Capítulo 11

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Hana

Abro os olhos com a claridade batendo em meu rosto. Onde?...

— Tem duas maneiras que você fica perfeita — ele fala com um sorriso preguiçoso de quem ainda está com sono — quando está algemada ou quando está dormindo. — O desgraçado é bonito que dói. Ele está sentado em uma poltrona com os olhos em mim. Sem camisa, descalço, vestido apenas com a calça que estava ontem à noite... Espera aí...

— Desgraçado! — dou um grito e vejo as minhas mãos soltas — dou um pulo da cama e vou a sua direção — eu não acredito que você me deixou aqui presa.

— Tá vendo — ele se defende dos meus tapas e segura o meu braço — já deixou de ser perfeita e se tornou essa encrenqueira irritante. — Com facilidade ele se levanta, me pega no colo e me leva para a porta.

— Tem café lá embaixo, se quiser. Agora está livre. Pode dar o fora daqui. — Ele me coloca no chão e fecha a porta.

— Não pense que isso vai ficar assim — grito para que ele escute.

Que filho da puta!

Com sangue nos olhos eu chego à casa da Manu. Ela está na mesa de Café com a Lana

— Hana! Onde você se meteu? — assim que entro a Manu me interroga — Fiquei curiosa para saber se tinha conseguido encontrar o Rico.

— Longa historia... — falo desanimada, sem saber como explicar — não consegui deter os planos do Rico. Aquele desgraçado me deixou algemada na cama para furnicar a noite inteira com as amiguinhas. — a Lana e a Manu se olham surpresas depois caem na risada.

— Aí meu Deus! O Rico não tem jeito mesmo. — A irmã admite.

— Eu não estou acreditando no que estou ouvindo, você? Foi você mesma que passou a noite presa numa cama, enquanto a festa rolava solta sem que você pudesse participar?

— Vai rindo... — Respondo possessa com elas e com o filho de uma mãe que me fez passar por isso. — Só saiba que vai ter troco... Ah se vai.

— Não é por nada não, Naninha, mas você merecia mesmo um pouco de trabalho. Uma pessoa que aprontou com os outros a vida inteira teria que encontrar alguém para te fazer pagar.

— Vai dá o cu, Lana. — Grito e ela sai da mesa sorrindo com o celular na mão. Aposto que vai contar para a Laura e companhia — desgraçada — reforço, mas ela já sumiu.

— Eu te disse que para lidar com o Rico não podia ser qualquer uma, ele me dá trabalho.

— Sorte sua que não sou qualquer uma. Vou dar um jeito nesse desgraçado nem que seja a última coisa que eu faça.

***

— Que faz com essa sacola? — Encontro Manu de saída. Assim que chego em sua porta. Ela está vestida com uma roupa de ciclismo Empurrando uma bicicleta cheia de estilo.

— Excelente ideia para o fim de tarde. Estou sentindo falta de minhas aulas de dança. Minha cabeça e meu corpo estão precisando de exercício — mostro a sacola e explico — Isso tem a ver com seu irmão, preciso de uma chave para entrar na casa dele. Você por acaso tem uma?

— Sim, pode pedir a Matilde.

— Ótimo, farei isso. Pode ser que ele não compareça aqui hoje, tudo bem?

— Você sabe o que faz, coleguinha. Entreguei meu irmão para você cuidar dele, resolva seus problemas.

— Obrigada, ou resolvo eu a gente se mata. — ela sorri, acena e sai em disparada com sua bike.

Meu Prazer (Liga Do Sucesso - Livro 2) Degustação - Livro IndependenteOnde histórias criam vida. Descubra agora