Máfia

338 41 31
                                    

Nós somos parte de uma máfia. — anunciou Mark.

Donghyuck sustentou o olhar, procurando por qualquer sinal de fraqueza em seu olhar, mas não encontrou.

— Você 'ta falando sério? — questionou ele.

— Sim.

— Desde quando?

— Dois ou três anos — contou Mark.

Eles olhavam para Hyuck com o olhar apreensivo, esperando que ele surtasse ou saísse correndo. Mas o ômega havia entrado em um estado de choque, sem saber o que fazer ou pensar.

— Como? — Foi tudo que conseguiu dizer.

— Taeyong tinha uma plantação de maconha em casa e vendia para alguns amigos, então decidiu expandir os negócios. Para isso ele precisava de alguém pra vender e eu precisava de dinheiro, então eu aceitei. — explicou Mark — Mas eu não sabia exatamente como, então eu perguntei pro Jaemin que era um bom comprador.

— Eu ensinei a ele alguns truques que aprendi — comentou Jaemin — E o levei pra uma festa pra ajudar.

— Vendeu muito rápido. Tipo, em meia hora eu estava com os bolsos cheios de dinheiro. As pessoas continuavam pedindo mais e perguntavam se eu tinha algo mais pesado. — contou Mark — Eu contei a Taeyong e ele me perguntou se eu venderia coisas mais pesadas, e eu disse que não tinha certeza, mas que conhecia alguém que faria.

— Eu. — sorriu Jaemin.

— Uma coisa puxa a outra e quando vimos Jeno e Jaemin vendiam e eu fazia a ponte.

— E como passou disso para uma máfia? Não faz sentido — questionou Donghyuck.

— Taeyong queria se vingar de um cara e nos pediu ajuda. — contou Jeno, aparentemente animado com a história — Mas não sabemos como sequestrar e torturar alguém. Mas Ten, o namorado dele conhecia. Ele conversou com uns amigos e eles fizeram o trabalho numa boa.

— Então Taeil surgiu e disse que queria se juntar a Taeyong — disse Jaemin. — Ele já tinha umas coisas rolando e não queria lidar com elas, e Taeyong aceitou.

— Vocês estão me dizendo que alguém apareceu na porta desse tal de Taeyong e disse "hey, quer cuidar de umas atividades ilegais por mim?" — questionou Donghyuck — Sério isso?

— Não foi bem assim — explicou Mark — Taeyong tem três namorados, Ten, Jaehyun e Johnny. O Jaehyun é um policial, ele fez negócios com um vendedor de armas que pedia proteção em troca de armas ilegais no país. E esse vendedor de armas já trabalhava pra Taeil, um contou ao outro e deu no que deu.

A cabeça de Donghyuck girava com a quantidade de informações absurdas que estava recebendo. Era uma história completamente sem sentido, mas que ainda assim parecia se encaixar. Já havia visto documentários o suficiente para saber que quando uma pessoa quer, nada pode impedi-la de construir seu próprio império.

Começou a se sentir aflito com os olhares preocupados que recebia.

— Preciso tomar alguma coisa. — disse se levantando e indo para a cozinha.

Hyuck foi até a cozinha pensando se havia mais alguma coisa que eles não estavam contando. Sabia que não era um assunto simples de se abordar, mas ainda assim se sentia deixado de lado. Abriu a geladeira de duas portas — que o fez sentir estranhamente satisfeito — e pegou o resto do refrigerante que havia ali, tomando direto da garrafa e se sentou na bancada de mármore preto.

Enquanto saboreava o doce sabor da fanta uva, encostou a cabeça no armário marrom escuro atrás de sua cabeça. O que faria agora? Entraria nesse meio também, ou viveria apenas à deriva, fingindo que nada acontecia?

VenomOnde histórias criam vida. Descubra agora