Capítulo 12

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Rico

A Hana dormiu e aqui estou eu. Vocês dão uma espiada na situação. Olho para baixo e vejo o senhor invencível com uma capa preta e uma luzinha piscando. Uma risada sai da minha boca, não acredito que ela teve coragem de fazer tal coisa. Ela encontrou um jeito de domar o danado! Agora preciso convencê-la a soltar minhas mãos, só assim vou conseguir alguém para abrir isso.

Já é noite e meu braço já está formigando de tanto tempo preso. Tento fazer alguns movimentos com os dedos. Evito movimentar o braço para não acordá-la. Ela ressona baixinho. Não canso de admirar o quanto é realmente perfeita assim, quietinha, com a boca fechada e sem me perturbar.

O perfume dela é quente, suave e dá vontade de inspirar sem parar. Parece chocolate quente com um pouquinho de canela. Ela está deitada de lado, o subir e descer do seu peito arredondado, além de muito bonito, me faz pensar em uma falsa calmaria que vem antes da tormenta. Essa mulher já me provou de todas as maneiras que calmaria com ela é algo raro.

Ela se espreguiça e me olha. Franze o narizinho e levanta o cantinho da boca.

— Que cara é essa? — fala com a voz rouca e um olhar desconfiado.

— Cara de quem está esperando a sua boa vontade. Preciso ir ao banheiro.

— Tudo bem. — Ela levanta sem contestar e vai até as algemas. — onde está a chave?

— Na gaveta. — Depois de me soltar eu olho para baixo e sorrio com o troço pesando — acho que está esquecendo uma coisa.

— Não. — Rapidamente ela enfia o pé no tênis, pega uma sacola, o celular e se vira para mim — Esse vai permanecer como uma ajuda para você pensar em outras coisas da vida. — sai em direção a porta — Sabia que o mundo é cheio de possibilidades? — ela grita já do corredor — Ah, estava me esquecendo — ela espia da porta — não se preocupe, é a prova d'água e a bateria dura um ano.

— Desgraçada, louca! – resmungo e me levanto olho atentamente e procuro um meio de abrir. Não encontro nada. Não tem onde colocar chave ou onde serrar. É claro que não vou correr o risco cortar meu amigo fora...

Depois de um banho e vestir uma calça Jens e uma camiseta, vou em busca de ajuda.

— Pedrão — meu segurança vai saber como encontrar alguém que resolva — precisamos resolver um problema.

— Do que se trata, Rico? — ele pergunta, quando me vir entrar no carro, me acompanha.

— Temos que encontrar alguém que saiba mexer com cofre eletrônico, informática qualquer coisa desse tipo.

— Pra que você precisa de alguém assim? Essa hora da noite pode ser complicado — Fala quando fecha a porta do carro.

— Melhor encontrar alguém, vamos nessa que eu te explico.

***

Dormi no sofá depois de passar por vários locais e ter a mesma resposta, Esse dispositivo só pode ser aberto pelo aplicativo específico de quem dá o comando. Cada momento que passava eu ficava mais louco com a informação. Rodamos por todo canto por quase três hora e ninguém pode liberar do danado a não ser a digramada da Hana. Minha cabeça está dividida entre matar ou foder aquela mulher. Que capacidade que essa criatura tem de me deixar fora de mim.

Sento no sofá e passo a mão na cabeça impaciente. Eu preciso, preciso aliviar essa fúria. Se tivesse livre estaria trepando agora eu já teria feito isso a noite toda. Não tem nada capaz de me tirar esse frenesi.

Como um louco, pego a minha chave e vou para a porta. Se ela é a única que pode resolver, então que seja.

***

— O que está acontecendo? — a Hana dá um pulo da cama quando percebe a minha presença — ai meu Deus, não sabe bater na porta?

— Você quer mesmo conversar sobre privacidade? — suas pernas de fora de um baby doll minúsculo, só amplia ainda mais a minha fúria — abra essa meda agora mesmo.

— Não aguenta mais, não é? — ela desdenha e eu me seguro para não pensar essa irritante na parede.

— Você sabe que é irritante para caralho não sabe?

— Sim, sei e quero que saiba que isso tudo é só o começo. Quando eu me dedico a uma coisa, eu costumo conseguir, tá bom? — ela pega o celular — E então, vai concordar logo? Podemos economizar tempo e esforço.

— Cala essa boca e abra essa merda. — minha paciência tem limites.

— Tudo bem, se quer continuar, vamos do seu jeito. — Ela digita algo no celular e o bicho apita — eu abro a calça e jogo o troço no chão.

— Agora vê se cuida da sua vida e me deixa viver a minha do meu jeito. Vai procurar um homem para te satisfazer.

Bato a porta e deixo a Hana gritando um monte de merda.

Meu Prazer (Liga Do Sucesso - Livro 2) Degustação - Livro IndependenteOnde histórias criam vida. Descubra agora