14. feliz aniversário, Richard!

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Oi! Tô aqui com mais um capítulo, e esse tá bem grande.

Já aproveito pra avisar aqui em cima que tem um *quase* hot aqui nesse cap, então se alguém não gosta ou não se sente confortável lendo, eu coloquei um asterisco (*) no momento que começa até o que acaba, pra ficar mais fácil de pular!

Enfim, boa leitura!🌷

**

O sol estava radiante no céu, seus raios de luz invadindo a janela do quarto de Craig, que acordou mal-humorado ao ouvir o bipe chato e repetitivo do seu despertador.

Ele meteu a mão com tudo no aparelho, terminando com o barulho. Abriu os olhos e encarou o teto, cansado e irritado. É claro que ele estava feliz por tudo que aconteceu há duas semanas atrás, e por ter conseguido se livrar daquele peso que o acompanhava por tanto tempo, de achar ser culpado, de certa forma, por tudo o que aconteceu. Mas isso não apagava o fato de que ele detestava manhãs ensolaradas. Uma coisa não excluía a outra.

Pôs os pés no chão gelado, tendo um calafrio involuntário por estar sem meia, e alcançou seu celular, enviando uma curta mensagem a Tweek, avisando estar a caminho da cafeteria. Desde que o loiro passou um dia inteiro consolando Tucker, ele havia o feito prometer que todos os dias, sem falta, o enviaria uma mensagem pra confirmar que ele estava bem e que seu ex amigo de infância psicopata não tinha o sequestrado e estava o mantendo em cativeiro. Craig, apesar de dizer achar tudo isso um completo exagero, no fundo, gostava de ter Tweek preocupado com ele. Era fofo, e o fazia sentir especial.

Tomou um banho rápido, vestiu um casaco, calças e pôs seu gorro de sempre. Pegou o bolo de chaves, se despediu de Laura, e lançou um dedo do meio para sua irmãzinha intrometida, saindo de casa, finalmente.

Colocou Mother Mother para tocar no fone de ouvido, e passou a observar seus pés se movendo pra frente. Era até que divertido quando você tinha uma trilha sonora de fundo. E ele foi fazendo isso o caminho todo, sempre contando mentalmente. Pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo, pé direito, pé...

Parou de andar quando chegou lá, observando Tweek através do vidro, que o viu e acenou. Acenou de volta, abrindo a porta de vidro e ouvindo aquele sino que soava todas as vezes que entrava ali.

Tweek rapidamente veio na sua direção, um sorriso de orelha a orelha em seu rosto, bem maior que o habitual. Tinha algo que Craig não estava sabendo?

— Sabe que dia é hoje? — Ele perguntou ao puxar o moreno para a bancada, já o entregando seu avental. Craig vasculhou até o fundo de sua mente na procura de alguma data especial naquele dia, mas nada pareceu realmente importante. Ele deve ter deixado transparecer na sua expressão que não sabia, pois Tweek revirou os olhos com um sorriso divertido. — É aniversário do meu pai. Ele faz 37 hoje.

— Ah. Eu não sabia que era hoje — acenou com a cabeça. Sem querer ser indelicado, mas para 37 anos, Richard estava meio acabado. Ele tinha cara de ter pelo menos uns 48. — Falando nisso, cadê ele? Ele não devia estar aqui?

— Ah, eu consegui- ack, convencer ele de que ele devia fazer compras, e disse que conseguiríamos nos virar aqui na cafeteria. Ele foi faz uns 10 minutos! — deu aquele sorrisinho que fazia o coração de Craig dar uma lombada toda vez. Toda maldita vez... — Acho que estamos livres dele até umas 18:30, por aí. O que nos dá tempo de fazer um bolo e decorar um pouco a casa.

— 18:30? Mas isso, tipo, não é muito tempo? Por quê diabos ele iria demorar tanto tempo num mercado?

Tweek sorriu de um jeito que para pessoas de fora seria assustador, mas Craig já estava acostumado a esse tipo de coisa, então deixou o menino prosseguir.

O loiro da cafeteria, creek ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora