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Aurora Bitencourt.

Estamos indo pro restaurante e eu não paro de pensar nos meus pais.

Como vai ser? Será que vai dar tudo certo? Eles estão com raiva de mim e do Cayo?

No fundo eu sabia que tudo iria ficar bem, mas sempre tem uma mínima probabilidade de dar errado.

Depois de algum tempo chegamos no restaurante e eu dei um longo suspiro antes de sair do carro.

- Vai dar tudo certo.- o Ethan disse e eu sorri pra ele.

- Espero que dê.- eu disse.

- Eu vou logo atrás de vocês.- ele disse e eu e o Cayo assentimos.

Ele me deu um selinho e me passou um olhar de segurança.

A gente tinha combinado que o Ethan iria ficar em outra mesa esperando a gente.

Eu segurei a mão do Cayo e entramos no restaurante.

Não demorou muito pra acharmos a mesa em que nossos pais estavam.

- Boa noite.- eu disse me sentando.

- Boa noite.- minha mãe disse sorrindo.

- Boa noite.- Cayo.

- Boa noite.- meu pai disse por fim.

- Olá, o que vão querer?- um garçom veio depois de um tempo.

- Eu vou querer esse espaguete ao molho.- eu disse e todos fizeram seus pedidos.

Logo vi o Ethan sentando em uma mesa e picou pra mim. Eu sorri revirando os olhos.

- Bem, eu vou direto ao ponto.- minha mãe começou a dizer.- Eu e seu pai queremos que vocês voltem pra casa.

- Você falou que ia esperar, Natasha...- meu pai repreendeu.

- Mas é verdade, Steve. Nós amamos muito vocês e queremos que voltem pra casa. Aquela casa tá tão sem graça sem vocês.- ela disse e meus olhos ameaçaram a chorar.

Segurei a minha vontade de chorar, não posso fazer isso agora. Vou parecer uma idiota.

- Eu quero muito voltar pra casa e eu tô limpo, mas...- o Cayo ia começar a falar, mas meu pai interrompeu.

- Volta pra casa, por favor. Me perdoa, você é meu filho e eu te amo tanto. Por favor, volta pra casa.- meu pai disse exasperado.

- Eu também te amo, e me perdoa também pelas coisas que eu fiz. Eu volto pra casa.- meu irmão disse e meu pai se levantou pra abraça-lo.

- Meu filho, eu tô tão feliz que você tá livre de toda essa merda.- minha mãe foi abraçar ele também.

Eu olhava a cena sorrindo, é tão bom ver eles se resolvendo.

- Você vem filha?- minha mãe perguntou.

- Sim, e perdão pelas coisas que eu falei.- eu me juntei no abraço.

O Cara da EscolaOnde histórias criam vida. Descubra agora