Era Quarta, dia 07 de Julho e mais um dia de pandemia. Há mais de um ano um vírus se infiltrou na sociedade e desde então vivemos imersos em medo e incerteza constante. Era um dia comum, no qual eu pratiquei a minha rotina ao acordar: depois das higiene pessoal, tomei café, pratiquei atividade física, etc. Tinha terminado recentemente as gravações de uma novela, então a rotina estava um pouco mais tranquila.
Era por volta das 17:30 quando comecei a me arrumar para uma social na casa de uma amiga de profissão com o intuito de comemorarmos o sucesso da novela (cerca de 20 pessoas e todos testados e com medidas de segurança). Após tomar banho banho, arrumei o cabelo, fiz uma make leve e vesti meu look: calça jeans, blusa básica, tênis, vesti um blazer, pois estava bastante frio e coloquei uns acessórios para ficar uma composição mais arrumada.
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Não sabia se iria beber, então preferi chamar um táxi. Cheguei no apartamento da minha amiga as 20:00 e fui recepcionada por ela que me conduziu até o andar de cima, onde ficava a varanda e ao entrar cumprimentei à todos, reconheci muitos, alguns eu tinha amizade outros apenas acompanhava pela TV ou frequentava mesmos ambientes. Haviam atletas, atrizes e atores. O clima estava muito bom: noite de churrasco, pagode e consequentemente muitas risadas. Ali na varanda fiquei sentada conversando com umas amigas enquanto os meninos tocavam e cantavam com instrumentos, alguns em pé e outros sentados na ponta do sofá e na mesinha. Entre um drink e outro a gente se levantava para dançar. A diversão estava garantida!
Entre a conversa com minhas amigas ficava cada vez mais notório o contato visual do jogador de vôlei que estava ali, loiro, alto, sorriso encantador. Confesso que sempre o achei bonito e muito simpático. Por tudo o que já ouvi falar do Bruno e por sermos seguidores um do outro nas redes sociais, eu sabia que era um cara incrível: valoriza a família, talentoso, cozinha, bondoso, etc. De vez em quando ele reagia a um stories meu e eu o respondida com gentileza. Uma vez ele iniciou uma conversa bastante legal, falando o quanto a Mari (anfitriã e amiga em comum de nós dois, juntamente com seu esposo) sempre falava muito bem de mim e o quanto nós dois combinávamos, então ele falou que queria me conhecer melhor, mas eu desconversei e expliquei que não queria me envolver com ninguém no momento. A Mari sempre me falou mesmo o quanto a gente combinava e as várias qualidades do Bruno, mas eu não estava nem um pouco a fim de ficar ou me relacionar com alguém naquele momento, ainda mais com uma pessoa pública. O fato de eu ser alguém famosa e de ter passado pela experiência de namorar outros famosos me fez perceber o quão era difícil, a cobrança e exposição era enorme. Além disso, eu estava curtindo a minha companhia, a fase boa e de sucesso que a carreira estava proporcionando, me envolver com alguém não estava nos meus planos. Então sempre que percebia seus olhares desviava o meu e fingia não perceber.
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Estava distraída, ainda sentada no sofá enquanto minhas amigas dançavam forró em pares com alguns rapazes dali, e algumas casadas com seus maridos quando percebi alguém se aproximar e sentar ao meu lado. Era ele e com um perfume muito bom.
- Eu até te convidaria pra dançar, mas não sou muito bom nisso. - disse com um sorriso encantador se referindo ao fato de que havia alguns pares dançando. - Então deixa como está. - falei rindo. - Quer mais drink? - questionou olhando para a minha taça quase vazia. - Melhor não, já está bom por hoje. O álcool antes de acabar com o ser humano, humilha. - falei o fazendo rir. - Mas também dá coragem para um cara sem habilidade nenhuma com a dança aproveitar a companhia de uma mulher tão linda e talentosa como você. Inclusive, parabéns pelo sucesso com a novela, arrasou demais. - falou e eu pude concluir que suas intenções iam além da conversa. - Muito obrigada, o elenco foi incrível. Olha Bruno... - e antes que eu pudesse concluir, ele interrompeu. - Ellen, eu sei que você não quer relacionamento sério agora, mas eu tô propondo da gente curtir o momento, a companhia um do outro. Você é uma mulher maravilhosa e eu quero uma chance sem pressão, cobrança ou planos. Só o hoje... - disse se aproximando e antes que pudesse terminar nossa conversa foi interrompida, pois um dos meninos o chamou para perguntar algo em relação a algum instrumento, então ele se levantou, mas assegurou que seria rápido e logo voltaria.
Aproveitei o momento para tirar o blazer ir até o banheiro. Precisava me recuperar, ele me desestabilizava e isso não podia negar. Analisei como estava, arrumei o cabelo para voltar à varanda. Mas nesse trajeto ele vinha em minha direção, me parando no meio daquela sala de TV, somente nós dois estávamos ali parados um de frente para o outro. - Pensei que tinha ido embora e me deixado no vácuo. - ele falou e mais uma vez abriu aquele sorriso que me fez pensar "putz, aí é sacanagem, como resistir?" Então acrescentou: - Caraca, como você é linda. Posso concretizar meu desejo de te beijar? - disse se aproximando com a voz baixa, com uma mão afastando uma mecha do meu cabelo para atrás da orelha e a outra apertando minha cintura, então antes que eu pudesse responder nos beijamos. E que beijo! Que pegada! Ele colou nossos corpos um no outro que naquele momento parecíamos apenas um. Enquanto segura minha nuca eu passava minhas mãos por suas costas e curtimos aquele beijo intenso, sem se importar com o depois. Tinha o encaixe perfeito. Fomos nos desprendendo aos poucos, em seguida ele finalizou com alguns selinhos e ainda com o rostos próximos era possível sentir a respiração dele quando quebrei o silêncio. - Você é ridículo. - disse rindo. - Por mim ficaríamos aqui mais um pouco. O que acha? Foi bom? - disse ainda segurando minha nuca. - Demais. - respondi olhando para a boca dele e morrendo o lábio inferior.
Ficamos ali uns minutos curtindo o beijo, o toque e a companhia um do outro. E eu não podia negar: estava muito mais maravilhoso do que pensei. Tinha a medida certa, o encaixe perfeito e eu não me arrependi nadinha de ter cedido à sua insistência. Mas precisamos voltar para a varanda, além disso já passava da 00:00 da manhã e eu precisava ir embora, pois no dia seguinte ainda tinha que ir para a emissora resolver umas coisas do encerramento da novela. Falei a ele que já ia e me perguntou se eu estava de carro, então logo se prontificou em me deixar em casa, respondi que era melhor não, mas ele insistiu e acabei cedendo. A verdade é que assim como ele eu queria curtir mais à sua companhia. Então voltamos juntos para a varanda, conversando normalmente, não havia nada para esconder, pois éramos solteiros e foi só uns beijos, além disso estávamos entre amigos. Ao chegar na varanda notei os olhares do nosso casal de amigos, os donos da festa. O sorrisinho da minha amiga não negava: ela sabia o que havia acontecido e estava contente com isso.
Me despedi de todos e ele também. A Mari não perdeu a oportunidade e antes que saíssemos gritou: "Ei, juízo vocês dois", ele entrou na onda e respondeu "pode deixar mãezona", nós rimos e então saímos.