Cicatriz

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— O que foi aquilo? — Harry perguntou, ainda estava surpreso.

— Ué, Potter. Eles estavam se pegando — Deu de ombros. — Tenho que pegar o dinheiro com o Rony, apostamos que em menos de dois meses eles iam ficar juntos. — Louise começou a andar para fora da Comunal.

— Não, é que... Achei que Cedrico estava com Cho. — Ele comentou e Louise se virou, observando Harry.

— A menina que você gosta? — Perguntou e Potter ficou vermelho. — Não é difícil de notar que gosta dela, sabe? Até ela deve saber, você gagueja quando fala com ela, fica vermelho e vira uma criancinha.

Harry ficou quieto, só continuou andando, dando a certeza que Louise precisava para afirmar que ele gostava de Chang.

— Você vai se resolver com o Malfoy? — Louise fez careta, sem entender ainda porque Draco estava daquele jeito, em seguida suspirou e olhou para Harry.

— Ele é muito complicado, é difícil ser amiga dele. — Deu de ombros e desceu as escadas. — Mas enfim, ele me ajudou ontem, então eu vou. Mas antes, deixa eu dar um jeito nessa mão sua.

Após entrar na biblioteca, foram até os fundos e se sentaram em uma mesa vazia, como a maioria estava em aula, não tinha ninguém ali. Louise pegou a poção que tinha dado para Harry e passou no machucado dele, sentiu sua pele doer e arder, mas depois passou, já dando uma grande melhorada.

— Amanhã já deve estar cem porcento! — Louise disse e assoprou a mão de Harry, lhe dando tapinhas no ombro depois. — Vou procurar o Malfoy, ok?

•••

Após sair da biblioteca, Louise passou um tempão procurando Draco. Não sabia onde ele tinha se enfiado, nem sabia como seria a conversa dos dois — ambos não tinham paciência e falavam mais do que deveriam —, a Willians pensou que poderiam acabar em uma discussão, não queria isso, mas não iria se diminuir para Draco. Ou ele se desculpava também ou ambos ficariam naquela situação.

Draco estava no treino de quadribol, logo Louise voltaria também, não via a hora de poder jogar. Depois que o menino terminou o treino, o mesmo desceu da vassoura e viu Louise, meio cabisbaixo, foi até ela.

— O que foi? — Perguntou enquanto guardava a goles, Louise suspirou e tombou a cabeça para o lado.

— O que você tem? — Questionou e o loiro lhe olhou. — Do nada você fica bravo, não fala comigo, entra nessa brigada inquisitorial, é ignorante... Eu realmente não te entendo. Estávamos super de boa ontem.

— É. — Disse com rispidez e Willians respirou fundo, tentando não enfiar um soco na cara dele. — Não sou a melhor companhia pra você. É até bom que agora você fica andando com Potter, Weasley e aquela sangue-ruim. Além do sue namoradinho.

— Primeiro, não chame a Hermione desse jeito. — Louise deu um passo a frente, apontando no peito de Draco. — E que namorado?

— Cedrico. — Disse rapidamente. — E ela é sangue-ruim, o que mudaria se eu parasse de falar?

— Cedrico? Meu namorado? — Louise riu. — Nem de longe. — Revirou os olhos. — Talvez você deva conhecer uma palavra chamada respeito. Hermione é uma garota incrível e muito talentosa. O fato de os pais dela serem trouxas não diminui o que ela é.

— Vai dizer que não tem nada entre você e ele? — Draco cruzou os braços como se não acreditasse. — Então porque você e seu irmão ficam direto conversando com ele? Ele nem é do mesmo ano que a gente.

— Amizade, já ouviu falar disso? — Disse ironicamente. — Sério, Draco. Nem sei porque você se preocupa tanto com isso. Não tem nada entre eu e ele, mas e se tivesse? Qual o problema? É por ele ser mais velho? De outra casa?

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