Louis e Cedrico

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Desde o primeiro encontro na biblioteca, Cedrico e Louis passavam muito tempo juntos. Louis falava sobre música e astronomia para Cedrico e o Diggory amava falar sobre quadribol ou sobre a vontade que tinha de participar do torneio Tribuxo. Diggory contou sobre sua família e infância e, mesmo sem poder entrar em detalhes, Louis contava como ele e a irmã sempre conseguiam se safar das encrencas e problemas que se metiam quando crianças e jovens. O tempo passava tão rápido quando estavam juntos que nem notavam o cair da noite.

Após o jogo de quadribol, na qual a Lufa-Lufa perdeu da Grifinória, Louis tentava consolar e distrair Cedrico, que sempre se cobrava demais. Louis sentia que tinha encontrado um bom amigo.

Mas a situação, na visão de Louis, piorou quando se viu muito envolvido com o lufano. Tão envolvido a ponto de sentir ciúmes de quando ele estava flertando com garotas. Aquilo não era nada bom pra ele, se sentia aflito e culpado. Não sabia o que faria se Cedrico soubesse dos sentimentos do Willians para com ele.

- Você tá meio estranho esses dias. - Cedrico disse, estavam na entrada da Comunal da sonserina. - E tá meio distante.

- Estou? - Louis fingiu não saber do que ele estava falando, mas sua expressão lhe entregava completamente. - Deve ser coisa da sua cabeça.

- Eu fiz algo de errado?

- Não! Não Cedrico, não... - Louis balançava as mãos e se mexia inquietamente. - Não foi você.

- Então tem algo de errado! - Cedrico se aproximou de Lou, fazendo o menino prender a respiração. - O que foi?

- Não foi nada. - Louis deu dois passos para trás e desviou o olhar, encarando os próprios sapatos.

•••

Depois daquilo, Cedrico decidiu não perguntar nada para Louis, o que fez o gêmeo ficar um pouco chateado - talvez, com um pouco de pressão, ele contaria a verdade.

Os dias passaram-se e Cedrico notou que Louis estava cada vez mais distante dele. Aquilo o deixava aflito e com saudades do garoto de cabelos pretos. Foi aos poucos notando seus próprios sentimentos e se descobrindo. Não foi fácil, não foi fácil notar que estava afim de um cara depois de anos gostando apenas de garotas.

Diferente de Louis, Cedrico não quis esconder aquilo do garoto, estava pouco se importando com o que os outros iriam achar. Quer dizer, talvez estivesse preocupado com seu próprio pai, mas teria um ano inteiro pela frente para talvez contar a ele. Seu pai era compreensivo e um homem bom, não seria tão difícil assim.

•••

Depois das detenções em que Louis se meteu por conta de Louise, o menino ficava mais amoado e quieto, sentia dor na mão e isso o impedia de tocar em seu violão e também escrever músicas, coisas que ele amava fazer.

Cedrico levantou-se da cama logo cedo e foi para a Comunal da Sonserina. Pediu para um menino chamar Louis e assim ele fez, em pouco tempo Louis já estava ali. O gêmeo usava uma camiseta larga preta que ia até a metade de sua coxa, uma calça de moletom e estava descalço, tinha acabado de acordar, então estava com aquela carinha sonolenta e amassada. Cedrico achou aquilo extremamente fofo, acabou por sorrir.

- Aconteceu algo? - O Willians perguntou, estava com a voz rouca de sono.

- Queria ver como você está. Posso entrar? - Perguntou, coçando a cabeça e Louis apenas assentiu, dando espaço para ele entrar.

Ambos foram até o quarto de Louis e o menino se sentou em sua própria cama, ainda havia outros Sonserinos no quarto, mas logo eles foram para a aula.

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