Draco Malfoy

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— Isso não vai sair daqui, Willians. — Draco disse, revirando os olhos e um sorriso sincero surgiu no rosto de Louise. — Porque sorri tanto assim?

— Hm... Eu acho que acabou se tornando um hábito. — Louise admitiu, colocando outro ingrediente no caldeirão e observando aos poucos a mudança de cor. — Se tornou um tipo de mecanismo também. Assim como você faz.

— Como eu faço? — Draco ergueu a sobrancelha, sem entender nada.

— Você gosta de provocar outros, as vezes até rebaixa. — Louise olhou para Draco, o menino estava surpreso. — Você faz isso como um mecanismo de defesa.

— Não tem nada haver, eu simplesmente não suporto essas pessoas. — Ele contornou a situação e Louise riu novamente. — Você é chata... Mas enfim, queria saber de outra coisa.

Louise puxou um banquinho e se sentou, estava cansada por ficar em pé.

— Do que?

— Você não precisa dizer quem é, mas estou um tanto curioso para saber do motivo. Seus pais não são conhecidos, mas são Sangue-puro assim como você e seu irmão, você nunca cita o nome deles e desse tal padrinho seu. — Draco estava com os olhos focados na mistura que tinha no caldeirão, a cada hora estava de uma cor.

— É muito complicado. — Louise disse, dando de ombros. — sobre meu padrinho... Há muita coisa envolvida. Não é como se fosse alguém perigoso, ele não é. Mas... Se souberem da nossa ligação, colocará tanto ele como eu e Louis em risco.

— Posso perguntar se é por conta do Lorde? — Draco estava cada vez mais interessado na história.

— Uhum. — Ela respondeu e Draco suspirou. — Queria muito que pudéssemos dizer tudo, Draco. Por mais que seja nosso padrinho e não nosso pai ou mãe, queria dizer a todos quem ele é, assim poderia viver a vontade, poderíamos ser uma família. Não deixamos de ser, é claro, mas queria que todos soubessem.

— Sinto muito... — Comentou e parou de mexer a mistura com a mão esquerda e passou a mexer com a direita.

As mãos de Draco eram finas e compridas, eram tão claras que dava pra ver sem esforço as veias azuis e verdes. Seus braços já eram fortes para um garoto de dezenove anos, ele era alto, e toda aquela roupa preta só o deixava ainda mais atraente. Louise pensou no quão bonito ele era.

— Sinto muito. — Louise respondeu para Draco e ele lhe olhou sem entender. — Por ter de estar do lado dele.

— Como sabe que eu não quero estar? — Louise colocou outro ingrediente quando Draco lhe perguntou.

A menina levantou-se e se aproximou do caldeirão. Era o momento de por o sangue de salamandra.

— Posso ver em seus olhos, que está fazendo isso por sua família. Você não é mau, Draco. — Louise disse e deu um pequeno sorriso.

Draco e Louise estavam lado a lado, a menor tinha que olhar para cima para ver a figura de Draco, que era bem maior que ela. Seus olhos se encontraram por um tempo, o braço de Draco continuava a mexer a poção, mas sua atenção estava na menina. Logo os olhos claros do homem desceram em direção a boca rosada de Louise e voltou a encontrar seus olhos. Um sorriso torto marcou o rosto da menina e ela sabia exatamente o que Draco queria fazer. Ela também queria.

— Aí! — Draco berrou, sentindo o braço doer, fazendo Louise mudar sua atenção para o caldeirão.

Draco tinha se distraído o suficiente para queimar o braço na boca do caldeirão.

— Droga! — Louise afastou o menino e segurou na colher grande de madeira que antes ele segurava. — vou tentar uma coisa. Se der errado, já era.

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