiu.

Levantei e passei ao lado de Nathaniel, que continuava atento aos alunos que saiam, e fui até o fundo do ônibus. Todos já haviam saído. Fingi pegar algo do chão e “guardei” na bolsa. Olhei para frente e ele não estava mais lá.

Suspirei,  derrotada.

Segui com passos pequenos, desanimada, em direção a porta do ônibus e quando olhei para meu banco checando se eu realmente não tinha deixado nada ali fui surpreendida com um pequeno pedaço de papel.

O peguei e li em uma letra caprichosa:

Me encontre no terraço do prédio as 9 horas.

Ass: Nathaniel

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