Capítulo 10

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Hana

Vou direto para o quarto, visto um vestido preto básico para noite, pego minha bolsa, minha jaqueta de couro e me mando para a casa do Rico. Ele não está bem e nem fodendo que eu vou permitir que ele se afunde mais. Ele pode ser teimoso, está bravo, mas quem disse que tenho medo de bicho arredio?

Ao chegar em sua casa o encontro saindo todo arrumado, parece que acabou de tomar banho. Está vestido com um jeans claro rasgado nas pernas e uma camisa preta, também tem uma jaqueta de couro na mão e me encontra com os braços cruzados encostado em seu carro na frente da casa.

— Posso saber o que faz aqui? — pergunta com cara de poucos amigos.

— Precisamos conversar — respondo, mas ele nem me dá atenção. Dá a volta no carro e abre a porta para entrar. Eu abro a outra porta do meu lado e entro me sentando ao seu lado.

— Quer sair da porra do meu carro. — resmunga sem sequer me olhar.

— Não — respondo secamente e ele aperta o volante entre os dedos.

— Não estou em um momento muito bom para brincadeiras, Hana. Sai da porra do meu carro antes que eu perca a paciência.

— Acho que você já está sem paciência há algum tempo.

— Mulher irritante — ele diz e sai do carro. Eu também abro a porta do e o vejo entrar no outro carro que está atrás desse. É onde estão seus dois seus seguranças.

Ele abre a porta do fundo e o carro começa a sair. Não tenho tempo de impedi-lo. Ele me dá um aceno e eu mostro o dedo do meio quase cuspindo fogo pelas ventas...

— Isso não vai ficar assim, idiota. — grito e dou a volta, entro em seu carro. A chave ainda permanece na ignição. Dou a partida e me mando para a casa da Manu. Chego à frente e começo a buzinar feito uma louca.

— Que está acontecendo, coleguinha? — a Manu aparece e em seguida é a Lana também espia na porta.

— Você consegue a localização do Rico com os seguranças? — pergunto a sua irmã.

— Mas é claro, acha que quem contrata os seguranças? — ela responde toda orgulhosa.

— Mulher poderosa é outro nível... — digo feliz com a informação.

— O que aconteceu? — A Lana pergunta

— Ele saiu no carro dos seguranças e eu preciso encontrá-lo.

— Porque você precisa encontrá-lo? — A Lana continua com suas perguntas desnecessárias.

— Porque eu preciso, Lana. Chega de perguntas, rápido Manu. — Peço e vejo que já está fuçando no celular.

O Segurança passou a localização de um pub no setor Marista, região nobre de Goiânia com várias opções de bares e restaurantes. O que entro tem dois andares, para um dia de terça feira, está com um movimento razoável. Vou até o bar e peço um drinque qualquer. Vasculho por todos os lados até que vejo, lá em cima um grupinho que se reúne em uma mesa. Até posso enxergar um dos grandalhões que sempre o acompanha e está próximo à mesa. Pego minha bebida e subo para o mesmo local e assim que chego já posso identificar o Rico, o Cristian e outro cara rodeados por um enxame de mulheres. Complicado viu...

Paro onde eles estão e bato o copo com força sobre a mesa. As garotas se afastam e me olham meio assustadas. É bom mesmo! Encosto uma delas de lado e roubo sua cadeira. Eu me sento e vejo que o sorriso do Rico some. Em questão de segundos já está estreitando os olhos e entortando a boca de ódio. Ódio profundo, exatamente essa a impressão que tenho.

Meu Prazer (Liga Do Sucesso - Livro 2) Degustação - Livro IndependenteOnde histórias criam vida. Descubra agora