Bucky

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Encaro a caneta e o papel em minha frente, por onde iria começar?

Conheci Lizzie a quatro anos atrás, eu estava em Sokovia (para assassi...), a trabalho, pretendia expandir a minha empresa para outras cidades. Sentado no bar no lobby do hotel, percebo um alvoroço no lado de fora e um funcionário se aproximando.
- Mataram Strucker! - Ele me olhava apavorado. - A polícia está passando para recolher os turistas desacompanhados, o senhor está sozinho?
Respondo que sim com a cabeça, eu sempre estava sozinho, esse era o tipo de vida que eu levava, então um policial irrompe no hotel, com vários outros, talvez esse era o capitão deles, com revólveres na mão intimidando os demais, em meio aos gritos vejo alguém vindo em minha direção, uma mulher incrivelmente linda, ela usava um vestido florido acima do joelho, seus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo alto, lábios carnudos e olhos azuis como o céu, corpo curvilíneo, ela andava como se estivesse me seduzindo naquele simples ato. Fiquei imaginando como uma mulher magnífica assim, estava fazendo em um lugar como aquele.
- Está me ouvindo? - O capitão dos demais parado a minha frente, interrompeu minha visão, ao seguir meus olhos, ele também a viu. - Vocês estão juntos?
Levanto de imediato e por impulso passo a mão em sua cintura, não deixaria que a levassem para se lá Deus alguma delegacia.
- Estamos. - O policial nos encara e ficamos por um tempo ali.
- Então saiam daqui. - Pego em sua mão e a levo até a porta dos fundos, dava para uma escadaria, ali seria a saída de emergência? Ficamos sentados nas escadas escutando o barulho de tiros e o grito de alguns hóspedes no meio das escadas, ela começa a subir e eu a sigo, seu quarto era no sexto andar, ela o destrava e entramos, lado a lado ficamos escutando tudo o que acontecia, até que os tiros começaram a cessar.
Por um momento achei que ela começaria a chorar, desmaiar ou ficar desesperada, ao invés disso ela começa a rir, joguei me contra ela tapando sua boca, pressionando meu corpo contra o dela. Os olhos azuis arregalados, permanecemos nos olhando, sentia as batidas de seu coração calmo, ela cheirava a flores.

Quem era ela? Que tipo de mulher começaria a rir de uma situação tão perigosa?
Meu tipo de mulher!

A solto e ficamos ali por um tempo, até que a tarde começa a virar noite, saímos do hotel juntos, andando em meio a chuva.
- Qual seu nome? - Pergunto depois de um tempo.
- Elizabeth e o seu?
- James, mas costumam me chamar de Bucky. - Ela me olha um pouco confusa. - Apelido por conta do nome do meio.
- Interessante. - Seus cabelos molhados e o vestido colado em seu corpo faziam ela ficar ainda mais sexy.
- Strucker dominava esse lugar a anos. - Eu tentava explicar a ela.
- Ele trabalhava pra Hydra. - Então ela já sabia da história.
- Afinal, o que veio fazer aqui?
- Trabalho. - Espero um pouco para ver se ela acrescenta mais alguma coisa, talvez eu devesse perguntar mais alguma coisa, mas na verdade, não estava tão interessado, só em ter a presença dela, já me bastava. - E você?
- Diversão. - Acho que ela havia gostado da resposta, descanso as escadas de um barzinho localizado em um porão, aquele lugar parecia tranquilo e seguro, a música frenética já era ouvida na porta de entrada, avistamos pessoas dançando salsa e quase me arrisquei em me juntar a pista, mas me contentei apenas em observar, sentamos em uma mesa mais afastada.
- Eu estava no meio da rua. - Lizzie falava como se estivesse caído na real só agora. - Tive sorte.
- Nada disso. - Sento ao seu lado. - Quem teve sorte fui eu!
O garçom nos trás uma garrafa de tequila, junto à sal e limões já cortados, servi duas doses e levantei meu copo para fazermos um brinde.
- As balas que não nos encontraram! - Elizabeth ri e bate levemente seu colo no meu.
- As balas que não nos encontraram... - Ela repete e meus olhos não se despregaram dela, enquanto lambíamos o sal de nossas mãos, bebíamos a tequila e chupávamos o limão, de longe essa foi a bebida mais sensual da minha vida, mais duas doses e ela me levou para a pista de dança em meio a protestos meu, avisei que não sabia dançar, porém mesmo assim ela jogou os braços envolta de meu pescoço, colando nossos corpos e mais uma vez me perco naqueles olhos.

Sr. e Sra. Barnes Onde histórias criam vida. Descubra agora