Heartbrake Warfare - John Mayer

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POV Castiel.

Estava bem escuro no corredor mas pela silhueta eu sabia que era uma garota encolhida no chão.

Virei o corpo dela para cima e me surpreendi ao reconhecer a garota novata. Como é mesmo o nome dela? Lysandre falou quando terminou o show,  elogiando a apresentação dela e bom gosto musical.  Melissa? Deve ser algo parecido com isto.

Para alguém que aparenta ser tão santinha, encontrá-la neste estado é realmente surpreendente.

Olhei para os lados, o corredor estava completamente vazio e uma brisa fria entrava pela janela do quartinho da limpeza.

– Droga, vai sobrar para mim. – disse.Ela abriu os olhos choramingando algo.- Odeio cuidar de gente bêbada.

Segurei o braço dela para levantá-la mas ela choramingou algo, aparentemente uma das pernas estava machucada.

Não haviam lâmpadas nesta parte do corredor, apenas a luz da lua que entrava pela pequena janela da sala da limpeza trazia certa claridade mas mesmo esta era muito pouca. Ela usava um vestido que lhe cobria até metade de suas cochas assim pude examiná-la com mais facilidade. Pressionei meus dedos em volta de suas pernas e tornozelos até ouvir o gemido de dor dela. Tornozelo direito. Olhei melhor e vi que não era grave, apenas uma luxação. Mesmo assim...

– Agora vou ter que te carregar, é? – disse mal-humorado. – É tudo que eu preciso depois de um show.

Meu sarcasmo não a atingiu.

– Fell Blue. – ela cochichou. Para si mesma.

– Isso ai. – eu disse – Vai fazendo propaganda.

Ela continuou dizendo coisas que eu não distingui. Por diversas vezes ela se encolhia, ofegante, tentando não vomitar. Já vi muitos bêbados e ao menos que eu queira ficar fedendo a vomito, é melhor não levantar ela por enquanto.

Alguns minutos se passaram e eu sei que o pessoal deve estar preocupado.

– Se tivesse água por aqui... – procurei por alguém no corredor, mas não me afastei muito. Ninguém. Pensei em deixá-la sozinha para encontrar alguém mas me lembrei da ultima vez que isto aconteceu. Lysandre estava na mesma situação que eu mas, com sempre, tinha perdido o celular. Saiu por 10 minutos, enquanto procurava por mim e quando voltamos encontramos a garota chorando. Eu a vi... E não tem como se esquecer de seu desespero bêbado. Sua saia havia sido rasgada e jogada em um dos cantos escuros. Nem todos são bons Samaritanos. Um cara a viu totalmente indefesa e... bem, a estuprou. Lysandre ficou desesperado e sei que se culpa até hoje. Não tiro a razão dele, porque ele realmente foi idiota de deixá-la sozinha. Eu não quero ter isto me acusando. – Então parece que agora sou babá.

Sentei ao lado dela, mas distante. Ela continuava encolhida num canto. Hora dormindo, hora choramingando.

Até que se virou para ficar com a barriga para cima e abriu os olhos, aparentemente melhor. Olhou para mim confusa e depois de certo tempo começou a gargalhar.

– O ruivo que me odeia; Você que esta cuidando de mim! – disse entre risos histéricos – Quanta ironia!

– Não abuse da minha boa vontade...

– Não me encha você. – ela tentou se equilibrar no ombro esquerdo e depois de diversas tentativas apontou o dedo indicador para algum dos vários de mim que ela via. – Não pense que me esqueci do que você fez. – abri a boca para mandar ela calar a boca mas ela engatinhou até mim fazendo caretas de dor enquanto dizia: - Cansei de seu sarcasmo, entendeu? OU se comporta OU te tiro daqui!

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