Capítulo 16 - Final

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aviso: capítulo muito longo


Clínica Terapêutica de Gotham, Gotham City


~ Três semanas depois ~


  O dia hoje estava chuvoso, as pessoas estavam entrando em seus intervalos de almoço, os carros se enfileiravam nas ruas e dentro de uma clínica de terapia em um bairro chique de Gotham, estava Damian, sentado na sala de espera, aguardando que fosse chamado para receber seu diagnóstico após completar sua segunda semana na terapia, ele estava nervoso, com medo do que iria ouvir, seus maiores temores eram receber um diagnóstico de depressão ou ansiedade, já que ele teria que se adaptar a ter que cuidar mais de sua saúde mental. Sua rotina, nos últimos dias, consistia em ir nas sessões de terapia, voltar para casa, manter as aparências como um Wayne, se alimentar e tentar descansar, o que era um pouco impossível, já que ele sempre se lembrava de Jon em momentos aleatórios do dia e uma vontade de chorar lhe consumia por inteiro.

  — Damian Wayne, por favor, entre — Sua atenção é chamada, assim que a terapeuta o chama.

O garoto se levanta e vai caminhando para dentro da sala.

  Ao se sentar na cadeira em frente à mesa da doutora King, ele espera atentamente ela se sentar também e ter a breve conversa com ele sobre como estava a sua saúde mental e o quão grave aquela perda tinha sido para ele, até finalmente saber o que a morte de Jon tinha desencadeado.

  — Bom Damian, antes de tudo, eu quero conversar um pouco com você sobre como está se sentindo nos últimos dias, você sabe que esse é um hábito que eu zelo bastante em mim e gostaria que ele permanecesse firme hoje.

  — Eu estou me sentindo um pouco melhor, em comparação ao Damian que entrou por aquela porta há duas semanas e que só conseguia chorar, eu quero dizer, aquelas vontades repentinas de chorar sumiram e não voltaram mais, as sensações de culpa também se foram e as crises de pânico estão diminuindo cada vez mais, a única coisa que ainda me incomoda é a solidão, mesmo rodeado de pessoas, eu me sinto só, a vontade de querer sumir do mundo me consome quando eu sinto essa solidão e eu simplesmente me tranco no meu quarto e fico lá, esperando esse sofrimento emocional passar...

  — Certo, como anda o seu sono? E você teve pensamentos suicidas?

  — Meu sono continua uma droga, eu me esforço para dormir em paz, mas começo a chorar e tremer, muitas lembranças me sobem a cabeça e eu me sinto desinteressado em continuar a dormir, já com os pensamentos suicidas, esses nunca nem chegaram a se passar pela minha cabeça.

  — É, o seu sono ainda é algo que precisa ser muito trabalhado, mas entraremos nessa questão novamente depois que eu te disser seu diagnóstico, assim você ficará informado sobre si mesmo. Vamos lá, durante essas sessões de terapia, eu vim coletando dados que você mesmo me deu e ao fim, relevando todas as nossas conversas e eu seu estado mental, eu pude concluir que você desenvolveu o transtorno de estresse pós-traumático após a morte do seu noivo, isso te comoveu muito e você se desanimou muito, o luto e as coisas que te faziam lembrar dele foram cúmplices para o desenvolvimento desse transtorno e agora você será passado para a ala de terapia cognitivo-comportamental.

  — Uhum — Damian concorda, com as mãos dentro dos bolsos de seu moletom.

  — Ainda não sei ao certo quanto tempo você deverá fazer de TCC, mas com certeza isso será respondido de acordo com a sua melhora, estamos de acordo?

Damian assente.

  A doutora da continuidade no assunto, Damian permanece respondendo suas perguntas, ouvindo seus decretos e tirando dúvidas, até que o tempo da terapia chega ao fim, ele pega alguns papeis com ela em relação ao seu diagnóstico e sai da sala, caminhando calmamente para fora do lugar. Ao sair dali, ele vê o carro estacionado em frente ao local, o motorista estava do lado da porta e assim que Damian se aproximou, ele abriu a porta para o garoto entrar. Assim que Damian entra, ele fecha a porta e entra no carro, saindo do lugar e voltando para a mansão, onde o jovem rapaz poderia tomar um banho, comer algo e ficar isolado dentro do quarto pelo resto da tarde.

Como Eu Amo Você... [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora