Rico
Dá uma espiada no que um cidadão como eu tem que aturar. Hana Bernard, a mulher maravilha, que bagunçou a minha mente desde a noite de domingo está em minha casa, vestida como uma mulher séria, o corpo mais coberto do que sei que está acostumada e talvez imaginou que assim seria possível tirar a alta tensão sexual que nos rodeia desde o momento que paramos de frente um para o outro. Que trem é esse? Ela nem imagina, mas essa porra de roupa está me deixando ainda mais louco. Está me desafiando a entrar em uma briga para decidir quem pode mais, ela em cobrir ou eu em tirar.
Eu já estava disposto a usar um charme que sempre funciona com todas. Porém o que eu constatei desde domingo é que essa mulher não é nem de longe como as outras. Na verdade, todas se jogam aos meus pés e eu só tenho o papel de escolher aquela que mexe mais com minha libido. A disgramada aqui, ao contrário, pouco se importa com quem eu sou, na verdade eu suspeito que ela preferia que eu continuasse sendo o ninguém que com quem trepou a noite inteira e depois virou a página.
Pessoa custosa(4) é a minha irmã, mas ela não é boba nem nada. Ela não dá ponto sem nó. Mesmo parecendo um exagero contratar essa equipe para lidar com os nossos assuntos. Sei que ela está fazendo isso principalmente porque ela já me pegou meio desanimado e até meio retraído depois de algumas festinhas. É claro que ela se preocupa com a má repercussão que isso possa dar na nossa música, mas sei que me conhece como ninguém. Ela me olha de lado toda vez que estou ansioso ou deprimido e por esse motivo me enfio na putaria para que ninguém se dê conta.
O fato dela estar procurando soluções para mostrar que meus métodos não têm surtido o efeito esperado. Talvez até já tenha percebido o que anda me incomodando ultimamente. O quanto já se tornou automático eu estar sempre em busca de sexo para me sentir melhor e a coisa mais dolorosa é constatar que no fim das contas, quando tudo acaba a impressão é que o vazio ficou ainda maior. Cada vez mais, o sexo tem se tornado mecânico, sem emoção. Eu me sinto uma máquina. É bem provável que a minha irmã sinta a minha frustração e que talvez eu não seja mais o mesmo. Posso enganar todo mundo, a mim mesmo, mas não a Manu.
Triste é perceber que não posso desistir do único alívio que ainda me resta. A noite com a Hana é prova de que ainda sou capaz de ter satisfação sexual, não apenas orgasmo. Já tentei entender o que teve de diferente das outras. A conclusão mais racional que cheguei foi de que a Hana já começou a noite me desafiando.
Ela me instigou com a história de que eu não poderia satisfazê-la completamente. Naquele momento, eu não pensei apenas em foder, foder e foder como anda acontecendo. Eu quis extrair o prazer dela e a forma receptiva, ardente e altamente habilidosa que ela faz, tornou o nosso sexo algo deliciosamente prazeroso.
Ela me envolveu com o momento de forma divertida, provocante que eu não queria que o momento acabasse, tentei estender o quanto pude, no fim das contas ela conseguiu fazer daquela transa a melhor da minha vida.
Por isso, desde então eu venho tentando reproduzir a façanha. Tentei usar a mesma habilidade com as bolivianas. As duas gozaram fácil, mas não pode nem se comparar. Nenhuma tem nem de longe a mesma capacidade de me envolver e principalmente me massagear como a Hana. Aquilo foi inacreditável.
Agora para completar ela me vem com esse desafio, provar quem manda: eu ou o meu companheiro de aventura o qual chamo carinhosamente de invencível. Como o meu amigo pode esquecer a mulher maravilha?
Eu não precisaria me dá ao trabalho de está com a Hana a me estrovar(5). Afinal ficar dois dias sem sexo é complicado. Sexo é minha vida. Acordo e vou dormir pensando, é como se fosse o meu combustível. Sou realmente louco por isso, apenar de todas as frustações, ou até está me descontrolando às vezes, como Manu mesmo diz, Não sou doente. Isso não.
Vou mostra para a Hana que isso não passa de uma bobagem que ela está criando para ganhar dinheiro, ou não... não parece ser o caso. Mas independente de qual seja o seu motivo, quero, quero muito provar que ela está errada e principalmente poder provar algo que está me consumindo. Essa boca me provoca o tempo todo. Desde suas palavras de desdém, como se para ela pouco importasse quem é a pessoa que detém o pau para enfiar no meio de suas pernas, como também me angustia o fato dela ter me privado de provar seu gosto.
Esse desafio está me deixando com água na boca, sei que vou vencer essa aposta e se beijar essa boca, aí ela perdeu a guerra. Vou encontrar uma maneira de joga-la dentro da brincadeira e deixá-la suplicando por mim. O senhor invencível vai poder se deliciar novamente com aquela boceta mágica. Eu posso fazer isso, posso me sacrificar dois dias.
— Você não poderá usar nada que remete a prazer sexual. Nada de vídeo pornô, nada de masturbação, alívio nenhum. Entendido? — ela ajeita sua roupa, possivelmente para fugir dos meus olhos. No momento que passa a mão em suas pernas é impossível não relembrar como são quando nuas. Ela tem uma chave de pernas que nossinhora! O que foi aquilo. Passo a mão em meu pau para acalmar o coitado. Ela percebe e engole seco.
— Qual é MM? Masturbação não significa nada — não sei como vou fazer. De ontem para cá, já me masturbei quatro vezes pensando em sua carne quente me estrangulando.
— Qual é digo eu. O que são dois dias na vida de uma pessoa? — esse narizinho empinado me desafiando é covardia. Ela desdenha de mim de uma maneira que até faz a cabeça dançar. Levanta o canto do lábio de forma intrometida, franze o nariz que não dá para evitar a vontade de tomar essa boca, que nem sequer sei o gosto.
Ela se levanta pronta para ir embora, não quero que vá. Ainda não. Eu também me levanto e me aproximo ainda mais do seu corpo, é instintivo tentar sentir o cheiro e o calor que emana dela.
— Já conseguiu tudo que queria? — pergunto tentando influenciar sua permanência mais um pouco.
— Nem de longe, mas tem mais uma coisa que eu gostaria de sugerir — ela fala com a respiração parada no peito. Gosto de perceber que também afeto seu controle. — Poderia ficar esses dois dias na casa da sua irmã? Preciso me certificar de que realmente não vai trapacear. — ele solta um sorriso em forma de suspiro.
— Não acha mesmo que preciso mentir... se quero algo vou lá e faço, não estaria assumindo o que não pretendo cumprir. — Ela cruza o braço à frente do peito — Para se certificar de que serei fiel, minha casa está a sua disposição. A não ser que tenha medo de ficar aqui comigo.
— Não tenho medo de você ou qualquer outro babaca metido a gostosão. — ela me avalia por um instante e parece pensar a respeito. — Não vou ficar te fiscalizando, isso pode te ajudar a se segurar. Para mim já está mais que provado quem manda em você... — ela olha para baixo indicando o que pensa — A intenção da aposta é provar para você, o único que ainda está fugindo da verdade. — Ela se vira e sai rebolando o quadril da mesma forma que sinto minhas entranhas agitar implorando para agarrar essa bandida que está sequestrando a minha paz sem ao menos indicar possíveis resgate.
4- Difícil, complicada, sapeca.
5- Incomodar, atrapalhar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Prazer (Liga Do Sucesso - Livro 2) Degustação - Livro Independente
RomanceO que você faria se te privassem do seu maior prazer? Hana Bernard, sexóloga da Liga do Sucesso chega a Goiânia para um trabalho desafiante: Tratar um cantor com a vida sexual desregrada. Por ironia do destino, o primeiro encontro com o seu cliente...