Na manhã seguinte, Ginny foi a última a descer para o café da manhã, novamente. Ela não conseguia se lembrar quando, exatamente, ela se tornou uma madrugadora, mas depois de pensar por um momento percebeu que não valia a pena pensar mais um minuto. Na mesa da cozinha onde estavam terminando o café da manhã, Ron e Hermione haviam aparentemente decidido, independentemente ou juntos, que queimada era um assunto sobre o qual eles não falariam mais e, em vez disso, estavam sendo bizarramente educados um com o outro.
─ Mais suco de abóbora, Hermione? ─ perguntou Ron, oferecendo a grande jarra sobre a mesa.
─ Obrigada, Ron, ─ respondeu Hermione. ─ Você já terminou com o 'Profeta'?
─ Oh, sim, claro. ─ Ron ofereceu rapidamente o jornal, obviamente fechado, para Hermione do outro lado da mesa.
─ Só se você tiver terminado.
─ Não, absolutamente.
─ Obrigada.
─ Sem problemas.
Hermione abriu o jornal e Ron continuou colocando bacon na boca, ambos exibindo sorrisos sutis. Ginny assistiu a conversa inteira, estupefata, e olhou para Harry. Ele olhou para ela, balançando a cabeça e revirando os olhos. Aparentemente, isso tinha acontecido durante toda a manhã.
E assim a refeição continuou, com Rony e Hermione sendo dolorosamente agradáveis um com o outro, e Harry e Ginny incrédulos cerrando os dentes e tentando ao máximo não rir. Esse comportamento poderia ter continuado a manhã inteira se Fleur não tivesse entrado na cozinha.
─ Oh, Ronald, deixe-me ver seu nariz! Ah, sim, o inchaço já diminuiu! Você pode ver com certeza onde o balaço estava tão rudemente 'enfiado em seu rosto!
Com isso, ela subiu as escadas em direção ao quarto de Bill, mas o efeito de seu comentário permaneceu. Hermione fechou o 'Profeta' com um 'SNAP!' do que era totalmente necessário.
─ Vamos, então? ─ ela disse friamente. Ela se levantou e se dirigiu para a porta. Ron, Harry e Ginny seguiram o exemplo, mas antes que pudessem fugir, a Sra. Weasley entrou na sala.
─ Não tão rápido, vocês quatro! ─ ela disse vivamente.
Houve momentos, pensou Ginny, em que sua mãe parecia que poderia ser a filha perdida da Professora McGonagall há muito tempo. Normalmente, esses momentos coincidiam com uma lista de tarefas que eles deveriam fazer.
─ Vocês já gastaram bastante tempo em suas vassouras jogando aquele jogo bobo, ─ a Sra. Weasley falou. ─ O nariz ensanguentado de Ronald é o suficiente para me mostrar que vocês precisam de maneiras mais produtivas para preencher seu tempo. Agora, não vou ouvir! ─ ela cortou os protestos de Ron e Ginny antes que eles pudessem realmente começar. ─ Harry, Rony, Hermione ... o jardim precisa ser desgnomizado. De novo. E Ginevra ... ─ ela se virou para Ginny e acenou com a mão levemente na mesa do café da manhã, carregada com os restos de sua refeição. ─ Pratos ─ disse ela com firmeza.
─ Mãe! ─ exclamou Ginny. Isso, ela sentiu, era patentemente injusto. Sem o Quadribol para distraí-los, a conversa dos outros três certamente se voltaria para a noite de Harry com Dumbledore, e o que quer que o diretor queria que ele fizesse. Ela esperava pelo menos escutar essa conversa, mas agora ...
─ Nem uma palavra, ─ disse sua mãe em advertência. Ginny se calou. Ela conhecia aquele tom, e sabia que era melhor não desafiá-lo. Certamente não a impediria de ficar de mau humor com isso, no entanto. ─ Fora com vocês três, ─ disse a Sra. Weasley, virando-se e tirando os outros da cozinha. ─ Vá em frente. ─ Ron e Hermione deixaram a cozinha com pressa, ansiosos para evitar que qualquer tarefa adicional fosse entregue em seu caminho. Harry o seguiu, mas parou e se virou na porta.
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𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚
Roman pour AdolescentsA história de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, mas contada do ponto de vista de Ginny Weasley. Tradução da história escrita originalmente em inglês no fanfiction da autora @/RRFang