O Cara da Escola

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Aurora Bitencourt.

- Você soube da festa?- a Naomi perguntou.

Estamos na casa dos meninos pra almoçar e eu aproveitei pra ver o Cayo.

- Sim, eu soube ontem. Até comprei um vestido, espero que ele chegue logo.- eu respondi.

Essa tal festa é a festa da Ana. Sabe aquela menina que eu falei que gostava do Nathan? É a festa de aniversário dela.

Eu também descobri que a Ana é namorada da Naomi.

- Vocês vão?- eu perguntei pros meninos.

- A gente vamos sí.- o Martin respondeu.- Tu vas Cayo?

- Eu vou sim, tô precisando me distrair. Tu vai, Ethan?

- Eu vou, só preciso ver minha roupa.

- Eu tive uma ideia. Já que só eu tenho roupa pra ir, a gente pode ir no shopping almoçar e depois escolher as roupas.- eu sugeri.

- Boa. Então vamos que eu tô morrendo de fome.- a Naomi disse e se levantou.

[...]

- Gente que delícia, pelo amor de Deus.- eu disse comendo a pizza.

- Acabei de descobrir que o Martin é demente mesmo. Foi o único que pediu comida.- o Nicolas disse.

- No fala de mi no, eu sou saudável diferente de você, maconheiro.

- Parou gente, espera pra se xingar em casa.- o Vinícius disse.

Continuamos comendo até que ouvimos uma gritaria e todos olhamos para o lugar.

- SÉRIO, CLEITON? VOCÊ TÁ ME TRAINDO COM A JABIRACA DA JACIARA?- a moça gritou.

- NÃO ME CHAMA DE JABIRACA NÃO, SUA ESGOTO.- a mulher se levantou.

- Calma gente, eu posso explicar Jubiscreia.- o moço falou pela primeira vez.

- CALA A BOCA CLEITON, NEM PRA ME TRAIR COM UMA MULHER MAIS BONITA. AGORA TU ME TRAIR COM A JACIARA É SACANAGEM.

- O QUE QUE TEM EU? TU TAMBÉM É UMA BARANGA, JUBSCREIA.

- VOCÊ É UMA VAGABUNDA.

- PARA JUBSCREIA, TU TAMBÉM ME TRAIU COM O CARLOS.

- E ISSO É MOTIVO PRA VOCÊ ME TRAIR? SEU TRASTE.

- É MOTIVO SIM, TU TÁ GRÁVIDA DELE.

- VAI TOMAR NO CU, CLEITON. VOCÊ E ESSA RAPARIGA AÍ, PIRANHA.- em um movimento rápido ela pegou os dois refrigerantes que estavam na mesa jogou nos dois e saiu pisando fundo.

- Caralho, fofoca em primeiríssima mão.- eu disse rindo.

- Mi vida está muito mejor ahora.- o Martin disse rindo.

- Gente, ela engravidou de um tal de Carlos, ele traiu ela. Não entendi nada, mas gostei.- o Ethan disse também rindo.

- Melhor que barraco em festa de sexta.- o Cayo disse dando a risada de moto dele.

Terminamos de comer e fomos ver as roupas pra festa.

- Vai logo Martin, não deve estar tão ruim assim.- a Naomi disse, o Martin tava a 10 minutos fazendo birra pra não sair da cabine.

Ele finamente saiu de lá e vestia uma calça preta, uma camisa branca e um suéter preto também.

Nos pés ele tinha um jordan vermelho e branco.

- Caralho, tá muito limfo gente, nem parece meu irmão.- o Vinícius disse impressionado.

- Tá lindo maravilhoso, agora é minha vez.- o Nicolas disse e entrou na cabine.

- Voy lá pagar a roupa.- o Martin disse e entrou na cabine novamente pra tirar a roupa.

Os meninos terminaram de experimentar as roupas e foram pagar, agora é a vez da Naomi.

- A Naomi fica linda de qualquer jeito mesmo, esse vestido vai ficar maravilhoso nela.- eu disse pro Ethan.

- Você também, fica linda de qualquer jeito. Pena que eu não vou poder ver você de vestido antes da festa.

- E nem eu vou poder ver sua roupa.- eu disse e ele sorriu.

- E aí, como estou?- a Naomi disse saindo da cabine.

- Meu senhor Jesus, garota do céu. Por você eu seria do vale.- eu disse espantada com a beleza dela nesse vestido.

- Gente, minha amiga é perfeita né.- o Ethan disse se gabando.

[...]

- AAAAAAAAAAAA EU VOU MORRER!!- o Ethan gritou e eu só conseguia rir.

Pra você que não tá entendendo nada, eu vim pra praia com o Ethan e começou a chover muito.

- VAMO LOGO, AURORA. PNEUMONIA AGORA NÃO.- ele tentou me levantar da areia, mas eu tava fraca de tanto rir.

E quando ele tentou me levantar ele caiu também. Começamos a rir igual dois malucos.

- Vem, vamos dançar.- eu disse assim que consegui levantar.

- A gente vai ficar com pneumonia.- ele disse um pouco preocupado e me deu a mão.

- Se a gente morrer de pneumonia pelo menos a gente vai morrer juntos.- eu disse e ele sorriu se levantando.

Ele segurou a minha cintura e eu apoiei minhas mãos nos ombros dele.

Fechamos os olhos e começamos a dançar uma música imaginária.

De repente eu senti a respiração dele na minha bochecha e eu comecei a respirar pesado.

Ele distribuiu leves beijinhos no meu maxilar e segurou o mesmo inclinando ele pro lado para que pudesse beijar o meu pescoço.

Eu coloquei as minhas mãos no rosto dele para que eu pudesse vê-lo e ele intercalou os olhares entre os meus olhos e a minha boca.

Ambos nos aproximamos e estávamos prestes a nos beijar.

- MENINOS SAIAM DAÍ.- uma pessoas gritou e eu olhei pra ela pronta pra assassinar ela por ter estragado o meu momento.

Mas era um senhorzinho se protegendo em baixo de um quiosque.

- A GENTE JÁ TÁ INDO.- gritei de volta.

- Puta empata beijos.- o Ethan disse baixinho quando estávamos indo pro carro.

continua...