Não me deixe ir

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Quase uma semana passa e eu não consigo ir embora da casa de Tom.

Depois que saímos da biblioteca, mal entramos pela porta e ele já havia me pegado no colo e tirado meu vestido de novo. 

- Cordelia… - Ele encara meu corpo nu da cintura para cima e me deita gentilmente no sofá. Passa os dedos levemente por meus seios enquanto os observa ficarem rígidos para ele. - Não fique mais vestida perto de mim. - Ele conclui beijando meu corpo enquanto eu acaricio os cabelos dele. 

Quando ele se uni a mim mais uma vez, continua sendo a melhor sensação do mundo.

Eu simplesmente esqueci da minha vida por completo. Esqueci de Drevon, esqueci do meu trabalho, esqueci de Vivi... E mesmo assim, nunca me senti tão completa como ao lado dele. 

- Lembra quando me disse para não parar de viver minha vida normalmente? - Pergunto para Tom. 

Ele está na minha frente, me olhando como se só existisse eu no mundo, como se estivesse observando uma das obras de arte mais raras e belas do universo. Eu sou tão comum, no entanto, ele não parece achar o mesmo. Fios finos de água escorrem pelo rosto de Tom enquanto estamos na banheira imensa do seu banheiro apenas conversando e descansando um pouco, apesar dos nossos corpos nus expressarem outra coisa. Às vezes até dormir parece um desperdício ao lado dele. 

- Sim. - Tom responde e faz um gesto para que eu prossiga. 

- Bom, eu preciso voltar. - O observo. Ele desvia o olhar para uma das janelas do banheiro à minha direita.

- Se seu misterioso amigo... - Tom volta a me olhar buscando minha aprovação para continuar - Não fosse sair em breve de sua casa, começaria a cogitar a ideia de te mudar permanentemente para cá. 

Eu sorrio revirando levemente os olhos como se o que ele disse fosse apenas um devaneio impossível, mesmo não me soando nada mal. 

- Acho que meu misterioso amigo pode não gostar muito da ideia de sair correndo da minha casa... Talvez eu deva sugerir a ele que fique mais um tempo. - Sorrio e vou para perto dele fazendo a água criar leves ondas à nossa volta. Ele me observa de cima com um ar de superior que o deixa mais atraente e lindo demais. - Apenas para vê-lo tentar me fazer ficar... sr. Hiddleston.

Ele segura meu queixo desdenhosamente e mantém o olhar indiferente sob meus olhos mesmo com suas pupilas dilatadas de desejo e o rosto ruborizado. 

Não tenho receio. Sei que é apenas uma atuação, no entanto, bem no fundo, numa parte pequena que nega-se a se recuperar de traumas antigos, sinto um rebuliço e imagino o que aconteceria se não fosse tão atuação assim. Se ele não se sentisse como eu me sinto perto dele. 

Afasto o pensamento mais rápido do que ele veio e concentro na minha mão subindo pela perna dele debaixo da água. Subo devagar, muito devagar, enquanto chego mais perto de Tom. Passo minhas pernas em torno do corpo dele sentando em seu colo, ambos nus. Meus braços se entrelaçam estendidos atrás do pescoço de Tom. Estou próxima o bastante para sentir o peito dele subir e descer com a respiração ficando pesada. Solto uma das mãos e começo a passear pelo corpo de Thomas. Passo pela clavícula lentamente, pelo tórax, começo a descer pela barriga, tudo olhando dentro dos olhos dele. 

Consigo senti-lo ficar tenso e mais duro embaixo de mim. Eu não tenho pressa. Desço minha mão mais um pouco, extremamente lenta e começo a parar chegando no umbigo dele.

- Acho que não estou em tanta desvantagem agora, estou? - Pergunto lembrando do quanto ele me fez ficar louca por ele antes.

Tom não responde, apenas me olha. O rosto atento e desejoso. A água escorre do cabelo dele para as maçãs do rosto e fazem o caminho até o pescoço. As mãos dele estão em minhas pernas e sobem cada vez mais. Consigo ver todos os detalhes dele, por dentro e por fora. O que ele sente e o que ele pensa, é como se ele estivesse completamente transparente para mim. 

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