Abandono

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ESSE CAPITULO CONTEM GATILHOS! O paragrafo mais pesado (que APENAS MENCIONA auto-flagilação) esta sinalizado com um asterisco (*), sinta-se a vontade de pula-lo.


Donghyuck podia sentir seu coração palpitar.

Perguntou se algo havia acontecido, mas seu pai não respondeu, o que o fez ficar ainda mais nervoso. E de novo, não conseguiu prestar atenção na aula e durante todo o tempo podia sentir suas mãos suarem e tremerem. Renjun notou o nervosismo, mas não sabia o que fazer para ajudá-lo, então apenas lançou um olhar rápido para os alfas, que já haviam percebido a inquietação do omega.

Ao fim da aula, Donghyuck arrumou suas coisas rapidamente e saiu sem olhar para trás. Caminhava rapidamente até a saída da escola, desatento demais para ouvir os chamados de Jeno, que corria atrás dele. Quando ia atravessar a rua para ir para casa, o carro de Mark o impediu.

— Entre. — incentivou ele.

— Preciso ir pra casa — disse Hyuck.

— Nós te levamos — afirmou Jeno ofegante atrás de si.

Entrou no banco de trás dando o endereço para Jeno que se sentou no banco da frente. Sua mente desconectou do carro e não ouviu as perguntas feitas pelos alfas. Começou a divagar sobre as possibilidades da chamada repentina de seus pais. Estava tudo bem naquela manhã, não teve discussões ou alfinetadas, eles pareciam de bom humor. Não eram próximos do resto da família então não poderia ser uma morte repentina. Suas notas eram ótimas e estava pronto para fazer o vestibular.

— Chegamos — anunciou Mark. — Qualquer coisa me ligue.

Acenou e agradeceu a carona, ouvindo o carro partir. As janelas estavam fechadas, algo incomum, já que sua mãe adorava abrir todas as janelas da casa sempre que possível. Caminhou a passos largos até a porta e não hesitou em girar a maçaneta, apenas para achar dois pares de malas na porta e seus pais andando rapidamente de um lado para o outro, recolhendo o que pareciam ser documentos.

— Hyuck! Você chegou. — disse sua mãe, sorrindo levemente e pegando sua mão — Vem cá precisamos conversar.

Ela o guiou até o sofá onde havia algumas roupas de Hyuck, que ela apenas colocou para o lado, abrindo espaço para ela e seu marido.

— Nós vamos viajar — anunciou ela.

— O que? — exclamou Hyuck — Mãe, você 'tá maluca? Eu tenho aula, é a última semana, eles vão anunciar as notas. Não posso faltar.

— Eu sei, meu amor. Eu quis dizer eu e seu pai.

Aquilo era incomum, eles nunca deixavam Donghyuck sozinho, nem para ir a praia com Renjun, ou para passar um fim de semana na casa de Chenle. Era, inclusive, impressionante que eles o deixassem ir e voltar da escola sozinho.

— Vocês vão me deixar aqui sozinho? — disse ele, incerto.

— Sim — respondeu seu pai.

— Porque? — questionou Hyuck.

Eles pareciam hesitantes em como responder, Donghyuck se sentiu uma criança perguntando de onde vem os bebês.

— Nós precisamos resolver alguns negócios e não podemos levá-lo — explicou Hyuna.

— Quanto tempo ficarão fora? — perguntou ele, levemente preocupado.

— Não sabemos. — Respondeu Hyojong — Pode ser 15 dias.

— Ou seis meses. — completou Hyuna.

Donghyuck riu, desacreditado. Aquele era o ápice da irresponsabilidade.

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