Severo Snape

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— Certo... Diga. — Snape foi direto, Louise puxou uma cadeira e se sentou ao lado dele.
Snape fez um feitiço de ocultação, então ninguém saberia que eles estariam ali.

— Eu sei que ele voltou. — Louise falou e olhou fundo nos olhos do padrinho. — Não adianta negar, eu sei. Já sabia já algum tempo, eu sentia. — respirou fundo — Eu sei que também que é muito para te pedir... Mas poderia cuidar do Draco? Sabe, eu e Louis podemos nos virar. Eles ainda não sabem da nossa ligação. — Louise engoliu em seco, Snape estava com uma feição ainda confusa. — Eu sei que ele vai pedir coisas para Draco fazer... Ele já está sofrendo demais, Severo.

— Você sabe que isso não está em minhas mãos, ele é um malfoy. — Louise se mexeu, inquieta. — Se o Lorde o mandar matar alguém, como eu iria impedir?

— Ele não vai conseguir! — Louis protestou, juntando as mãos e as apertando. — Ele vai acabar morrendo.

— É um preço a se pagar.

— Não, se algo acontecer com ele, eu vou me envolver. — Snape levantou-se ao ouvir aquilo e foi até a menina. — Eu vou me envolver desde agora, se você não for ajudar ele, eu vou.

— Louise Severus Willians. — Snape levantou-se um tanto bravo, mas Louise não sentiu medo, nunca sentia. — Não ouse fazer mais besteira do que já fez.

— E o que eu fiz de tão errado? — Perguntou confusa e acabou rindo. — Eu sempre andei na linha, assim como você mandou. Pra proteger Louis. Mas como Draco não é parte da família, eu o deixaria sofrer sozinho? Ele é só um garoto, um garoto bem impertinente, mas ainda assim é bom. Ele não quer fazer isso, pai.

Eram poucas as vezes que Louise chamava-lhe dessa forma, Snape realmente não era seu pai, mas era como se fosse, era sua figura paterna. Também usava isso pra persuadir ele, sabia que seu coração era mole, diferente do que a maioria imaginava, principalmente quando tratado daquela forma.

— Não, você não vai se envolver. — Snape avisou. — Fique na sua. Você sabe quem eu sou, o que faço. Você sabe que não é tão simples assim. Farei o que posso, mas não ouse se envolver com o lorde, nem mesmo por um segundo. Ele não pode saber da existência de você e do seu irmão, nunca.

— Promete? — Snape assentiu. — De dedo mindinho. — Louise estendeu seu dedo mindinho para Snape, que revirou os olhos.

— Você é tão infantil. — Ele suspirou fundo e fechou os olhos, entrelaçando seu dedo ao dela.

— Porque você me trata como uma criança. — Louise respondeu risonha. Pôde notar um mínimo sorriso no canto da boca de Severus. — Obrigada, de verdade. Prometo tirar as melhores notas. — Comentou e se afastou, voltando para trás. — Inclusive, fiquei sabendo da vaga de monitor...

— Não, você quer isso pra ficar perto de malfoy? — Louise negou rapidamente, mas era mentira. Certa parte dela queria ficar perto de Draco. — Pra que então?

— Eu sei que odeia Dolores, então me dê essa chance... Pra cuidar do pessoal da Sonserina. Draco é só um, ele não vai dar conta. É um bobão. — Disse enquanto gesticulava e em seguida levantou o dedo polegar em um afirmativo.

— Vou ver o que posso fazer sobre. Mas é uma promessa pra você também, tire as melhores notas. Não deixe aquela Hermione ficar em primeiro. — Louise já estava na porta quando Snape disse aquilo. Ela sorriu largo e assentiu, abriu a porta e confirmou de que não havia ninguém ali, então saiu do corredor e correu para o dormitório.

•••

Seu humor estava muito melhor no dia seguinte. Precisava falar com Louis sobre tudo que havia acontecido com ela e o que estava planejando fazer, não queria deixar o irmão de fora daquilo. Mesmo que, ele tenha escondido dela sobre Cedrico, ao menos ela achava isso.

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