Namorados de Mentirinha (Malec)

Atuações

Quando acordou, Alec ficou deitado por algum tempo apenas olhando para o teto e pensando onde ele estava com a cabeça quando aceitou tirar a virgindade de Magnus e ainda por cima pedir para que ele fingisse ser seu namorado.  

Bem, eles não eram amigos e isso é fato, mas Alec também não tinha nada contra Magnus, sempre o viu como o seu vizinho bonito que estudava com ele e vivia rodeado de pessoas. 

Mas depois que passou algum tempo com ele, descobriu que além de seu vizinho bonito, ele também era doido e confuso. 

Afinal, Magnus fazia questão de deixar claro que não gostava de Alec, mas também dizia abertamente que já teve sentimentos por ele, dizia que Alexander era irritante, mas pediu para que ele tirasse sua virgindade. 

Magnus era confuso demais, e Alec não gostava de confusão, preferia as coisas mais calmas, preferia uma vida mais sossegada onde ele tivesse controle de tudo, então, a coisa mais sensata a se fazer, era se afastar de alguém tão louco como ele.

Mas não era tão fácil dizer não a ele, porque junto com sua confusão, também havia um Magnus engraçado, adorável e fofo que fazia bico toda vez que ficava sem jeito ou tímido. 

Ele era uma pessoa sincera e Alec sempre adorou pessoas sinceras, ele também era alguém divertido e porra, tão cheiroso que Alexander às vezes imaginava como seria bom descansar o rosto no pescoço do Bane e inspirar profundamente. 

Ok, talvez Alec tivesse um pouquinho de atração pelo Bane, mas ele não iria admitir para ele mesmo e muito menos para Magnus porque sabia que isso aumentaria seu ego irritante. 

Então era isso, Alec também achava o Bane um pouquinho irritante, mas suas provocações em sua maioria era para ver Magnus bravo ou sem jeito, ele gostava de irritar Magnus, era engraçado, não tinha nada contra ele de fato, não o odiava, e por isso aceitou ser o seu primeiro, porque tentaria fazer com que aquilo fosse bom pra Magnus já que era o que ele tanto queria, e Alexander era uma pessoa boa e gentil, ele gostava de cuidar das pessoas e fazê-las se sentirem bem. 

Levantou finalmente da cama e foi tomar banho. Seria um dia longo, cheio de trabalho e cansativo, mas tudo bem, Alexander nunca teve medo de trabalho, ele até gostava. 

Depois de pronto, Alec deu um beijo nos pais, se despediu da irmã e saiu de casa. 

Atravessou a rua do grande condomínio com sua bicicleta do lado e tocou a campainha da casa de Magnus. 

-Bom dia. –Falou educado quando uma senhora atendeu. –O Magnus já está pronto? Eu vim buscá-lo para irmos para a escola. 

-Vou chamá-lo. –Alec assentiu enquanto a senhora dava as costas.

O motivo para ter pedido aquele favor a Magnus tinha nome e sobrenome: Lydia Branwell. Sua amiga era tão possessiva e grudenta que Alec já não sabia o que fazer para que ela parasse com toda aquela intimidade que ela insistia em achar que tinha com o Lightwood. 

Era irritante e sufocante, porque ela usava a amizade de Alexander para passar do limite com abraços mais longos e beijos demorados na bochecha, tão perto da boca que Alec sentia vontade de ser grosso com ela.

De qualquer forma, acreditava, e torcia, para que o namoro falso com Magnus afastasse ela de uma vez por todas. 

-O que raios você tá fazendo aqui? –Magnus perguntou da porta, a carranca em sua expressão não era capaz de deixá-lo menos bonito. 

-Vim te buscar, temos que chegar juntos na escola. 

-Por quê? 

-Você quer ser convincente ou não?