A semana seguinte

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Bruno narrando:

Ouvi ela dizer aquelas palavras me feriu. Eu errei e sabia disso, olhando de um outro ângulo eu pude entender perfeitamente o que provavelmente ela estava sentido. Ter uma das pessoas mais importantes pra você longe e ainda esperando um filho com complicações seria algo realmente muito difícil. Ela estava passando por um momento difícil e eu só queria estar com ele a cada minuto, mas seria incoerente prometer isso devido o meu trabalho.

O meu desejo era correr atrás dela e pedir pra ficar, convencê-la que ao meu lado era o melhor lugar pra estar. Mas eu não o fiz. Pra falar a verdade eu nem estava com moral pra falar isso. Tudo o que eu podia oferecer eram promessas e palavras, mas não me parecia justo no momento.
"Eu finalmente encontrei alguém especial e deixo escapar tão fácil" era o pensamento que martelava na minha mente.

Fui pra casa e abri algumas garrafas de vinho, coloquei uma música, tudo o que queria era diminuir a dor que estava sentindo, mas não funcionou muito. Sempre costumo ser intenso em tudo o que faço e vivo, isso era verídico no esporte e agora estava também escancarado que no amor era semelhante. Naquele momento cheguei a conclusão que precisava renovar minha playlist, fiquei puto pelo fato da maioria das músicas ser sofrência. Enquanto tocava "fulminante" de Mumuzinho meu coração esmoreceu.

"Eu amei
Nem sempre se calcula o risco
Mesmo assim eu amei..."

"Que merda, ela é a mulher da minha vida, como as coisas tomaram esse rumo?"
Peguei o celular algumas vezes, digitei o número dela, mas apaguei. Não me perdoarei se a falasse besteira pelo fato de já estar alterado e ela se decepcionar ainda mais.

No fim da  tarde, tomei um banho e ao sair do banheiro ouvi o celular tocar

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No fim da  tarde, tomei um banho e ao sair do banheiro ouvi o celular tocar. Corri imediatamente para atender na esperança e medo na mesma proporção de ser ela. Era o Lucarelli me convidando pra aproveitar o último fim de semana antes do Sul americano em Santa Catarina.

Ligação 📞 :

Lucarelli: Tomou umas irmão?
Eu: Só umas 2 garrafas de vinho.
Lucarelli: Sozinho? Vish, então você precisa mais do que nunca ir pra SC, o voo é às 10:00. Mas conta aí porque começou a aproveitar o fim de semana já na sexta.
Eu: Ellen terminou comigo "véi", tô mal real.
Fiquei alguns minutos em silêncio, sentindo o meu coração palpitar. O Lucarelli se tornou como um irmão pra mim, então me sentia confortável pra falar com ele sobre o assunto.

Lucarelli: Eita poxa, vocês combinavam tanto vei. Então mais um motivo pra ir comigo e os meninos pra SC.

A proposta dele era boa, embora eu estivesse mal talvez fosse bom tentar se divertir um pouco pra não lembrar do quanto eu estava destruído. Então aceitei. Porém antes de ir, decidi falar com ela pra saber como estava ela e o bebê se precisava de alguma coisa. Pensei em ligar, mas deduzi que não seria uma boa ideia pela quantidade de vinho que bebi, então mandei mensagem.

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⏰ Última atualização: Sep 04, 2021 ⏰

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Acaso | Bruno Rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora