Surpresas e investigações

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Tom me leva para o apartamento de Vivi. Não quero encarar sozinha o que quer que minha casa tenha se tornado pelos dias que Drevon ficou lá sozinho. 

- Você não precisava ter me trazido, Tom. Eu poderia muito bem vir sozinha. - Falo para Tom, enquanto ele estaciona o carro na frente do prédio em que Vivi mora.

- E perder a chance de te ver por mais cinco minutos que seja? Não. Você pode começar a andar sozinha depois que estiver com o pequeno presente que eu deixei na sua garagem. - Ele fala como se não fosse nada, apenas mais uma coisa cotidiana. 

Então sr. Hiddleston realmente me deu, como se fosse o presente mais simples, um Mustang 65. Minha boca se abre em um sorriso extravagante e largo enquanto me jogo nos braços dele. Ele não deixa barato e me aperta forte. Me afasto com Tom ainda me segurando apenas para observar o rosto dele muito próximo do meu.

- Por que? - Pergunto.

- Achei que gostaria. - Ele me responde e depois me beija apaixonadamente. É como música, arte, tudo de mais belo. Deixo ele me conduzir. 

- Como sabia do Mustang, Tom? - Cerro os olhos e o observo com uma desconfiança fingida. 

- Você não esconde tão bem sua vida quanto pensa, sabia?

- Ei! Eu não escondo minha vida! - Falo indignada por ele achar isso de mim. 

- Foi um palpite. Acertei?

- Um simples palpite? - Pergunto ainda desconfiada.

- Um simples, e talvez, investigativo palpite…

- Você investigou meu guarda-roupas, não foi?

Dentro do meu guarda-roupas tenho imagens de tudo que eu gosto. É como uma lista, só que com imagens. Tenho fotos de tudo que me inspira, de tudo o que eu quero, de tudo que já tenho e amo... Fotos com Vivi, do meu cachorro que deixei na minha antiga casa, de momentos até que agradáveis da minha vida, fotos de lugares que já fui e daqueles que quero conhecer. E fotos dele. Tenho fotos dos olhos de Tom no sol, na biblioteca, de nossas mãos juntas, de lugares que fomos juntos... Só de saber que ele viu tudo isso fico terrivelmente envergonhada.

- Você deixou a porta entreaberta... - Ele fala quase rindo ao perceber a vermelhidão quente subindo pelo meu pescoço até a ponta das minhas orelhas - Era quase impossível não ver todas as fotos penduradas. Acho que conheci mais de você pelo seu guarda-roupas do que pelas coisas que me conta. 

- Talvez tenha sido proposital. - Rebato com ar de superior, como se creditasse a mim, o fato dele ter me surpreendido perfeitamente.

- Duvido. - Ele responde.

Beijo Thomas de novo. Ele continua segurando minha cintura e eu continuo agarrada em seu pescoço, não sinto necessidade alguma de sair do carro até que Vivi grita da janela do apartamento no quinto andar.

- Cordelia! Vou ter que te buscar? - Ela fala como se fosse minha mãe. 

Ainda estou o beijando e sorrio nos lábios dele quando escuto Vivi.

*

- Drevon, eu não quero saber se eu fui errada de viver minha vida sem te dar satisfações! Você vai voltar para casa e vai limpar tudo. Não tem argumento. 

- Você volta depois de uma semana e quer me dar ordens? - Drevon responde. - É Muito melhor ficar com Vivienne. Não é Vivienne?! - Ele grita para que Vivi escute da cozinha. Não é muito longe, mas mesmo assim ele grita. 

- Ouça, Drevon, eu não quero te dar ordens. Eu estou te dando. - Estranhamente, ele me olha com uma expressão um tanto insinuante. Eu rio alto. Drevon costumava gostar das ordens que eu dava a ele enquanto... 

Uma ou duas histórias a maisOnde histórias criam vida. Descubra agora