Aurora Bitencourt.
06:10
Acordei lembrando que hoje é quinta, dia de apresentar o trabalho de Ciências.
Será que dá tempo de me jogar da ponte que tem lá na esquina?
Levanto na força do ódio e vou no espelho que tem no banheiro.
Péssima ideia, tomei um susto da porra. Mais feia que o satanás? Temos.
Olheiras.
Cara de cu desmaiado.
Olho de peixe morto.
Cravos presentes no nariz.
A própria imagem do demônio se casasse com o Chuck e tivessem um filho.
Mas Aurora, por que você está assim?
Bem digamos que ontem eu fui maratonar Carrossel e só fui dormir 04:30.
Assim que eu me arrumei desci pra me alimentar.
- Bom dia.- minha mãe passa e me dá um beijo na testa.
- Dia.- digo e estendo meu café como se fosse um brinde.
- Tá assim por que?- o meu pai perguntou.
- Ficou vendo Carrossel até tarde.- o Cayo respondeu.
Caralho, mó garoto falso.
- Cala a boca, X9 morre cedo.- eu disse indignada.
- Eu só tô falando a verdade.- ele disse fazendo um sinal de rendição.
- Ah é? Se tu tá falando isso eu vou ser obrigada a contar que você é contrabandista.
- Cayo.- meu pai disse olhando pra ele com os olhos cerrados.
- É verdade pai, ele trafica idosos.- digo e caio na risada junto com a minha mãe.
- Eu não faço tráfico de ninguém pai.- ele disse correndo do meu pai que tinha um chinelo na mão.
- É por isso que a sua vó sumiu do nada.- meu pai disse e tacou o chinelo que acertou a bunda do Cayo.
Ele se contorceu de dor, enquanto eu só conseguia morrer de rir do lado da minha mãe.
- Eu vou morrer.- minha mãe disse se apoiando em mim.
- Faz alguma coisa Nat.- meu pai disse desesperado.
- Amor, ele não trafica idosos, tá? A Aurora estava brincando.- ela disse abraçando meu pai por traz.
Eles são tão lindos.
Nem parece que pra ter a gente ela deu a buceta pro meu pai.
- Lindos, agora vamos Cayo. Eu vou me atrasar.
- Tá bom inferno.- ele disse pegando a chave do carro.
[...]
Estamos no MC Donald's comemorando o fato do nosso grupo ter feito a melhor apresentação e trabalho da turma.
- Tu viu a Lavínia?- a Manu perguntou.
- Caralho eu vi, ela ficou rindo da gente sendo que o grupo dela foi o pior.- eu respondi.
- Eu odeio essas pessoas que ficam rindo enquanto os outros estão se apresentando.- o Ethan disse e voltou a tomar o sorvete dele.
- Verdade, a minha vontade era de dar um soco na Lavínia. Garota chata da porra.- eu iria responder o Nathan, mas senti a mão do Ethan apertar a minha cintura.
Ele fazia carinho na minha cintura de baixo da minha blusa e começou a apertar ela.
Queria saber se vendem veneno aqui. Essas borboletas estão muito serelepes na minha barriga.
Minha pressão estava baixando e eu coloquei a minha mão na coxa dele pra me segurar.
Ele sorriu pra mim e deu um beijo discreto na minha nuca.
O que ele tá fazendo?
Putaria né, anja da asa quebrada.
- Tu também queria dar um soco nela?- a Manu perguntou me tirando do transe que eu tava.
- Claro, queria pegar a cartolina e arrombar o cu dela todinho.- eu disse tentando esquecer que a mão do Ethan estava na minha cintura.
- Eu já fiz isso.- ele disse sussurrando no meu perto do meu ouvido e olhando pra frente.
Gente, ele não deve ter um pau. Ele deve ter uma anaconda.
- Vamos gente?- o Nathan perguntou se levantando.
- Bora.- respondi junto com o Ethan.
- O que tá rolando com você e o Ethan?- a Manu perguntou quando já estávamos fora do restaurante.
- Nada, uai.
- Tu acha que eu não vi ele sussurrando alguma coisa no teu ouvido?
- Eu não sei, eu acho que ele gosta de flertar.
- Querida, antes de ele namorar com a Lavínia ele não flertava com ninguém.
- Sério?- perguntei com um sorriso.
- Ala, teus olhos até brilharam.
- Paro, ele só é meu amigo.
- Amigo? Sei.- ela olhou pra mim desconfiada e nós rimos.
continua...
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O Cara da Escola
FanfictionAurora Bitencourt é uma estudante de 17 anos. Ela leva uma vida normal e leve, mora com os pais e o irmão e tenta dar o melhor que puder pra família. Ethan Sánchez é um surfista, skatista e estudante de 17 anos. Seus avós são mexicanos, ele é um men...