Capítulo 2

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Hana

— Que tal chamar uma amiga? — Ele pergunta quando o encontro do lado de fora. Precisava avisar a Manu que os planos de hoje mudaram. É claro que ela ficou muito feliz em saber que não perdi a noite. Mas voltando ao cara ao meu lado, ele é muito presunçoso... Chamar uma amiga...

— Prefiro ir sozinha a não ser que você tenha um amigo. — Proponho sem medo. — Dois homens eu topo. — ele sorri e parece se divertir com a resposta.

— Você não vai dar conta de mim. — Afirma com convicção.

— Ou talvez você não me satisfaça. — Devolvo a provocação.

— É uma disputa? — Ele questiona com diversão nos olhos.

— É um fato. Nunca encontrei um homem que me satisfaça plenamente — afirmo jogando gasolina na chama.

— Desafio aceito bebê. — Fala com confiança exalando em seus poros. Percebo não só pela maneira como me convidou para estender a noite como sua postura, seu jeito de andar, de falar e o olhar que não desvia em momento algum. Parece que estamos disputando território.

— Só não me chame de bebê. — peço com desdém — Em breve vai entender que não tenho nada de inocente.

Um Audi encosta à nossa frente e ele abre a porta para mim. — Pelo carro o homem tem dinheiro escorrendo pelos dedos. Apesar de não parecer ser daqueles que se importam com bens ou os fanáticos por carro. Já entrou batendo a porta de todo jeito e me deu uma piscadinha como se dissesse: se prepare que a próxima máquina a ser pilotada será você. E ele dirige com maestria. Acelera e deixa o carro rugir os motores com gosto, canta pneu e parece se divertir com isso.

Ele me avalia e eu o avalio. Não posso deixar passar a oportunidade de apreciar toda sua beleza e gostosura enquanto dirige. Ele veste uma calça jeans escura e uma camisa branca com alguns botões abertos no peito. Usa algumas correntes pretas no pescoço, assim como umas pulseiras de couro pretas no braço esquerdo. Tem um jeito despreocupado com a aparência que o faz ficar ainda mais gostoso. O cabelo aparentemente bagunçado, tem um topete maior na frente e deixa a entender que ele não precisa de muito trabalho para ficar deliciosamente tentador. Suas mãos firmes seguram o volante retesando os músculos em um momentos ou outro e um sorriso descarado sempre aparece na face. Só de olhar para ele já fico excitada. Promessas de uma noite interessante. Ele também não perde tempo em me investigar. Tenho certeza que está planejando tudo que quer fazer com o meu corpo porque seus olhos faltam me despir. E de vez em quando seu dente prende a língua mostrando que seus pensamentos são férteis ou impróprios, pois eu percebi que ele se manteve praticamente o tempo todo duro e nem se preocupou em disfarçar. Permanecemos assim com esse jogo de olhares, um secando o outro por quase todo o caminho. Eu passei o endereço do hotel logo depois que ele me perguntou onde eu preferia ir.

Abro a porta do meu quarto, já atordoada com esse olhar de fera faminta. Jogo o cartão e a minha bolsa na mesinha e sinto a presença dele em minhas costas, tão próximo que sua respiração esquenta a minha nuca. Ele passa o braço em volta da minha cintura e cola seu corpo no meu. Além do cheiro bom e do corpo quente, a rigidez que me toca é absurdamente deliciosa.

— Quer beber alguma coisa? — pergunto para ser educada.

— Não agora — responde passando o nariz em minha pele e deixando um rastro de chama a me percorrer.

— Qual o seu nome? — falo e ele dá um sorrisinho de lado e me observa. Não sei por que ele parece ter gostado dessa pergunta.

— Já que você não sabe quem sou, vamos deixar que você escolha o nome que quer me chamar. Aceito algo como deus do sexo, super gostoso ou qualquer coisa do tipo.

Meu Prazer (Liga Do Sucesso - Livro 2) Degustação - Livro IndependenteOnde histórias criam vida. Descubra agora