Alexander Cooper

BÔNUS JAMES E LARA

 James

Eu sempre me considerei um homem sensato e controlado. Ocupar o cargo de chefe da policia e ser dono da maior empresa de segurança do país exige isso!

  Quem me conhece sabe o quanto sou frio e calculista. Evito ao máximo interações que não me levam a nada.

Sou prático e de poucas palavras.

Mas nesse momento, tenho muitas perguntas que não saem da minha cabeça.

-Merda

Dou um longo gole na cerveja, relembrando os últimos acontecimentos.

Tudo começou na quinta-feira à noite, quando precisei de atendimento médico.

Estava em uma diligência na favela do Machado e acabei levando um tiro de raspão no ombro.

Eu nem iria procurar atendimento médico,  sempre me viro sozinho quando uma merda dessas acontece.

Mas o traficante também foi baleado e precisei acompanhar o delinquente até o hospital. Já que meus homens ainda estavam em operação na favela.

Tinha acabado de algemar o filho da puta na cama, quando meu celular tocou.

Minha equipe avisou que a operação foi um sucesso. Não tivemos nenhuma baixa.

Mas os delinquentes ficaram feridos e mortos.

Estava passando as últimas ordens, quando percebi uma enfermeira entrar na sala e olhar preocupada para o ferimento em meu ombro.

Ela solicitou ajuda de mais uma enfermeira que passava pelo corredor.

As duas caminharam em minha direção, encarando todo o meu corpo. Possivelmente em busca de outros ferimentos.

 Eu já estava puto com a porra do meu dia. A mídia estava em cima da operação, o que resultou no alerta aos criminosos.

Senti uma fisgada no ombro e me virei de imediato.

Encontrando um par de olhos verdes, preocupados com a minha ferida.

Ela tinha os cabelos presos num coque mau feito no alto da cabeça. Enrolado por uma caneta, caindo em cascatas cor de fogo no jaleco branco.

Estava alheia a minha inspeção, ocupada em avaliar meu ferimento.

Mordia o lábio inferior enquanto apertava meu ombro, fazendo aquela parte arder em mim.

Então levantou o olhos e sorriu ao me ver encarando suas feições.

A merda do meu coração deu um solavanco, me deixando zonzo por um instante.

Ela se apressou em me segurar, como se realmente pudesse me ajudar caso caísse.

Aquele contato mais íntimo, do corpo dela grudado ao meu, fez meu pau acordar.

Uma fúria se apoderou de mim!

Linda...
Minha mente concluía.

Traços perfeitos pele macia, um cheiro delicioso. Que me instigou a querer mais dela!

Não entendi o que estava acontecendo comigo.

Afasto ela do meu contato, com mais rispidez do que o necessário.

Ela fica confusa, seu olhar me demonstrou o quanto ficou constrangida, com minha rispidez.

Me sinto um canalha.

- Senhor? - Senhor?- Está se sentindo bem?

Só percebi que ela estava falando comigo, quando estalou os dedos no meu rosto.