Into The Unknown

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N/A: Um aviso meio obvio, mas vou fazer mesmo assim: ‼️A história não vai estar seguindo o enredo do manga e nem nada porque já passamos do fim dele‼️

Então, bem vindos a uma continuação do enredo.

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--- Uma moça tão bonita... É uma pena que esteja assim...

--- Na ficha dela diz que ela teve uma overdose antes de entrar em coma. Faz anos que ela está assim. Me impressiona que não tenham desligado os aparelhos. Os pais dela devem ser bem ricos para manter ela ligada há tanto tempo.

Chishiya, que andava pelo hospital puxando o suporte de alumínio onde um saco de soro estava pendurado e conectado a sua mão, ouviu a conversa de duas mulheres da equipe de enfermagem.

De início, ele não se impressionou. Aquilo não era nada demais. Apenas um paciente qualquer. Em sua residência ele havia visto muitos casos assim. Mas, sinceramente, ele achava meio patético esses familiares que gastavam pencas de dinheiro para manter ligado uma pessoa que claramente não tinha vontade de viver.

Contudo, os pensamentos de Chishiya logo vieram a mudar e ele parou de andar ao ouvir a continuação da conversa.

--- Eu acho que ela não vai ficar assim por muito mais tempo. As meninas do turno da manhã falaram que ela teve uma parada. Seu coração parou por um minuto e quando conseguiram fazer ela voltar, ela já não precisava mais do suporte respiratório. Por isso que a colocaram em vermelho e nos mandaram aumentar sua monitoração. Acabou de fazer as anotações? Vamos pro próximo paciente. Em uma hora voltamos para ver se algo mudou nessa daí.

Chishiya viu as duas mulheres usando o jaleco branco com o logo do hospital no bolso do peito por cima do pijama verde claro, saindo do quarto 1917 e pensou no que as mulheres falaram.

Quando acordou do acidente ocasionado pela queda do meteorito, Chishiya ouviu que ele e vários outros pacientes do mesmo acidente sofreram uma parada cardíaca por um minuto e perderam a memória do ocorrido.

Pelo que ouviu, ela não havia estado envolvida nesse acidente, mas muito sobre ele (o acidente) não fazia sentido, principalmente em se tratando da forma como eles se acidentaram.

O unico cujos machucados faziam sentido em relação ao tipo de acidente em que todos estiveram envolvidos era o cara que dividia o quarto com ele, que estava todo queimado, o que era um grande pé no saco quando ele queria dormir e o cara ficava grunhindo e gemendo de dor.

Ainda assim, Chishiya ficou curioso sobre a tal paciente em coma. Ele olhou para os lados para ver se a barra estava limpa e entrou no quarto sorrateiramente, mas não sem antes olhar para a placa que estava na porta que informava o nome da paciente.

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1917

Kōshin Haigha

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"Nome engraçado", Chishiya pensou fechando a porta atrás de si. Ele então olhou na direção do leito se deparando com uma garota jovem, aparentemente ao redor de sua idade com os cabelos descoloridos em um desbotado tom de lilás.

Chishiya se aproximou da cama, vendo a garota mais de perto. Por um momento um sentimento de reconhecimento passou por ele, mas logo se esvaiu porque seu lado racional lhe dizia que nunca havia visto tal criatura antes, ainda mais com um nome tirado de um livro infantil.

𝐖𝐢𝐜𝐤𝐞𝐝 🃏 Alice in BorderlandOnde histórias criam vida. Descubra agora