27: Depois

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Harry Potter acordou assustado.

Ele se sentou na cama, respirando pesadamente, seu cérebro tentando descobrir onde ele estava. Ele não estava acampando ... ele não estava no Chalé das Conchas ...

Hogwarts. Ele estava em Hogwarts. Em sua cama, sua velha cama de dossel na Torre da Grifinória, as cortinas fechadas.

Tinha acabado.

Ele não confiava nisso, não acreditava. Ele fechou os olhos, forçou-se a entrar em sua cicatriz, forçou-se a estender a mão, tocar a mente de Voldemort, mergulhar no mundo diante daqueles olhos semicerrados ...

Não estava lá.

Ele abriu os olhos quando aquilo voltou para ele então, correndo ... a chegada em Hogwarts, a batalha, a Casa dos Gritos, a Penseira, a longa caminhada na floresta para seu destino ...

Dumbledore em King's Cross ...

Hagrid o carregando para fora da floresta, lágrimas grandes escorrendo em seus olhos fechados, os defensores de Hogwarts clamando por ele, a voz de McGonagall, a de Rony e Hermione ...

De outra pessoa ...

A bravura de Neville, bravura que o humilhou, fez suas ações parecerem mesquinhas e pequenas em comparação ... a batalha se derramando no Salão Principal, a Sra. Weasley derrubando Bellatrix ...

E então finalmente ...

… finalmente...

Ele fechou os olhos com força novamente e ainda podia ver. O jato vermelho de luz voando de sua varinha, encontrando o jato verde de Voldemort, os dois colidindo, correndo para longe dele, atingindo Voldemort bem no peito ...

… E estava acabado. Bem desse jeito. Sete anos disso e, acabou. Não sem custo, claro, não sem um custo terrível ... ele pensou no preço pago por tantos, muitos, o preço final. Colin, Remus, Tonks ... Fred. Fred, deitado pacificamente no Salão Principal, cercado por sua família, a família que havia se tornado como sua própria família, que havia perdido um filho e um irmão em uma luta que ele, Harry, poderia ter ...

Não, ele disse a si mesmo com firmeza. Não tinha sido sua luta. Foi uma luta que pertenceu a todos eles. Foi a luta de Voldemort. Harry acenou com a cabeça para si mesmo, um pouco surpreso, na verdade, de sua repentina aceitação dessa verdade, um pouco surpreso que a culpa que ele sentira na noite anterior com a morte de Fred não tivesse se apoderado dele, dominando-o. Ele havia tentado evitar pensar em Fred após a batalha final, estava com medo de ver o Sr. e a Sra. Weasley e George, e toda a sua família. Agora, porém, esta manhã, ele não queria nada mais do que encontrá-los, sofrer com eles ... e celebrar com eles. Tinha acabado.

E ele iria mas, havia um outro motivo pelo qual ele queria encontrar os Weasleys.

Ele respirou fundo e abriu o dossel de sua cama, esticando os pés enquanto se virava para enfrentar o dia. O sol entrando pela janela mostrou a ele que não era mais de manhã, mas sim o final da tarde. Fez sentido; a manhã chegou assim que Riddle caiu. Ele olhou em volta, mas o resto do quarto estava vazio. Ele até dormiu mais que Ron, ao que parece. Ele alcançou seus óculos, na mesa ao lado de sua cama, notando que os restos do sanduíche que Monstro havia trazido para ele haviam sido removidos.

─ Hermione tem razão ─ ele murmurou enquanto se levantava da cama. ─ Nós realmente deveríamos pagá-los.

Ele se refrescou e desceu para a sala comunal da Grifinória. A sala estava quase vazia, já que a maioria dos alunos mais jovens haviam sido mandados para casa antes da batalha do dia anterior (tinha realmente sido apenas um dia atrás?), Mas sentados juntos ao redor da lareira apagada, conversando baixinho, estavam seus colegas de classe: Seamus, Lilá, Parvati, Dean e Neville. Quando Harry se aproximou, todos se viraram para ele e sorriram; não houve vivas, o que ele achou imensamente grato.

𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora