eu me apaixonei pela ideia de você. me apaixonei pela forma como você se encaixou perfeitamente em todas as minhas fantasias. me apaixonei por sua voz, por sua feição, por suas mãos e pelo jeito que você me olhava nos meus sonhos. por todas as coisas irreais que eu criei de você.
você é exatamente o cara que eu achava que você fosse e exatamente o oposto do que eu queria, do que eu criei. me apaixonei pela situação imaginária em que todos eles se encaixavam tão bem e você tambem fez. tudo na imaginação. se eu pudesse te namorar dentro da minha cabeça, seriamos o melhor casal do mundo. se eu não tivesse descoberto tudo o que eu sei sobre você agora, quem sabe a voz que vive me dizendo o que fazer ficaria mais alta, mais preocupante, mais perigosa.
e todos vocês são iguais, pessoas iguais em fontes diferentes. pessoas iguais em corpos diferentes.
é como em um vídeo game, sabe? de a partir do momento em que você clica em "start", você precisa terminar a fase. e talvez você morra no meio do caminho.
nesse jogo você só tem uma chance: ou vença, ou morra. e então você pode passar para a próxima fase. o problema é que você não percebe que deu start até que você esteja exausto de tanto jogar. o problema é que você só percebe que vai morrer quando tudo está muito próximo do fim.
eu perdi muitas partidas. e ainda bem, não dei start na sua.
aqui está o prova: crua e cruel. que tudo é uma ilusão. que o relacionamento já existe, só preciso que você se encaixe nele. que a ideia de tudo isso é falsa. inteiramente minha. e é tudo mentira.
