Magia

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A semana seguinte foi ainda pior, Louise teve que parar um tempo de ir para as aulas de quadribol por conta da situação de sua mão, uma menina loira estava lhe substituindo. Grifinória tinha ganhado no jogo final contra a Sonserina e ela sentia-se culpada por isso. Louis estava zangado o tempo todo, não queria falar com ninguém além da irmã. Rony e Hermione estava preocupados com Harry, que parecia que iria explodir a qualquer momento. A cada dia regras e mais regras eram feitas por Dolores.
Meninos e meninas deveriam ficar afastados; o horário para estarem nos dormitórios eram duas horas após o fim das aulas; tinham de ter uma dieta rigorosa para se manter em "forma"; tinham de se vestir como Dolores queria; não podiam fazer feitiços em grande parte das aulas.
A mulher anotava tudo na caderneta, interrogando professores de todas as matérias, alguns professores eram vistos como "inúteis" e logo perdiam seus cargos. Não tinha mais matéria de música, Hagrid também tinha sido afastado. A escola estava um completo caos.

As mãos dos cinco alunos estavam com uma fina camada de pele morta, como se tivessem se queimado e aos poucos se regenerando. Era feia e parecia cada vez mais profunda.

— Temos mais uma semana pela frente. — Hermione disse, suspirando. Também estava cansada. — Nem estudar direito estou conseguindo por conta dessa megera.

— Não tenho um dia de paz, logo quando entro pro time isso me acontece. — Louise falou e os quatro olharam para ela, com deboche. — O que?

— Tenho uma leve impressão de que Harry e Louise vão nos meter cada vez mais em confusões. Pelo menos tenho certeza que Louie vai, ela não consegue ficar calada. — Louis falou, jogando-se no puff que tinha na Biblioteca, eles estavam ali, conversando, era o único lugar calmo até então.

— Harry já faz isso desde o primeiro ano. — Rony falou e Louise deu uma risadinha. — Todo ano é a mesma coisa, por isso a gente nem tá tão surpreso.

— As coisas vem até mim, não é minha culpa. — Harry se defendeu.

— Digo o mesmo, não podia ficar calada diante daquela situação. Não depois do que ela fez comigo e do que Voldemort fez. — Louise cruzou os braços, tinha uma faixa enrolada em sua mão.

— O que Voldemort fez com você? — Harry perguntou e Rony se encolheu todinho pelos dois ficarem dizendo o nome do Lorde.

— Matou nossos pais. - Louis interveio, aquele assunto não era fácil para Louise. — Além de que vocês sabem, não somos insensíveis, ele fez e faz muita coisa pra muita gente.

— Vocês realmente acreditam em mim então? — Harry perguntou.

— Mas é claro, porque mais eu concordaria com você? Pra mim ele está vivo e se preparando para atacar a qualquer momento. — Louise disse e suspirou.

Um sinal estranho tocou, era hora de cada um deles ir para sua Comunal. Os gêmeos se despediram dos outros três e cada um foi para o seu dormitório.

— Você está bem? — Louis perguntou, estava preocupado.

— Uhum. — A gêmea disse, abraçando o irmão pela cintura e em seguida se separou, indo em direção ao quarto. — Estou cansada, amanhã a gente conversa mais, tá?

Louie respirava fundo para tentar se controlar e não passar tanto nervoso a ponto de ir para a enfermaria novamente. Após se despedir do irmão, foi para o quarto e ficou ali.

Ela fechou os olhos, pensou em lembranças felizes, mas não tinha muito o que ver além dos momentos que passava com Louis, quando ganhou da Corvinal no quadribol, quando conheceu Luna ou quando torceu por Cedrico no jogo contra a grifinória.

Estava a pouco tempo em Hogwarts, não tinha tantas memórias de lá, muito menos das escolas anteriores ou de sua infância.

•••

Estava de madrugada, Louise não conseguia manter os olhos fechados. O quarto estava em silêncio e todas as meninas dormiam. Louise se sentou no chão, do lado da cama e pegou um pequeno colar que dividia com seu irmão e o observou. Era um presente deixado por seus pais. Talvez a única lembrança que tinha deles. Ela fechou os olhos e segurou o acessório com força e no mesmo momento, uma vaga imagem veio em sua mente. Eram os rostos de seus pais, ambos estavam imensamente felizes enquanto olhavam os gêmeos, ainda bebês, no berço.

- Vocês serão muito importantes para o mundo. - O pai dos gêmeos disse.

- Assim como são para nós, desde o dia que soubemos que teríamos vocês. - A mãe completou. - Um de vocês vai saber disso, quando for a hora.

Louise abriu os olhos, assustada, não sabia que tinha aquilo ali, memórias gravadas para ela. Tentou ver novamente, mas foi em vão. Louise colocou o colar novamente no pescoço e ficou olhando para o nada, triste por não conseguir rever os rostos que, mesmo sem conhecer direito fisicamente, amava.

Tentou pensar em mais coisas boas, mas a imagem de matar Dolores continuava a vir em sua mente. Não queria pensar nisso, odiava aquela mulher mais que tudo, mas não queria matar ela, talvez só feri-la gravemente.

Louise sentiu os olhos queimarem, as mãos tremerem levemente e um tipo de névoa verde sair de seus polegares. A luz ficou cada vez mais clara, pareciam chamas, fogo, mas na cor verde. Louie esfregou as mãos, tentando apagar seja lá o que fosse aquilo, mas nada resolvia.
Correu para o banheiro e se olhou no espelho. Seus olhos também brilhavam em um verde mais forte do que a cor natural de seus olhos. Fechou os olhos várias vezes, respirou fundo, mas nada adiantava. Seus olhos se abriram e a menina pensou que precisava tomar água urgentemente. E logo, sem esforço algum, um copo d'água surgiu ali. Não sabia como tinha feito aquilo, só com o pensamento do que precisava. Mas não ficou pensando muito, estava com a garganta tão seca que chegava doer. Bebeu toda a água e respirou fundo, várias vezes seguidas. Não podia ir para a Sala Comunal e não podia espairecer nos corredores. No final, Louise passou a madrugada no banheiro, até notar que toda aquela esquisitisse tinha passado.

•••

Ela matou aula no dia seguinte, estava exausta e sem ânimo algum. As aulas do dia seriam de Tratos das Criaturas Mágicas, Vôo, Herbologia, porções e adivinhação. Então logo se resolveria com os professores.

Louise se jogou na cama, embrulhando-se no cobertor e deixou todas as luzes desligadas. Às cinco deveria se encontrar com o pessoal para que fossem para detenção.
Naquele dia, Louise passou a tarde toda dormindo. E alguém sentiu sua falta. Dessa vez, não foi Louis, nem Luna e muito menos os alunos da grifinória.

Draco Malfoy se perguntou como Louise estava e porque havia matado aula.

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Feliz dia dos pais!

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