Malfoy

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— De jeito nenhum, você vai se machucar. — Louis resmungou. Estava ele, Louise e alguns amigos no Salão comunal da Sonserina conversando. Louise queria porque queria entrar no time de quadribol.— Igual se machucou da última vez.

— Mas eu vou jogar, eu sou perfeita. Aquilo foi azar, estava desconcentrada. — Louise respondeu, cruzando os braços. — Sabe bem o que tinha rolado antes pra eu acabar caindo e me machucando.

— Mesmo assim. — Louis estava decidido a não ver sua irmã quebrar mais um braço ou pulso novamente. 

A menina tinha terminado seu namoro com Viktor Krum, um bruxo de outra escola, um dia antes da partida. Não que o relacionamento dos dois tivesse sido ruim, mas não era como antes, os sentimentos haviam mudado. Então estava um tanto chateada com a situação e desconcentrada o tempo inteiro. Mesmo assim, foi jogar a partida e acabou caindo da vassoura, a queda só não foi fatal porque seu irmão interveio na mesma hora, mas, com o impacto, acabou machucando seriamente o braço, o que a obrigou a sair do time.

Havia uma cicatriz em seu braço que ficaria permanente ali e na visão de Louise, aquela cicatriz era um aviso para ela nunca mais se apaixonar. Amar deixava as pessoas mais fracas e ela queria sempre estar no topo de tudo e todos, queria ser forte, não havia espaço para fraquezas. Não ia deixar que sentimentos estragassem seus anos na escola.

— Eu vou e pronto, estou super bem agora. Nada me abala. — Louise sentou-se no chão e jogou a cabeça para trás, deitando ela no sofá atrás de si.

— E como era na outra escola? — um menino de cabelos cinzentos perguntou. — Na frança.

— Um pouco monótona, devo admitir. Não conseguimos fazer muitos amigos e criar laços. — Louise suspirou fundo, olhando para a própria mão. — Parecíamos distantes, creio que nosso lugar é aqui.

– E as casas lá são como aqui? — Anne perguntou e Louis assentiu.

— Acho que sejam as mais parecidas entre as escolas. Noble, Lucttore, Sagesse e Paxlitté são as casas. Assim como em Hogwarts, as escolhas são com base nas qualidades, características e blablabla. Resumidamente. Eu e Louise éramos da Lucttore, é um pouco semelhante com a Sonserina. Só ficamos lá por dois anos, mas enfim...

As meninas ao redor de Louis pareciam hipnotizadas com ele. De fato, Louis era o típico padrão, mas com muito mais que isso. Ele era alto, forte, tinha cabelos pretos que caíam até a metade de sua nuca, a franja caía sobre seus olhos de vez em quando, mas gostava de deixar todo o cabelo para trás, lhe dava um ar mais elegante. Os olhos eram bem claros e esverdeados, eram olhos um tanto confortantes. Tanto que, quando ele sorria, as bolsinhas de seus olhos ficavam ainda mais gordinhas, quase que fechando os olhos por completos. Seu rosto era simétrico, os lábios não eram tão finos e eram rosados, a pele era clara e brilhante. Tudo nele era perfeito, tudo muito perfeito mesmo, sua personalidade também era agradável, sempre sorrindo por todo canto, a voz era grossa, mas um pouco baixa. Louise já não tinha olhos tão confortantes assim. Enquanto Louis tinha muitas características de uma presa, aquele ar dócil, igual um cachorrinho, Louise era sem dúvidas a caçadora. Seus olhos eram intimidades, como os de gatos. Seu cabelo era grande, brilhoso e preto, caía até a cintura em algumas ondinhas, mas em um todo, era liso. Também tinha a pele clara, lábios um pouco carnudos e rosados. As bochechas um pouco gordinhas e rosadas também. Seu corpo era pequeno, mas Louise era forte, já tinha passado por muito com seu irmão, aquele corpo aguentava mais do que a aparência dizia. Ambos não eram superficiais, eles tinham muito a oferecer. Além de tudo, Louise era extremamente poderosa, a ponto de ser um pouco perigosa, mas ela ainda não sabia disso. Ambos tinham sotaque britânico forte misturado com o pouco de francês que ainda estava impregnado por passar um tempo lá, o que deixava os alunos ao redor ainda mais apaixonados por eles.

