Fogo pode trazer destruição, mas se você souber como não se queimar, isso pode trazer benefícios.
A luz traz vida, traz paz ao ambiente escuro, e dizem que afasta as coisas ruins da vida.
Ela é os dois. Feita de fogo e luz. Maya pode ser a própria...
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{Promise me}
A família da Corte Diurna havia ido embora no dia seguinte, alegando que haviam ficado tempo demais, e precisavam voltar para a sua Corte.
Maya se divertiu na Queda das Estrelas, ela gostava da companhia de todos que estavam lá. E naquela noite ela pôde não pensar em Amarantha, mas agora, só conseguia pensar nisso.
O que aconteceria à seguir? Iriam procurar pela fêmea? Maya não sabia.
Ela estava preocupada que Amarantha fizesse alguma coisa, preocupada que ela talvez atacasse sua Corte e família. Levando em consideração o que ela fez com a Corte Invernal nos tempos em que reinava, era de se esperar que arrepios começassem a percorrer o corpo da garota.
❍
Helion havia chamado Maya para a sala de reuniões, ele precisava pedir algo para a filha.
— Então? — perguntou Maya.
Helion suspirou.
— Preciso que você mande suas luzes para verem se encontram algo de anormal que esteja acontecendo aqui pela Corte — aquele era o Grão-senhor falando.
Maya observou a expressão no rosto de seu Grão-Senhor.
— O que você sabe que eu não? — perguntou a fêmea.
Como uma das integrantes do Círculo Íntimo de Helion, e filha, tinha a liberdade de perguntar essas coisas.
— Thesan me mandou uma carta — começou Helion — dizendo que pessoas estavam sumindo em sua Corte.
Maya paralisou. Pessoas estavam sumindo?
A fêmea sabia que isso tinha uma relação com a notícia de que Amarantha estava de volta, mas agora com essa notícia, parecia tudo real. Amarantha estava realmente de volta, e estava começando a traçar seu plano, qualquer que fosse.
— Certo — foi o que a ruiva disse.
Maya estava com raiva. Porque ela sabia, sabia que Helion voltaria para Sob a Montanha, onde a fêmea provavelmente se encontrava, se fosse o necessário a fazer para salvar sua Corte e seus filhos. E sua filha odiava essa ideia, odiava que ele realmente iria se fosse preciso.
Helion via a sua filha parada em sua frente, encarando o nada com as luzes quase a engolindo. Ele sabia no que a filha estava pensando, e isso o deixava triste. Ele não queria voltar para aquele lugar infernal onde Amarantha reinou por longos anos, claro que não. Mas se fosse preciso, se isso custasse a segurança de seus filhos e da sua Corte, ele iria.
— Maya... — ele foi interrompido.
— Não — Maya começou — Me prometa que não irá voltar.
Helion arregalou os olhos com o tom que a fêmea à sua frente usou. Era um tom de raiva, mas de preocupação ao mesmo tempo. Ele não notaria, mas Maya estava começando a desmoronar novamente.
— Filha, eu...
Helion não conseguiu terminar a frase. Maya sabia, sabia que ele não iria prometer tal coisa para ela, então apenas atravessou com a ajuda de suas luzes para a floresta. Ela precisava pensar.
