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Aurora Bitencourt.

- ... não mais.

- Como assim?

- A gente terminou, depois que ela praticamente te expulsou da mesa eu fui falar com ela e nós terminamos.

- Ah... Desculpa.

- Não se sinta responsável pelo meu término sério. A gente já não tava bem e parece que eu me acostumei em estar com ela, sabe? E uma coisa que eu aprendi foi: nunca namore alguém que faça você se sentir normal.

- Poético.- damos risada.- Mas voltando pra parte que eu sou a primeira pessoa que você traz aqui.

- Hm?

- Ninguém sabe da existência desse lugar?- pergunto me sentando no colchão.

- Então, há 2 anos atrás eu tava aqui no museu e eu sem querer empurrei a estante e vi a porta. Aí quando o museu ficou vazio e como não tem câmeras aqui, eu abri a porta e vi esse lugar.- diz após se sentar do meu lado.

- Nossa que legal, mas como você conseguiu colocar tudo isso aqui?

- Teve uma festa do pijama de fim de ano aqui, aí eu aproveitei e trouxe tudo pra cá sem que ninguém soubesse.

- Uau, já pode ser um agente secreto.- ele ri.- Posso te perguntar uma coisa?

- O que quiser, princesa.

- Por que você me trouxe aqui?

- Sei lá, achei você legal e confiável.

- Devo agradecer?

- Deve.- ele diz com um sorriso.

- Obrigada. Eu também achei você legal e confiável.- ele abre um sorriso muito mais bonito que o outro.

- Eu gosto de ficar aqui, é tudo calmo e é um dos únicos lugares que me faz sentir bem e em paz.

- Realmente, aqui tem uma vibe boa. Muito obrigada por me trazer aqui.

- De nada.

- Eu preciso ir pra casa, tá? Mas amei tudo aqui e obrigada por me apresentar a escola.- digo e me levanto.

- Posso te levar lá embaixo?

- Pode.

Ele levanta e nós saímos do lugar que eu e ele vamos chamar de Cachoeira dos Papagaios. Assim que nós saímos ele fechou a porta, colocou a estante no lugar e me levou lá embaixo.

- Tchau Ethan, foi um prazer te conhecer.

- O prazer é todo meu, tchau Aurora.- nós nos abraçamos e eu fui em direção ao carro.

- Porra até que enfim, Aura. Já tava pensando se você tava morta.

- Eu tô no carro faz tempo já.- diz a Manu.

- Nossa gente, já cheguei calma.- entro no carro.- É tanto amor que vocês sentem pela Princesa aqui que não aguentam ficar longe?

- Ah vai te fuder, sua doente.- o Cayo diz com uma cara brava e eu e a Manu damos risada.

- Bora Cayo, eu tô com fome.

- Eu também.- digo e ele finalmente sai com o carro.

Depois de ficarmos discutindo sobre merda nenhuma, conversando sobre coisas sem nexo e cantarmos igual bêbados que foram atropelados, chegamos em casa.

- Lar, doce lar.- me jogo no sofá.- Vamo lanchar onde?- pergunto e sento no sofá.

- MC Donald's. Não tem nada em casa pra comer. E vão tomar banho suas porcas.

- Quer falar de quem? Tu por acaso já tomou?.- perguntou a Manu debochando.

- Já.- diz com um sorriso ladino e ela faz um 'a' com a boca.

- Idiotas.- taco uma almofada em cada um.- Eu vou tomar banho no banheiro dos meus pais e você toma no meu, tá Manu?- perguntei e joguei uma toalha pra ela.

- Tá.

[...]

- Comprou o do papai e da mamãe?- pergunto vendo Cayo chegar com os nossos lanches e ele estende o saco onde estavam o lanche dos nossos pais.

Ele colocou a bandeja de lanches em cima da mesa e se sentou. Cada um pegou o seu hambúrguer e os ketchup's.

- Gente... Que sabor delicioso, eu recomendo.- diz a Manu após morder um pedaço do hambúrguer dela.

- Todo mundo recomenda manu.- digo mordendo mais um pedaço do meu.

Nós comemos tudo e guardamos o lanche dos nossos pais.

- Quem vai comprar o nosso sundae de lei?

- Eu vou.- diz a Manu se levantando.

- E eu vou no banheiro. Olha as nossas coisas, Cayo.- ele assente.

Quando saio na cabine do banheiro, vou lavar minhas mãos. Assim que encosto na porta sinto uma mão me virar.

continua...

Próximo capítulo vai ser o lacre da gata😘🤪😝

O Cara da EscolaOnde histórias criam vida. Descubra agora