Mas uma certa garota não gostava nem um pouco daquela idéia. Estava com inveja e ciúme, e provavelmente faria qualquer coisa pra estragar com a reputação deles dois, principalmente de Louise. Pansy estava determinada a fazer a Williams se tornar invisível. O que claramente não funcionaria, por mais que ela tentasse.

— Eu acho muito legal a idéia de vocês terem vindo para cá, é algo diferente, não sei quantas vezes já aconteceu. Bom, pelo que lembro só entre o campeonato Tribuxo. Quando algumas escolas ficaram aqui por uns dias... Mas só me lembro de Krum. — Anne suspirou com a lembrança do garoto e Louie endureceu. Ficou mais séria que o normal, mas olhou para o lado até aquela súbita lembrança sumir de sua frente. — Temos que ganhar no quadribol, desde que Harry chegou, a Grifinória sempre fica no topo.

Louise sorriu de canto e endireitou sua postura.

— Pode ter certeza que vamos ficar em primeiro lugar, sou ótima, perfeita jogando quadribol. — Disse com toda certeza do mundo, os amigos sorriram com a idéia de que a sonserina finalmente teria toda sua glória de volta.

— E qual sua posição? — O menino perguntou.

— Artilheira. — Respondeu e se espreguiçou. — Não seria má idéia ser apanhador dessa vez. 

— De jeito nenhum. — Draco malfoy entrou no salão, estava com uma garota até então desconhecida por Louise. — Eu sou o apanhador da Sonserina e ninguém me tirará dessa posição.

— Hm... Talvez seja por isso que não estamos ganhando até então. — Louise olhou fixamente para ele com um sorriso de canto. — Cuidado para não perder sua posição, Malfoy.

Draco fechou a cara e tentou retrucar, mas acabou desistindo e se sentou ali perto, a menina que o acompanhava, parecia querer sentar em seu colo, foi um tanto constrangedor quando ele negou.

— Só não tivemos sorte, sou o melhor apanhador. — Resmungou olhando para ela que deu de ombros. A posição que mais gostava mesmo era de Artilheira, não ia desejar outra coisa, mas a sensação de provocar Draco era maravilhosa. — De qualquer jeito, a Sonserina tá precisando de uma Artilheira.

Louise comemorou e sorriu vitoriosa, sabendo que poderia jogar novamente, mesmo contra a vontade de Louis, que nesse momento estava lendo algum livro aleatório.

— E quais os outros jogadores mais conhecidos daqui? — Pela primeira vez, Louise fez uma pergunta normal para Draco.

— Eu obviamente. E tem o Cedrico da lufa-lufa, Cho Chang da Corvinal, Harry Potter. — Ele disse, frisando bastante ele mesmo. — Tem outros, mas não lembro.

— Cedrico? Aquele garoto bonito? — Louise olhou para cima e suspirou, despertando os olhares alheios, inclusive do irmão.

— Ele não é bonito. — Draco disse, mas todo mundo o retrucou.

— Malfoy, você pode ser bonito e achar outro bonito, sabia? — Louise falou, erguendo uma sobrancelha e olhando para ele. Draco sorriu e se curvou para frente, deixando ambos os cotovelos apoiados nos joelhos e uma das mãos ficou no próprio queixo. — Que é?

— Você me acha bonito então? — Perguntou e todos ali ficaram dando risadinhas e alguns murmúrios.

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Como eu tinha dito nos comentários iniciais, coloquei características nos dois gêmeos porque a idéia da fic veio de uns sonhos e idéias que tive. Mas vocês podem imaginar os dois como bem entenderem, não irei ficar sempre frisando a aparência deles para que, se vocês quiserem, possam se imaginar na história! Esse capítulo foi uma excessão!

Sobre a Pansy, quero deixar claro que odeio rivalidade feminina. Isso só vai acontecer por enquanto, porque tem que acontecer algo no momento certo!

Lembrem de comentar bastante e favoritar 💜

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