Primeira aparição.

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"Bem, já se passaram mais de um ano que eu e Chris estamos juntos e ainda não assumimos isso publicamente. Não que isso seja realmente necessário de se fazer, até porque quanto mais privacidade tivéssemos, menos problemas iriam se englobar no nosso relacionamento em si.

Eu e Chris não brigamos muito. - para ser mais clara, em um ano de relacionamento, brigamos umas quatro vezes. Isso se não foi menos. - Não víamos extrema necessidade de assumirmos, mas, como todo o casal normal, nos queríamos sair mais.

Se nos não assumíssemos por conta própria, alguém iria acabar descobrindo e isso não seria nada bom, porque a mídia sempre - SEMPRE - aumenta a historia toda.

Além do mais, nos tínhamos a pretensão de termos filhos, e eu, uma atriz muito bem renomada e procurada nos altos de Hollywood, não poderia esconder uma gravidez, muito menos um filho!

Louis iria fazer dois anos daqui umas semanas e eu queria convence-lo de que Chris já era praticamente um pai pra ele, mas não tinha a mínima ideia de como começar, ou até de quando começar. Eu e Chris falamos sobre isso umas vezes mas eu sempre acabava chorando e isso não era bom pra nos dois.

Hoje nos iriamos a um evento. Ele insiste para irmos juntos, sairmos de mãos dadas e respondermos as perguntas. Nossos empresários também concordaram na ideia mas eu... bem, eu estava muito nervosa com tudo isso.

A quanto tempo eu não saio em um lugar acompanhada de quem eu estou levando uma vida compartilhada? A muito tempo. Muito tempo mesmo. E isso era ruim para mim, pois eu não sabia como iria ser depois de tudo que aconteceu comigo..."

Arrumo o brinco diante o espelho e ajeito a cauda do vestido longo que vestia. Não uma calda enorme, mas barrava meus pés e cobria meus sapatos. Eu estava bonita, mas não escondia nervoso. Nem sei se era possível esconder.

-Está pronta? - ele bate na porta do closet e encosta no batente.

-Mais ou menos... - me viro e sorrio.

-Você está fabulosa. - ele vem em minha direção e me da um beijo na testa. - não vai acontecer nada, nenhuma pergunta idiota. Todos vão amar a gente.

-Isso é um problema... não é? - curvo meus ombros.

-Não, meu amor. - ele me envolve em pela cintura para um caloroso abraço. - vai ficar tudo bem e vamos ser felizes juntos. Assim como somos todos os dias.

-Jura?

-Juro. - ele me da um leve beijo e sussurra em meus lábios. - por nos dois.

-Ok...

Cheryl entra no quarto e nos interrompe - já estava acostumada com isso. - pedindo para que fossemos para o carro pois já estávamos extremamente atrasados.

Acredito que estamos cerca de uns minutos adiantados, mas ela ama aumentar as coisas quando se trata de trabalho. Era chato as vezes, mas eu era feliz na escolha que fiz quando a contratei.

Ela é extremamente competente e faz por onde. Não falava muito da minha vida pessoal pra ela. Tinha meus outros amigos. - Chelsea, Gesine, Melissa... - e mesmo assim ela trabalhava extremamente bem e não via problema nisso. Era ótimo.

Ao chegarmos no local, aperto a mão de Chris com força. Ele nem sente, suas mãos eram enormes, mas sabe que meu nervoso era alto.

O motorista abre nossa porta e Chris sai, me esperando na mesma para que pudesse segurar em minha mão e sair andando comigo pelo tapete.

As pessoas gritavam o nome dele - não sabiam que eu estava com ele. - muito alto, mas meu coração estava tão acelerado que o único som que eu podia ouvir eram os da minha palpitação.

-Vem, amor. Eu vou te proteger. Eu prometi, lembra?

Aceno com a cabeça positivamente, puxo o ar, seguro em suas mãos e finalmente saio do carro.

As pessoas vão completamente ao delírio e todos os flashes do lugar parecem se voltar a nos. Fecho meus olhos e pisco algumas vezes. Por alguns segundos meus ouvidos não escutam nada, mas logo me volto ao lugar.

Ele me puxa ao tapete vermelho e sorrimos em todos os momentos. Suas mãos acariciam minha cintura em todos os momentos me fazendo sorrir. - eu amava aquilo. - e então entramos no evento após responder algumas perguntas.

Como ele disse, as pessoas gostaram de nos dois juntos. As perguntas foram ótimas em relação ao que nos dois, melhores do que eu imaginava pelo menos.

Ficamos no evento até ele apresentar a categoria em que iria subir no palco. Fomos a festa mas não ficamos muito lá, eu bebi dois copos de algum drink e meu estomago começou a doer um pouco, então pedi para que ele e eu fossemos pra casa.

Ele me entendeu perfeitamente e fomos juntos pra casa. As vezes ele me compreendia tão bem que eu pensava estar em um conto de fadas.

Quando chegamos em casa - por volta das duas da madrugada. - ele e eu subimos. Ele me ajuda a tirar o vestido de gala que eu vestida e eu arrumo o seu terno no devido lugar, exatamente como tem de ser posto para não amassar.

Vejo ele sorrir quando me curvo sobre a cadeira vestindo apenas minha lingerie preta. Olho para ele de canto e dobro meu pescoço um pouco para o lado. Ele estica os dois braços em minha direção e me chama com os dedos.

Vou em sua direção e o abraço forte. Ele me tira do chão e me carrega até o chuveiro. Tomamos banho juntos e então nos deitamos. Ele antes de dormir busca um remédio de dor pra mim e me obriga a toma-lo. Engulo as capsulas do comprimido e faço careta. - odiava tomar remédio. - e vejo seus olhos brilhando ao me olhar. Ele era tão maravilhoso...

Ele coloca o copo sobre a mesa de nosso quarto e deita comigo, apaga o abajur e nos cobre com o edredom cinza com uma camada grossa, me colocando entre suas pernas com a cabeça apoiada em seu peitoral.

-Você é o meu príncipe, sabia? - falo baixinho movendo meus lábios colados aos dele.

-Você também é minha princesa, e quando tivermos nossos filhos, você vai ser minha rainha. Eles serão nossos príncipes.

-Muito monárquico, você. - sorrio.

-Ok, agora descanse. Você precisa. - ele beija minha testa, bochecha, e encerra com um longo e calmo beijo nos lábios.

"No dia seguinte eu acordo ainda com um pouco de incomodo no estomago, mas quando me sento na cama, vejo a mesa de meu quarto com um pequeno lírio e um café da manhã para duas pessoas. Lírio foi a flor que ele me deu a primeira vez em que nos vimos. A primeira vez em que transamos. A primeira vez em que ele me deu o gosto de me apaixonar por ele.

Esfrego meus olhos levemente e me levanto, indo em direção a mesa decorada que ele mesmo havia feito. Quando me sento a cadeira ele sai do banheiro vestido com uma bermuda e sem camisa.

Ele se senta e toma café comigo. Admite que precisou da ajuda de Rosa, minha empregada, para fazer a mesa. Conversamos sobre diferentes coisas e ele ainda se preocupa muito em saber se eu estou melhor ou não.

Louis entra no quarto e senta ao colo de Chris vestindo apenas um pijama de carrinhos coloridos. Sorrio com aquela cena e continuo comendo minha salada de frutas.

Hoje sairíamos juntos e induziríamos Louis ao chama-lo de pai. Bem, era difícil pra mim, imagine para ele! Mas iria ficar tudo bem e nos acharíamos uma solução juntos. Assim como sempre fazemos..."

1964Onde histórias criam vida. Descubra agora